Cap. 12

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Voltei nesse cabareeé. E ai mores como estão? Desculpem a demora, ainda é o problema de bloqueio de criatividade, mas cá estou eu novamente. Este cap era pra ter sido terminado e postado de tarde, porém eu acordei mega cedo e fui militar né anjos, pois alguém tem que lutar pelos estudos já que o presidente, que é quem devia fazer isso, não faz rs. Dai cheguei de tarde morta de cansada e fui dormir skksks acordei tipo 21:00.
Já peço desculpas porque tá meio ruim este cap, tô tentando colocar algo pra vocês não ficarem sem atualização, então perdoem. Eh isto, boa leitura.

Narrador.

Certo, talvez Hariany já se pegou pensando que um dia passará por algo assim. Quem sabe quando sua mãe estiver tão velha que não conseguirá usar o banheiro sozinha e precisará de sua ajuda. Mas isso só aconteceria daqui a uns 50 anos e Hariany teria tempo de sobra para aprender o que fazer nesses momentos.

Mas não foi bem isso o que aconteceu. Talvez seja a oportunidade de aprender batendo em sua porta nesse exato momento ou a vida lhe mostrando que não se deve contar com o provável, imaginando apenas situações futuras, e sim viver o momento.

Hari sorri amarelo, tentando disfarçar sua insatisfação com aquilo. Não por ruindade ou por simplesmente não querer fazer, mas sim por medo. Medo no geral, nunca teve ninguém tão dentro de sua vida além de Bárbara. Agora tem uma estranha que vai estar com ela no dia a dia, literalmente o tempo todo e sob seus cuidados. Hariany está sentindo o mesmo medo de quando entrou para a academia de polícia, o medo de errar ou de fazer algo que não deva. Está se sentindo uma adolescente entrando na faculdade sem saber o que esperar.

-Tá, tudo bem. -A loira responde e se levanta, indo para a parte de trás da cadeira de rodas, a empurrando até o banheiro.

Maldito momento para esse banheiro ser tão pequeno. A cadeira definitivamente não cabe ali, então ela olha para Paula, meio que procurando uma solução.

-Você vai ter que me levar até lá. -A Sperling responde, rindo da expressão de pavor no rosto da outra mulher. -Não é tão difícil. E você vai ter que...você sabe... abaixar meu shorts. Eu não consigo fazer isso sozinha porque é bem complicado tirar um short quando todo o peso do seu corpo está sobre ele e você não pode levantar.

-É sério? -Hariany pergunta e engole em seco. Tem certeza de que está tão vermelha quanto um tomate. Paula assente, rindo mais uma vez. -Nossa, que...inusitado.

-Eu sei, desculpa por isso. -Paula pede, mais uma vez. -Se pudermos ir logo, por favor, eu tô bem apertada.

Hariany concorda sem ter muito tempo de pensar e vai até ela. A única dificuldade foi tirá-la da cadeira, já que Paula é tão leve quanto aparenta. O corpo em forma de Hariany, a resistência física e as horas diárias que passa na academia estão lhe servindo.

Hari a leva até o vaso sanitário, levantando a tampa com o pé. Antes de sentá-la, sente Paula abraçar seu pescoço com firmeza, então leva as mãos para cada lado do corpo dela, encaixando os polegares entre o corpo de Paula e os tecidos da calcinha e shorts, hesitando um pouco.

-Posso? -Hariany pergunta, próximo ao ouvido de Paula e, talvez tenha sido impressão, mas a sente estremecer. A Sperling apenas concorda timidamente com a cabeça.

Com os olhos vidrados na parede a sua frente, Hariany desliza as peças de roupa até o meio das coxas de Paula, com certa dificuldade, e a coloca sentada no vaso sanitário. A loira deixa o banheiro tão rápido que a Sperling não tem nem tempo de agradecer.

-Quando terminar me chama. -Hari diz depois de fechar a porta.

Solta o fôlego para só então perceber que o tinha prendido esse tempo todo. Está nervosa com toda a situação, envergonhada por mal conhecê-la. Alguns segundos se passam e ela escuta Paula avisar que já acabou.
Hariany entra no banheiro novamente, com uma das mãos cobrindo os olhos, e ouve Paula tentar segurar o riso. Depois de mais um esforço e de ajudar a Sperling a lavar as mãos, a coloca de volta na cadeira e voltam para a sala.

Surrender. (Pauriany) Onde histórias criam vida. Descubra agora