Ela sabe como faz. Fiquei viajando, observando; bagunçou todos os meus planos, já não sei o que faço mais. Eu quero hoje e amanhã em dobro, a vida cobra e não devolve troco, a cama bate e o coração sente. Amo viver e vivo pensando na gente! Eu procu...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Maria Cecília
Peguei minha mala e comecei a socar as roupas nela enquanto enxugava as lágrimas. Eu chegava tremer de raiva por conta do que o Eric fez, filho da puta!! Tudo bem que eu vacilei na história mas ele não tinha o direito de ter contado pra minha mãe.
Kaic: ou, minha mãe falou que tu pode ficar lá em casa se tu quiser - entrou dentro do quarto
Maria Cecília: precisa não Kaic, vou pra casa da Nanda - fechei minha mala - quero problema lá na casa da minha tia Verônica não!
Kaic: para de graça Cecília, ce sabe que minha mãe sempre vai te receber lá - ajeitou o boné pra trás me olhando
Maria Cecília: não precisa.
Kaic: Eric é um filho da puta mesmo né, desde do começo eu te avisei que ele tinha cara de pilantra.
Maria Cecília: quero nunca mais ver na minha frente - peguei meu celular e chamei um uber - vou meter o pé daqui pra não ter necessidade de cobrança nenhuma.
Kaic: tu vai voltar pro Brasil?
Maria Cecília: como que eu chego lá grávida do nada Kaic? Tá louco?
Kaic: mas o Dias precisa saber do bebê Cecília, ele tem o direito!
Maria Cecília: ai eu não tenho cabeça pra pensar nisso agora não - peguei minha mala da cama - deixa eu ir que meu uber já ta chegando. - ele se levantou e pegou minha mala indo pra fora do quarto.
Passei pela a sala e encontrei minha mãe de cabeça baixa ao lado da minha tia verônica e do Leo, chorando, enquanto no canto da cozinha Pedro e Brenda conversava.
Verônica: vai lá pra casa meu amor, a onde você vai ficar? -perguntou assim que olhou a mala na mão do Kaic
Maria Cecília: pode deixar tia, vou pra casa da minha amiga.
Andréia: vamos ver até quando ela irá te querer lá - me encarou com os olhos vermelhos - por que você não vai pra casa do pai da criança? Ele não é traficante? Manda pegar o dinheiro sujo e comprar uma casa pra sustentar vocês.
Verônica: Andréia, para com isso!
Maria Cecília: eu não preciso de ninguém pra me sustentar não porque eu trabalho pra isso.
Andréia: trabalha mesmo porque de mim você nunca irá ganhar nada, muito menos grávida de um bandido - gritou
Maria Cecília: eu não preciso do teu dinheiro nem de porra nenhuma tua. Única coisa que eu sempre quis foi atenção e amor, e você só soube dar isso quando envolvia dinheiro. Tá me botando pra fora de casa por que não estou grávida do médico rico né.
Andréia: você me envergonha garota, some da minha casa! - levantou mas a minha tia entrou na frente - esquece que você ja teve uma mãe
Maria Cecília: você só soube ser mãe quando eu comecei a namorar com o Eric. Cuidado pra tua ganância não te cegar - puxei a mala da mão do Kaic e fui pra rua segurando o choro.
Meu uber chegou, eu despedir do Kaic e entrei no banco de trás observando as ruas daqui do Canadá. Pousei a mão na minha barriga pensando no que seria daqui pra frente até que o carro parou no local que eu dei o endereço. Paguei e desci já indo em direção a portaria pegar a chave com o porteiro, Nanda ainda estava no hospital.
(...)
Nanda: mas sua mãe também viu, como que pode botar você pra fora de casa grávida mano - passou a mão no cabelo fazendo um coque
Maria Cecília: minha mãe é ganaciosa Nanda, e o Eric ainda gritou pros quatro canto que o Dias é traficante.
Nanda: nunca pensei que o Eric teria coragem de fazer isso cara, tô besta.
Maria Cecília: nem eu, na hora que vi ele entrando naquela casa, nem parecia que era o mesmo cara com quem eu me envolvi.
Nanda: e tu já tomou a sua decisão? - falou enquanto cortava a cebola
Maria Cecília: que decisão? - perguntei confusa
Nanda: se tu vai ir pro Brasil ou esconder a criança do Dias ue - botou a mão na cintura
Maria Cecília: eu não sei velho, sinceramente não sei!
Nanda: ele tem o direito de saber Cecília, e ficar aqui também não vai te ajudar em nada tendo que encarar o Eric e a sua mãe.
Maria Cecília: e na onde que eu vou ficar?
Nanda: não sei amiga, na casa da Julia ue. Se tu quiser eu te empresto um dinheiro pra comprar um apartamento lá pra você.
Maria Cecília: não precisa, eu tenho dinheiro pra isso mas sei lá velho, não quero criar meu filho no meio daquilo lá - botei a mão na cabeça
Nanda: você não precisa morar lá no morro ue - colocou a cebola na panela - o lance é só o Dias ter contato com a criança.
Maria Cecília: que complicação viu amiga, que que fui fazer da minha vida - levantei da mesa indo pegar uma água da geladeira
Nanda: pois é gata, mas agora já aconteceu e tu tem que arcar com as consequências - desligou o fogão e me entregou o prato.
Nanda mandava na cozinha viu, fez um macarrão gostosinho mas o pior que nada fica no estômago, tudo que eu como tenho que ir correndo pro banheiro botar pra fora.
Nanda: o que tu acha que vai ser amiga? - falou enquanto mexia no celular
Maria Cecília: espero que seja menina pra puxar a mãe linda aqui.
Nanda: imagina se for a cara do Dias - falou rindo e eu ja balancei a cabeça em negação - o cara é gostosão amiga, sorte tua se a criança foi igual a ele
Maria Cecília: eu não quero ter um filho parecido com aquele traste não, toda vez que eu olhar pro meu filho e lembrar dele? Deus que me livre - ela deu uma gargalhada e eu acabei rindo junto
Nanda: na hoa de sentar ce não pensava nisso ne - taquei o travesseiro nela
Maria Cecília: pior você que deu pros dois lá.
Nanda: mas é claro, se você que não tava solteiro aproveitou, quem dirá eu ne amiga.