Cap. 15

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Oi nenéns, volteeei. Então né, eu percebi que tem gente querendo beijo Pauriany logo ou que elas percebam que se gostam e num sei o quê, mas gente ksks se levar em conta tudo, não tem nem duas semanas que elas se conheceram. Não dá pra simplesmente enfiar uma cena de beijo do naaada, então vocês vão ter que ter um pouquinho mais de paciência.

Eu sei que essa fic enrola um pouco, mas é para não sair atropelando os momentos. Enfim, o cap tá bem grandinho e espero que gostem. Boa leitura.

Narrador.

Alguns dias se passaram e o convívio mudou drasticamente para melhor, ultimamente as duas conversam sobre quase tudo, como se se conhecessem há anos e fossem melhores amigas. Claro que com a intimidade aumentando elas ficaram bem mais carinhosas uma com a outra, e consequentemente o ciúme evoluiu junto.

Paula está melhorando gradativamente, sua garganta já está praticamente 100% com a ajuda dos remédios e da insistência de Hariany em fazê-la beber água a cada 20 minutos. Os hematomas estão começando a clarear, alguns mais fracos até sumiram.

Paula se recusou a ir à psiquiatra e fisioterapeuta na primeira semana, alegando não querer sair com todos aqueles hematomas no corpo e não se sentir confortável para falar sobre os últimos anos estando com Daniel. Diego, que viera buscá-la já que não tinha como Hariany a levar na moto, insistiu para que Paula fosse pois seria bom para ela falar com alguém que fosse ajudá-la nesse processo, mas Paula não estava flexível quanto a isso.
Hariany tomou a frente, apoiando a Sperling e dizendo que ela levasse o tempo que precisasse, que só fosse quando se sentisse bem para isso.

Na sexta um investigador foi até o apartamento para conversar com Paula, Hariany resolveu deixá-los a sós, não querendo fazer parte da sequência de perguntas que a Sperling teria que responder. Então foi correr na praia e só voltou quando recebeu a ligação avisando que já poderia voltar para casa. Antes de ir, o investigador atualizou Hariany sobre como estava indo todo o processo com Daniel, a mansão dele ainda está sendo investigada e ele continua preso. Aparentemente tudo indo pelo caminho certo.

Hoje é terça e amanhã, novamente, será dia de consulta com a psiquiatra designada especialmente pelo delegado Frankael. Hariany resolveu tocar no assunto, para saber se Paula mudou de ideia durante esses dias.

As duas estão na pequena varando do apartamento; Paula sentada em uma das cadeiras de alumínio e Hariany em pé atrás dela, mexendo em seus cabelos loiros na tentativa de fazer uma trança.

-Então, cê sabe que amanhã é quarta, né? -Hari inicia, como quem não quer nada.

-Sim, eu sei. E já respondendo a pergunta que eu sei que você iria fazer; não, eu não tenho certeza se quero ir na consulta amanhã. -Paula adianta, fincando inconscientemente as unhas na carne da própria coxa enquanto fita o céu totalmente escuro e estrelado dessa noite quente do Rio.

-E por que não? --Hariany pergunta, já sabendo a resposta.

-Porque eu não quero que as pessoas me vejam assim, Hari, é vergonhoso e humilhante. -Paula responde, adotando um tom de voz mais grave por conta do assunto sério ao qual estão entrando.

-Eu sei que não é fácil meu amor, mas você tem que entender que não tem que sentir vergonha. Você não tem motivos para isso. -Hariany continua.

-Mas as pessoas vão olhar para todos esses roxos, vão me olhar com pena e você sabe que eu odeio isso. -Paula continua, sentindo a voz embargar. -E eu não sei se quero falar sobre o Daniel, já basta as perguntas que tenho que responder para o seu colega.

Tocar nesse assunto para Paula é como apertar uma brasa acesa na palma da mão, vai doer como o inferno e fazê-la chorar. Hari finaliza o penteado e puxa uma das cadeiras, sentando de frente para Paula e pousando as mãos nos joelhos dela.

Surrender. (Pauriany) Onde histórias criam vida. Descubra agora