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Ágata

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Ágata

Passei a mão no cabelo e andei de um lado pro outro pelo o apartamento tentando racicionar a burrada que eu fiz. Maldita hora que eu fui na casa daquela filha da puta. Cavei a minha própria cova e se pá, da minha família também.  

Deixei me levar pelo o calor da emoção e por um amor que me cegou e agora estou aqui, colocando minha família em risco por culpa de más escolhas.  Eu deveria ter escutado a minha mãe desde o começo, desde  quando ela me avisou pra não se envolver. Mas não, a Ágata emocionada não resistiu quando viu o brilho da corrente e o tamanho do malote.

No começo foi só por interesse e fama mesmo, só conseguia imaginar eu passando e todo mundo abaixando a cabeça pra me respeitar e sussurrando " a mulher do chefe" mas com o tempo foi passando, criei sentimento. Um sentimento que me cegou e me fez submeter por várias humilhações e agora, até a morte.

Meu celular vibrou e eu logo peguei vendo mensagem de um número desconhecido. Quando entrei no whatsapp e abrir as fotos comecei a chorar. Ne ums delas era a minha irmã amarrada ne uma cadeira e na outra era a foto da casa da minha mãe pelo o lado de fora. Ele não estava de brincadeira e infelizmente eu não tinha outra opção além de me entregar.  

(...)

O uber parou ao pé do morro e eu desci pagando o motorista. Olhei em direção à entrada e vi alguns carros de policiais revistando quem entrava e saía.  Soltei um suspiro e fui em direção à eles.

Policial: revista ela - mandou e logo veio uma policial feminina revistando. - mora por aqui?

Ágata: não, só tô fazendo uma visita mesmo.

Policial Feminina: tudo certo, tá limpa.

Policial: toma cuidado que esses filhos da puta não tão nem aí pra morador não em - apenas assenti com a cabeça e entrei dentro do morro.

Wandin: olha quem apareceu - deu um sorriso assim que me viu - bora logo que o chefe tá a sua espera - pegou no meu braço.

Ágata: vai pro inferno e me solta que eu sei ir sozinha - puxei de volta. 

Wandin: escuta aqui sua filha da puta - pegou no meu cabelo - ce tá a minutos de tomar um tiro na cara então deixa de marra em - apenas olhei pra ele e fiquei calada.

A cada passo maia próximo que eu chegava, meu coração apertava. Eu estava ciente que não ia sair viva daqui mas ninguém gosta de saber que irá morrer.

Dias: sabia que você ia vir - apagou o baseado - pode soltar ela Wandin - ele soltou meu braço e saiu da salinha.

Ágata: cadê minha irmã? Solta ela!! - passei o olho pela a sala não encontrando-a

Dias: não interessa - veio em minha direção -  você sabia que ela quase morreu sua vagabunda? - me deu um soco na direção do nariz e eu já babiei toda - ela está internada agora por culpa sua - me deu mais um na boca e o melado escorreu. 

Dias

Era indecifrável a raiva que eu estava sentindo. Olhei pra cara dela e vi o sangue escorrendo pelo o nariz e pela a boca mas pra mim ainda não estava suficiente. Toda vez que eu lembrava da Cecília, o ódio me consumia.

Dias: cadê tua marra Ágata? Não era você que batia de frente comigo? - dei uma ajoelhada na sua barriga  - bate de frente agora sua puta.

Ágata: me mata logo, por favor - cuspiu o sangue no chão.

Dias: te matar? - dei uma risada - tu vai sofrer muito ainda!! - fui na mesinha e peguei a maquina zero que continha ali. Liguei na tomada e fui em direção à ela que se desesperou quando ouviu o barulho.

Ágata: meu cabelo não Yuri, por favor - começou o pranto

Dias: tu vai morrer mesmo, tem necessidade de cabelo não - passei a zero e só vi os cabelos caindo. Raspei foi tuuudo! sobrou nem um fiozinho pra contar história.  Carecassa! 

Ágata: ela tá bem? - me olhou com os olhos inchados e o rosto repleto de sangue.

Dias: tá querendo saber por que filha da puta? - encarei ela - tu colou no barraco dela na maldade já e agora vem perguntar da mina? Deixa de ser falsa desgraça dos inferno - meti a mão na lata dela.

Ágata: eu não fiz por maldade, foi no momento da raiva. Eu dei um tapa na cara dela e ela caiu no chão - botou a mão no rosto chorando.

Dias: e mesmo assim você não pôde ajudar, você teve a capacidade de deixar ela agonizando no chão. Namoral mano, eu tenho nojo de você.  - sai de perto dela - eu só não meto uma bala na tua cara, porque seria muito pouco - peguei no maxilar dela - mas tu pode ter certeza, que viva tu não fica. - dei mais uma sequencia de soco na cara dela e sair da sala indo fumar um baseado.

Minha cabeça tava uma pilha e nem o verde tava me acalmando. De todas as vezes que eu me mantive longe da doida lá, essa é a pior. Estava me corroendo não ter ela pra brigar comigo e jogar as coisas na minha cara.

Maratona 3/5

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