Há pessoas que acreditam em vidas passadas, em Almas gêmeas que estão destinadas há um grande amor. Evie não é uma dessas pessoas já que sua única paixão é a fotografia.
A vida dela é tranquila como de qualquer garota do colegial preste a se formar...
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"O sonho começa com a imagem distorcida em tons de cinza. A garota de vestido branco e cabelo comprido abaixo da cintura correria pela floresta, apavorada, ela se escondeu atrás de uma árvore. Pondo a mão sobre o peito ela tenta controlar as batidas de seu coração, há um silêncio no meio da escuridão da noite. Seus pensamentos conflituosos a faz perguntar como ela se meteu nessa confusão? Horas atrás seu dia estava perfeito, seu sorriso se alargava sempre que se dava conta que havia casado com o amor da sua vida. Mas agora perdida na floresta com medo do que poderá acontecer a ela, não entedia como tudo tinha dado errado.
Um galho estalou lhe chamando a atenção, apavorada, tampou a boca.
- Buuh! Eu disse que não havia como fugi, sua sonsa.
Assustada ela tenta corre antes de ser pega, tarde de mais, a outra a quem ela confiou lhe segura pelo cabelo a jogando no chão. Com uma careta ela grita com os galhos de espinhos lhe furando o corpo, decidida, à outra monta nela apertando com força seus dedos abaixo de sua mandíbula bloqueando suas vias aéreas, sua visão começou a ficar borrada.
- Odeio você por roubar minha felicidade, por se achar superior, como se sua família fosse melhor que todos nós. – os olhos da agressora brilhavam de êxtase por saber que a garota aflita que se debatia lutando pela vida morreria pelas suas mãos.
Agarrando-se em um fio de esperança a garota de vestido branco procurava entre os galhos seco algo que pudesse usar com defensa. Ela queria viver, mas o ar em seus pulmões começava a se esvair, ela agarrou a mão de sua agressora tentando livrar do seu pescoço para que pudesse respirar. A mão da outra garota com longos cabelos negros apertava cada vez mais sua garganta fazendo seus olhos lacrimejarem, ela estava morrendo e a última coisa que veria era o sorriso de sua agressora."
Acordei com a sensação de sufocamento, ainda sentia a força da agressora sufocando meu pescoço, minha respiração vinha em movimentos fortes e intercalados. Por mais que eu tentasse não conseguia levar ar para meus pulmões. Quanto mais eu tentava, mais a queimação em meu peito aumentava, era como se eu ainda estivesse no sonho, como se eu fosse à garota. Eu estava sentindo todas as emoções dela, sua aflição, e o medo de morrer, o sabor da morte se aproximando.
Tentei gritar por ajuda na escuridão do quarto, mas só houve um gemido de desespero que ecoou pelo quarto.
Ouço passos se aproximando do lado de fora, alguém escancara a porta, adentrando o quarto.
- Evie, respire. – a voz do Drew estar carregada de pavor. Será que ele não percebe que eu não consigo respirar. – Se concentre na minha voz e tente respirar lentamente levando ar para seus pulmões, tudo bem? – aceno, encarando seus olhos, apavorada.
Fiz como ele pediu, lentamente expirei ar preenchendo minha caixa torácica, diminuindo a queimação, aliviada, sorri para ele. Sento-me ainda com lagrimas nos olhos, sem entender como pude senti as emoções da garota do sonho. Como tudo pareceu real, o medo dela de jamais vê sua família e seu amado.
- Não precisa ter medo, está tudo bem agora. – Drew segura minha mão tremula, com a outra ele retira os fios que grudam em meu rosto suado. – Você me deixou apavorado, não suportaria perdê-la de novo, Litllemoon. - tudo parecia confuso, porque Drew falou em me perder de novo? Por mais que eu tentasse não conseguia assimilar nada no momento.
As lágrimas escorriam livremente, as emoções em ebulição dentro de mim acresciam em um nível catastrófico. Eu dizia a mim mesma que era por eu ainda está sobre o efeito do sonho, que não tinha nada haver com o garoto que me olhava intensamente apaixonado.
- Não me deixe nunca, Evie. – com sua mão em meu rosto, Dew me puxa colando seus lábios nos meus, surpreendendo-me.
Ali no calor de seus braços, pude ter um deslumbre dos seus sentimentos, a dimensão de um amor não correspondido. Eu desejei senti o mesmo, ser a garota que ele amava, mas eu não era, ou talvez a confusão em minha e mente impediu que meu coração pudesse projetar algum sentimento ao ruivo. O beijo terminou rápido demais, com nossos rostos próximos evitei olhá-lo, era crueldade da minha parte fazê-lo acreditar que o beijo mudaria alguma coisa entre nós, por mais que o beijo tenha sido, memorável, não foi no momento certo para mim.
Então me afastei soltando sua mão que ainda segurava a minha.
- Poderia me deixar sozinha? – perdi.
Mesmo sabendo que estava o magoando perdi que saísse, precisava de distância, por em ordem tudo meus pensamentos. Eu acreditava que estava tomando a decisão certa, mas no fundo, eu sabia que estava me protegendo, mantendo meu coração a salvo de decepções. Drew se levantou, permanecendo ao lado da cama por alguns minutos, como se não soubesse o que fazer, seus dedos somem entre os fios ruivos de seu cabelo permanecendo na nuca enquanto seus olhos pousam em mim antes de ir porta, ele olha na minha direção uma última vez, antes de sair.
Joguei-me na cama, cansada emocionalmente.
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