Cap. 17

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Aaaai cara eu amo vocês, sério, eu fico lendo os comentários e morrendo de amores ou morrendo de rir. Tem pessoas que tipo, assim que eu posto um cap novo, eu já fico esperando os comentários kkdkdk.

Okay, eu sei que demorei, mas entendam, eu dou umas surtadas de levs de vez em quando. Tipo, ontem eu escrevi sim o capítulo como disse que faria, porém quando eu fui reler, eu não gostei nada, daí apaguei rs. Mas já tava tarde e fiquei, como sempre, com preguiça de escrever outro, enfim.

O importante é que aqui está o bendito cap, boa leitura.

Narrador.

Quando chegaram no apartamento de Hariany, o clima já estava estranho, as duas mal se falaram pelo resto da tarde, apenas o necessário como quando Paula precisou comer alguma coisa, ir ao banheiro ou tomar algum remédio. Isso se deu pelo fato da investigadora simplesmente se fechar em seu mundinho e Paula preferir não a pressionar, pois não se sentiu no direito.

Hariany passou praticamente o resto da tarde e a noite toda pensando em tudo o que Isabella lhe disse, ela está completamente assustada pois ninguém, nem mesmo Bárbara que é sua única amiga, causou tanto impacto em tão pouco tempo. Hariany sempre preferiu ser completamente independente, nunca gostou de ter pessoas por perto a não ser que fosse extremamente necessário, até que Paula apareceu. A aproximação delas depois de certo momento foi tão natural que Hari nem sequer percebeu ou se sentiu incomodada, só se deu conta da dimensão quando ouviu de outra pessoa.

Mas talvez ela esteja pegando pesado demais com Paula, Hari não deixou de perceber que a Sperling está com uma expressão triste e culpada, mesmo tentando disfarçar isso. Não tem porquê Hariany ficar tão na defensiva, afinal é só uma amizade, certo? Paula é uma pessoa incrível, que a faz se sentir tão bem e feliz de forma espontânea. E ela também precisa de Hariany, então qual o problema?

A investigadora, que está na varanda, sozinha com seus pensamentos, solta uma lufada de ar, decidida a consertar todo esse clima de merda. Ela entra e vai até o quarto onde deixara Paula, e encontra a mesma dormindo, o cenho franzido, a expressão tensa, como quando ela tem pesadelos. Hariany já acordou algumas vezes no meio da noite com Paula chorando baixinho enquanto dormia, nunca soube o que fazer diante daquilo então voltava a dormir com o peso na consciência.

A investigadora pensou se não seria melhor deixar para conversar pela manhã quando ela acordasse, mas a ansiedade de ficar bem com Paula de novo a fez caminhar até a cama e a balançar levemente pelo braço. A Sperling abre os olhos lentamente, dando de cara com Hariany em pé ao seu lado.

-Podemos conversar? -Hari pergunta, se sentando na beirada da cama, ao lado da outra.

-Que horas são? -Sperling pergunta, a voz um pouco rouca pelo sono.

-Vai dar meia noite. -Hariany responde ao conferir no relógio de pulso.

-Deixa para amanhã, eu estou com sono e minha cabeça tá doendo. -Paula responde, seca, e a investigadora percebe a mágoa em sua voz. Paula se vira e fecha os olhos, ficando de costas para Hariany, que suspira.

-Por favor... -Ela pede mais uma vez, mas recebe o silêncio como resposta, então decide continuar mesmo assim. -Olha, eu sei que eu agi como uma completa idiota a noite toda, e eu sei que você não faz ideia do aconteceu e tá se martirizando por isso. A verdade é que sua psiquiatra me falou umas coisas, coisas boas, pelo menos a maior parte, mas isso me assustou e eu me afastei, eu sempre faço isso com as pessoas, é automático. Mas geralmente eu me afasto de vez, a verdade é que eu não gosto muito da presença humana, isso soa bem mórbido e meio hipócrita já que eu trabalho praticamente arriscando a minha vida pelas pessoas diariamente, eu sei, mas eu realmente prefiro ser sozinha. Não totalmente sozinha porque eu tenho Bárbara, mas pra mim isso sempre foi mais que o suficiente.

Surrender. (Pauriany) Onde histórias criam vida. Descubra agora