Cap. 18

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Surpreeesaa. Não demorei quase nada dessa vez né? Eu tô entupida até o buraco do ouvido de atividade e aula pra ver, mas tô aqui bem deitada postando mais este cap para vocês rs

O ciúme agora vai começar a vir de tudo que é lado, então se preparem que o cabaré vai começar a pegar fogo. Boa leitura.

Narrador.

Aquela sessão de fisioterapia foi simplesmente mais do que todas as três esperavam. A evolução que Paula conseguiu em uma hora foi inacreditável, é como se o corpo estivesse reagindo positivamente às medicações, mas, mais ainda aos pedidos que Paula tanto fez a Deus. A Sperling chorou umas três vezes por estar conseguindo tanto progresso, Hariany assistia a tudo com um sorriso orgulhoso estampado no rosto, sempre ajudando Paula com frases motivadoras.

Mas como nem tudo são flores, com a Paula em sua vida, Hariany está descobrindo um lado seu que ela nem sequer cogitou a existência. O lado obscuro do ciúme. Hari nunca foi ciumenta, ou pelo menos era sem perceber, e com Bárbara que é apenas sua amiga. Mas em questão de sentimento amoroso, o ciúme nunca foi presente, mesmo durante os dois únicos namoros que teve durante sua vida.

Mas aparentemente tudo que envolve Paula é absurdamente intenso, inclusive o maldito ciúme. Hariany nunca sentiu nada tão incômodo, tão causticante, a vontade que tem é de sair jogando tudo no chão e xingar aos quatros ventos, e olha que Paula nunca fizera nada demais para causar tudo isso. Elas nem sequer tem um relacionamento que ultrapasse a amizade, e por isso Hariany engole o ciúme a seco, doloroso e dilacerante, como se engolisse um bocado de lâminas bem afiadas.

O motivo de toda essa raiva? Carol. Isso mesmo. O sorriso motivador e simpático, os toques delicados nas pernas de Paula, os apertos nos joelhos da Sperling toda vez que ela conseguia mexer algum músculo ou dedos dos pés; Hariany tem noção de que esse é o jeito que Carol trabalha, o jeito dela de ser, deu para perceber que nada disso foi forçado ou na intenção de impressionar Paula, mas assistir àquilo e não poder falar nada foi demais para a investigadora.

O fim da sessão de fisioterapia chegou e Paula tinha um sorriso radiante no rosto, os olhos brilhando e a respiração um pouco pesada por conta de todo o esforço que teve de fazer.

-Paulinha, você foi absolutamente incrível, sério. Uma das pacientes mais focadas que eu já tive, seu progresso foi notável e olha que essa foi apenas a primeira sessão. -Carol fala, recolhendo seus materiais e os guardando na bolsa.

-Eu tô muito feliz com isso, muito obrigada. -Paula fala, empolgada.

-Não me agradeça, minha linda, o mérito é todo seu. -Carol responde, simpática, voltando para perto da Sperling. -Mas então, se você já teve toda esse avanço tendo feito tudo em casa, imagino que na clínica, com outros aparelhos e um suporte melhor, vai ser ainda mais produtivo. Então, se você se sentir a vontade, seria bom se a próxima sessão fosse lá na clínica.

-Pode ser, agora eu acho que me sinto mais motivada. -Paula responde, convicta.

-Ótimo! Então marcado, mesmo dia, mesmo horário, apenas local diferente. Creio que Hariany já saiba o endereço. -Carol fala, olhando para a investigadora que apenas assente, confirmando. -Tudo certo então, eu vou deixar alguns exercícios e você precisa fazer todos os dias, okay? Isso é muito importante para seu corpo se reacostumar com os movimentos. Hariany pode ajudar em alguns mais difíceis e outros você consegue fazer sozinha.

Carol passou os exercícios e como estão apenas no começo, não foram muitos ou que exigissem tanto esforço. A fisioterapeuta já está se despedindo, as lembrando mais uma vez que a próxima consulta será na clínica, quando Paula faz um convite que pega tanto Carol, quanto Hari de surpresa.

Surrender. (Pauriany) Onde histórias criam vida. Descubra agora