Cap. 4

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Eae galerous, voltei. Essa mídia é só pra vocês entenderem a farda taokei?
Então, queria só deixar dito aqui que eu procuro pesquisar tudo antes de colocar as coisas na fic, pra ficar o mais próximo possível da realidade, mas algumas coisas eu não encontro, então acabo tendo que inventar. Então estejam cientes que nem tudo, principalmente remetendo à polícia civil nessa estória, é real, mas algumas coisas são, tenderam? Eh isto.

Narrador.

Como se fosse uma lei universal, o domingo passou se arrastando. Hariany só conseguiu dormir um pouco depois que amanheceu, mas pôde descansar alguma coisa, pelo menos.
Não estava afim de cozinhar, muito menos de ir comer fora, então apenas pediu comida por aplicativo e passou a tarde assistindo besteiras na tv.

Hariany levantou quando ouviu o despertador que tocava insistentemente do seu lado, como de costume.
Fez a higiene matinal em tempo record e se arrumou, vestiu uma calça jeans escura, a camisa da Polícia civil de cor cinza, colocou uma camisa jeans por cima, com as mangas dobradas até o antebraço e calçou os coturnos. Prendeu o cabelo em um rabo de cavalo frouxo, já que ainda iria colocar o capacete e fez uma maquiagem super básica, apenas para disfarçar as olheiras.
Nem sempre o uniforme completo é exigido, apenas em operações em campo, onde se precisa de mais proteção, óbvio, e praticidade. Na maioria das vezes os agentes são avisados com antecedência, para que possam se vestir a caráter, mas as vezes tem a má sorte de serem acionados durante uma simples ronda ou quando param em algum lugar para se alimentar ou qualquer coisa do tipo. Nesses casos eles não tem o tempo necessário de vestir o uniforme completo, apenas o colete a prova de balas, e atender imediatamente ao chamado.

Hariany não tomou o café da manhã reforçado como o usual. A mulher acordou inquieta, o estômago embrulhado apenas lhe deu liberdade de tomar um copo de suco. Não tem ideia do que está acontecendo com sua cabeça nesses últimos dias, como se seu corpo e mente estivessem prevendo que algo de errado poderá acontecer.

Tentou espantar esses pensamentos e pegou a mochila, a arrumando com tudo o que precisa para o dia. Pegou o coldre de perna e o vestiu, acoplando sua pistola Taurus PT 100 no compartimento, que ficou parcialmente escondido por conta da camisa jeans. Pendurou seu distintivo, que está preso a um fino cordão de aço, no pescoço, e o colocou por dentro de sua camisa.
Depois de tudo pronto, trancou seu apartamento e desceu para o estacionamento, sem demorar muito a sair e ir direto para a delegacia de polícia.

Assim que entrou, antes mesmo de ir guardar suas coisas, um homem a parou, provavelmente novato, pois Hari não lembrou seu nome e muito menos o reconheceu.

-Olha, houve um assalto num posto de gasolina, o delegado passou o caso para você. -O homem disse, sem nem se apresentar.

-Anh, claro. Vou chamar a Bárbara. -A loira avisa, se preparando para sair.

-Ela já saiu em outro caso, chame outro agente. -O policial informa, a deixando para trás, confusa. Como ele sabe quem é Bárbara? Hari não faz ideia.

Foram raras as vezes em que Bárbara e Hariany participaram de casos separadamente, mas já que não tinha o que fazer a respeito disso no momento, apenas deu de ombros. Resolveu chamar Diego, era um dos poucos ali próximo às duas, já que a maioria dos homens daquele departamento eram praticamente movidos a machismo.
Pegaram o endereço e entraram em uma das viaturas, Diego foi dirigindo e Hari preferiu assim.

-Então, a que horas aconteceu? -Diego pergunta ao gerente do posto, assim que chegam ao local.

-Ontem, por volta das 23:00, 23:30. -Um rapaz mais jovem, provavelmente o que cuida das bombas de gasolina, responde, tomando a frente.

-E por que não chamaram polícia na hora? -Hariany pergunta, cruzando os braços.

-Eu pensei que seria melhor conversar com o dono do posto primeiro, para saber o que fazer. -Dessa vez o gerente responde, gesticulando de forma exagerada, sinal aparente de nervosismo.

-Então ele foi informado do ocorrido logo em seguida? -Diego pergunta, erguendo uma das sobrancelhas.

-Foi, sim senhor! -O funcionário franzino responde de imediato.

-Certo, e o que foi roubado? -Hari pergunta.

-É...bom, roubaram só uns... -O gerente começa, paracendo tentar "lembrar", mas a verdade é que mais parecia tentar encobrir algo.

-Não roubaram nada, não. -O funcionário toma a frente novamente, alheio a inquietação do chefe. -Só quebraram tudo, bateram no rapaz da conveniência e foram embora.

-Aham, e essas câmeras de segurança estão funcionando? -Diego questionou.

-Olha, eu acho que n...

-Estão sim, todas elas. -Mais uma vez, o moleque responde, recebendo um olhar furioso, mas discreto, do gerente.

-Ótimo, vamos dar uma olhada. -Hariany fala, abrindo um sorriso enorme e convencido ao ver o desespero do homem.

-Vou esperar aqui, divirta-se. -Diego fala, encostando no carro e cruzando os braços. Os três entram na conveniência e ficam lá por alguns minutos.

Hariany volta, parecendo irritanda, o gerente do posto em seu encalço falando sem parar. Diego retoma sua postura, tentando entender o que está acontecendo.

-Senhora, eu acho melhor vo...

-Cavalheiro, eu acho melhor você facilitar as coisas por aqui, estou tentando fazer o meu trabalho. -A loira o interrompe, abrindo a porta do carro, dessa vez do lado do motorista.

Diego percebe que a colega tem algo em mãos, algum aparelho que não consegue identificar, mas que provavelmente contém as imagens das câmeras. Ele logo dá a volta no veículo, entrando no lado do passageiro.

-Eu não tenho ordens nem liberdade para entregar esse material. -O homem de estatura mediana insiste, fazendo Hariany virar-se para ele novamente.

-Escuta aqui, nós recebemos ordens para vir até essa joça que você chama de posto e resolver um problema, é o que estamos tentando fazer. Mas essa sua relutância em colaborar está me tirando do sério... Se tiver algo para dizer, o faça agora. -Hariany fala entre dentes, se aproximando do homem, o encarando nos olhos. O gerente, nervoso, apenas ficou em silêncio e engoliu em seco. -Se por acaso eu descobrir que alguma imagem daqui foi apagada, é atrás de você que eu vou primeiro. Passar bem.

A investigadora entra na viatura, fechando a porta com força e acelerando, deixando o gerente do posto, cético, para trás.

Por enquanto é isto. Já devem ter percebido que eu amo detalhes, mas caso vocês não gostem, é só avisar que eu deixo tudo mais direto. E gente eu prometo que falta pouco pra Paulinha aparecer. Enfim, devo continuar? Estão gostando?

Surrender. (Pauriany) Onde histórias criam vida. Descubra agora