Levanto da cama, toda essa conversa com meu pai me trouxe uma epifania, uma clareza sobre meus sentimentos. Tudo o que eu preciso fazer para concertar os meus erros é dizer ao Drew como me sinto, e o quanto estou arrependida por ter brincando com os sentimentos dele nesse acordo com a Miranda, e que compreendo que foi uma grande estupidez.
Corri e abracei meu pai por seus ótimos conselhos.
- Obrigada. - beijei seu rosto, seus braços rodearam minha cintura. – Eu te amo, pai.
- Também, querida. Agora vai lá e faz a coisa certa. – ele deu um beijo na minha testa, olha nos meus olhos. – Nunca deixe o medo ser mais forte, ou nunca fará nada na vida. – com seu último conselho retirou-se do quarto.
Levei menos que vinte minutos para me arrumar, a calça e o top preto combinaram com a bota e por último uma jaqueta branca, sem muita criatividade no momento deixei meus fios soltos, para minha sorte achei um táxi que me levou a escola. Enquanto eu seguia para o ginásio imaginei o que eu diria a ele, precisava ser o mais sincera possível para que não houvesse duvidas em relação ao que eu sinto, parei nas grandes portas, respirei fundo ouvindo os gritos dos alunos no fim do jogo, essa é a minha deixa, eu correria em sua direção e o beijaria com todo o meu coração. O Drew me ama, quando eu me declarar na frente da escola toda ele perceberá o quanto eu o amo também. E não importa o que aconteceu antes e nem os erros que comentemos agora, temos essa nova chance de estamos juntos e é tudo o que importa.
Caminhei entre os alunos que já descia das arquibancadas, procurei pela Blair entre a multidão, precisava do apoio da minha amiga antes de cometer essa loucura, seria a primeira vez que faria algo assim na vida, o frio na barriga me consumia pela ansiedade. Parei de supetão ao avistar Drew, meu coração parou de bater, talvez não tenha sido uma boa ideia ter vindo.
Que merda!
O garoto que agitava meu coração, o mesmo que eu estava preste a me declarar, estava sendo abraçado pela Miranda, respirei fundo me acalmando era só um abraço. O momento de me abri sentimentalmente passou, o que fazer? Eu deveria virá e ir embora? Talvez, mas meus olhos estavam presos na imagem dos dois, e quando ela o beijou e os lábios dele corresponderam o grito de dor ficou preso na minha garganta, me vi ali parada feito uma idiota em um mar de alunos a minha volta tentando entender como ele pode fazer isso depois do discurso de eu amo só você.
- Ah não! – virei ao ouvi a exclamação. Blair parada trás de mim desviou o olhar do Drew para mim. – Como ele pode? Vou matar aquele filho da puta.
Blair deu um passo à frente na direção do Drew, antes que ela fosse confrontar ele, a segurei não querendo chamar atenção.
- Preciso que me leve embora. – respirei contento as lágrimas. Blair me olhou, com um aceno ela segurou a minha mão me levando para a saída do ginásio.
Durante o pequeno percurso até o estacionamento deixei que a raiva me dominasse meu lado racional. O Dodge preto reluzente apareceu no meu campo de visão, eu adorava esse carro, mas estou muito puta com o dono dele agora para me importar com alguma coisa. Andei a passo largo parando ao lado do carro, procurei na bolsa algo que eu pudesse usar, talvez fosse uma atitude infantil. Que se foda o bom senso, quero que tudo vá para o inferno.
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Almas Entrelaçadas
RomanceHá pessoas que acreditam em vidas passadas, em Almas gêmeas que estão destinadas há um grande amor. Evie não é uma dessas pessoas já que sua única paixão é a fotografia. A vida dela é tranquila como de qualquer garota do colegial preste a se formar...