Cap. 30

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Oi gente, quanto tempo né? Eu seeei que demorei horrores dessa vez, na verdade eu nem ia mais escrever. Pensei seriamente em apagar essa fic, mas fiquei com receio de me arrepender e apenas arquivei. Mas cá estou eu de novo.

Eu esqueci um pouco o rumo da história, realmente não lembro mais do que eu tinha planejado para essa fic, maaas eu vou tentar lembrar. Esse cap já estava pronto há um bom tempo, mas ai aconteceram umas coisas fodidas pra carai e eu meio que deixei pra lá porque não estava dando conta e nem conseguindo lidar com mais nada, mas tô voltando a me estabilizar psicologicamente (mais ou menos), então é isto.

Nem sei se ainda tenho leitores, mas espero que gostem.


Narrador.

Quando se deram por satisfeitas com sua obra, se afastaram e a olharam de longe, os olhos cheios de orgulho e felicidade. De um olhar mais técnico, de fato a conclusão seria de não ficou das melhores pinturas, até porque Hariany tinha perdido a manha para arte por conta dos tantos anos sem pintar, mas para elas aquilo estava simplesmente perfeito. É uma mistura de sentimentos e significados em uma única tela, as duas o fizeram juntas e estavam tão felizes que não podiam sequer explicar.

-Agora só precisamos esperar uns meses para que seque totalmente e a gente possa passar o verniz. -Hari fala com o queixo apoiado no ombro direito de Paula, a abraçando apertado por trás enquanto ainda observam a tela um pouco de longe.

As duas estavam com suas roupas e rostos sujos de tintas, tanto pelas brincadeiras, quanto pelos pequenos incidentes durante o processo. Elas resolveram limpar o que tinham sujado no quarto, lavar os pincéis e a palheta, e reorganizar os materiais, para só então se lavarem. Paula pensou em chamar Hariany para tomar banho com ela, mas não quis abusar da sorte e estragar o dia mágico que as duas já estão tendo desde que acordaram. Vai que a investigadora achasse isso rápido demais, certo? A Sperling não queria arriscar.

Depois do banho tomado e roupas trocadas, as duas foram até a cozinha e colocaram café em suas respectivas canecas, e sim, Paula já tem sua própria caneca reservada, e voltaram para o quarto. Dessa vez, elas foram até as poltronas diante da enorme janela de vidro que dava o privilégio da vista de boa parte da cidade, e sentaram no tapete felpudo entre elas. Paula entre as pernas de Hariany, com as costas encostadas na barriga dela, como um típico casal de jovens namoradas num fim de tarde no parque.

As duas ficaram em silêncio, apenas bebericando seus cafés quentes e fortes enquanto admiravam o caos da cidade lá em baixo, em completo contraste com a calmaria daqueles corações batendo em sintonia, naquele pequeno quarto.
Bons minutos depois, quando o café acabou, elas ainda estavam abraçadas, mas Hari resolveu puxar assunto, descontraída e apenas seguindo o momento. As conversas eram sobre coisas aleatórias, engraçadas. Hariany conseguiu descobrir várias coisas sobre Paula, alguns gostos, algumas manias, inclusive sobre seu pequeno sonho de infância, que sempre fora ter seu próprio bicho de estimação. Hariany colocou na cabeça que faria algo quanto a isso.

-Mas então, qual sua profissão do sonho? Você é formada em alguma coisa? -Hari pergunta, entrando em mais um assunto e lembrando que não tinha verificado a ficha pessoal de Paula antes de ela ser mandada para seu apartamento, portanto, não sabe de praticamente nada sobre ela, além das coisas que ela conta.

-Bom, desde que me conheço por gente eu sempre quis ser veterinária, sempre fui apaixonada por animais e adoraria trabalhar com isso pelo resto da minha vida. -Paula responde, acompanhando com os olhos um carro vermelho que se move de uma rua a outra lá embaixo. -Era minha ideia inicial quando decidi me mudar para cá com o Daniel, minha família nunca gostou dele, disseram para eu pensar melhor. Mas, obviamente, eu não dei ouvidos, cai na lábia de que ele me ajudaria com a faculdade e que faríamos nosso futuro juntos.

Surrender. (Pauriany) Onde histórias criam vida. Descubra agora