K . I . D . S

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Joey Tribbiani ainda vivia solitário em seu apartamento em Nova York. O solteirão mais cobiçado da cidade ainda tinha seu charme mesmo depois de tantos anos. Estava sentado em sua poltrona assistindo um jogo de futebol americano quando escuta batidas em sua porta.

-Já vou, só quero ver o touchdown do Tom Brady! – Ele gritou.

Assim que acabou de falar, ouviu outras batidas e teve que se levantar.

-Droga, Chandler, se for você de novo eu já avisei que não vou ver RuPaul's com você! – Ele disse abrindo a porta.

Quando terminou de abri-la, notou uma figura feminina, uma moça bem jovem e bastante bonita.

-Hey... vem sempre aqui? (N/A: How you doin'?) – Joey disse admirado com a beleza da moça.

-Joey Tribbiani? – A moça perguntou.

Joey franziu a testa e disse:

-Sim... Desculpe, eu deveria me lembrar de você?

-Não. Nunca nos vimos antes – a garota confirmou.

-Ok. Então... quem é você?

-Meu nome é Claire. Claire Thompson. Acho que temos que conversar – a garota disse, parecendo preocupada.

-Então, por favor, entre, sente-se. Aceita água, refrigerante, cerveja? Já tem idade pra beber? – Joey perguntou pegando uma cerveja para si mesmo na geladeira.

-Estou bem, obrigada, e sim, tenho idade para beber – ela permaneceu séria.

Joey bebeu um pouco de sua cerveja e olhou novamente para a moça. Ela era realmente bonita, mas Joey nunca a tinha visto em nenhum lugar antes.

-Você quer conversar sobre...? – Joey perguntou.

Claire respirou fundo e disse rapidamente:

-Certo, certo. Agora que estou aqui isso parece ainda mais difícil, então vou tentar falar tudo de uma vez – ela fez uma longa pausa. - Eu sou sua filha. Sei que não estava esperando por isso mas é, eu sou sim sua filha.

Joey parou de beber sua cerveja e ficou congelado como uma estátua, olhando para o nada por longos segundos. Depois ele riu.

-Você deve estar maluca – ele disse ainda rindo. – Eu não tenho filhos. E se tivesse, tenho certeza que as mães deles teriam me procurado ainda grávidas!

-Eu entendo seu espanto, entendo mesmo. Mas é verdade, eu juro, e posso explicar – Claire disse.

Joey parou de rir e olhou fixamente para a garota.

-Então é melhor explicar logo, porque agora estou realmente assustado.

-Sim, sim! Olha, eu não sei se você lembra, mas você foi um doador de esperma muitos anos atrás. Bom, acontece que minha mãe foi a receptora da sua amostra. O nome dela era Eva Thompson, tinha trinta e quatro anos na época e queria muito um filho. Então, com a ajuda da inseminação artificial, ela engravidou, bem, de mim. E aqui estou eu, 23 anos depois – Claire disse.

-Espere. Tem algo errado nessa história. Eu doei apenas para uma pesquisa! – Joey levantou-se da banqueta da cozinha.

-Bom – Claire também levantou-se de onde estava sentada. – prazer, pesquisa.

Ela estendeu a mão para ele. Joey agora tinha os olhos arregalados. Ele era pai. E ele estava surtando.

-Meu Deus. Meu Deus, meu Deus, meu Deus! – Ele repetiu. – Isso é inacreditável!