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Tava aguentando mais ficar deitado nessa cama não, tô doido pra picar o pé desse hospital e ver minha mulher e a minha filha. Foda que se eu sair daqui, vai ser direto pra cadeia.

Policial: tá na hora de você ir pro seu devido lugar né Heitor? - entrou dentro do quarto acompanhado com mais três.

Ht: será que não tá nas condições de eu ver minha filha antes não? - falei todo manso ne

Policial: se tu quiser ver alguém, espera quando chegar na prisão e for o teu dia de visita - tirou as algemas da maca e colocou nos meu braço.

Ht: porra mano, ela é de meses ainda cara. Capaz de eu nem ver ela por um bom tempo, dá uma moral aí.

Polícial 2: Acho que uma visita não faria mal Fernando.

Fernando: tá querendo dá vida boa pra bandido agora Agenor? Tem nada de benefício não, se quisesse ver a filha, teria pensado antes de entrar nessa vida. Agora vai morrer na cadeira pra aprender - apertou mais ainda as algemas - agora bora que eu tô sem tempo.

Entrei dentro do camburão com a cabeça na Júlia e na Julinha. Tô partindo pro xadrez sem ao menos ter dado um beijo na minha pequena e na minha mulher. Vou mofar lá agora sem poder ver a minha filha crescer, sem dá o primeiro passo e muito menos escutar ela chamar meu nome.

Só Deus sabe quanto tempo que passarei atrás das grades, mas isso foi resultado das minhas escolhas. Optei pela a vida bandida e hoje estou indo pagar por isso, dando graças a Deus por não ser a morte.

Senti a van parar e ouvir disparos, tentei olhar pela a gradezinha mas nem deu, mas saquei tudo quando escutei a voz do Dias.

Dias: bora filha da puta, cadê a chave arrombado?

Agenor: entrega logo a chave Fernando, vamo morrer aqui caralho - gritou

Orelhinha: eu acho bom você escutar o teu amigo antes que eu meta uma bala na tua cara.

Dias: bom garoto!

155: fala filha da puta, quanto tempo em - abriu a porta da van e eu desci sorrindo.

Orelhinha: nu, tá mais feio ainda, cê tá doido! - deu um sorriso e depois me abraçou de lado

Ht: achei que ces nem ia colar aqui, já tava pensando no tempo que ia pegar de prisão - estiquei meu punho pra eles tirarem as algemas.

No Morro da SerraOnde histórias criam vida. Descubra agora