Capítulo 22

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 Eu sabia que algo estava errado assim que abri os olhos. Minha mente estava uma bagunça de pensamentos e lembranças, e para piorar uma dor de cabeça ameaçava entrar na dança. Nem mesmo um banho gelado ajudou, e nem o café forte do meu pai. Após meu momento com Drew antes de ir dormir, levei horas acordada repassando os acontecimentos do dia. Tentei organizar tudo o que eu sentia, mas a cada segundo minhas emoções mudavam passando de euforia para medo, pavor e depois um extenso vazio que eu não fazia ideia do por que. E tudo o que Drew me contou parecia inexplicável quando eu tentava entender como poderia ser possível, se horas atrás não havia lembranças de outra vida em minha mente, e de repente surge várias de momentos aleatórios circulando minha cabeça, feito um carrossel desgovernado.

As memórias das duas vidas se chocam uma com a outra, e me sinto exalta tentando organizar tudo de forma que eu possa separar as duas vidas, realinhar para que a primeira não substitua a segunda. Por mais que pense que seja incrível poder viver algo assim, parece meio impossível de acontecer, ainda assim aqui estamos nós, duas almas separada se encontrando depois de anos ou séculos. Sinto-me pressa em uma das história dos livros que eu lia, porque somente em livros algo assim poderia ser possível, duas almas que se perderam se encontrarem de forma que o amor dessas almas ainda esteja intacto, e pronto para amar novamente como se o tempo não tivesse cobrado seu preço.

E mesmo quando consegui dormir na noite passada foi um sono conturbado por sonhos de lembranças minha vivendo em outra época, em tons pretos e brancos de um filme antigo. E de uma forma estranha sinto um medo do que poderei descobri, como se uma parte de mim tivesse receio em descobri algo que ainda possa me magoar ou até mesmo me apavorar. Meio que acho que tenha alguma coisa relacionada com a forma que morri na outra vida, deve ter sido de forma horrível se algo em mim não quer lembrar. Eu poderia perguntar ao Drew tenho certeza que ele me diria, mas sinto que não estou pronta para me aprofundar nessa parte, é tudo muito recente.

Deito a cabeça sobre os braços apoiados no balcão, tantos pensamentos fazem a dor aumentar, a pequena prévia que senti ontem não se compara com essa de hoje, a bola martelando cresce gradativamente.

-Evie, está me ouvindo? – levantei o olhar para meu pai que me encarava do outro lado do balcão. – O que houve? Seus olhos preocupados me analisam a procura do que esteja errado, tento me recompor para que não se preocupe a toa por causa de uma simples dor de cabeça.

- Uma leve dor de cabeça. – mau fechei a boca e ele deu a volta no balcão tocando minha testa. Ao ver que eu não estava febril, o vejo ir pegar remédio no armário, me entregou junto com um corpo de água.

Almas EntrelaçadasOnde histórias criam vida. Descubra agora