Qual que era o nome dele?

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Pietra P.O.V

— Então você está me dizendo que achou uma pista?  — Perguntou Severo.

— Agora sei que a maldição é antiga e que o colar era um produto da Borgin & Burkes. Já é alguma coisa, não? — falei.

— Meus parabéns, mais uma vez Pietra arrasa, merece uma recompensa — ele passou seu polegar pelos meus lábios antes de me beijar.

   Começamos um beijo lento e caloroso. Uma de suas mãos lentamente desceu até o meu quadril e subiu passando por baixo da minha blusa, enquanto a outra massageava a minha coxa com movimentos rápidos.

— Severo... — suspirei.

— Shhh — Ele me interrompeu — Agora você é só minha.

  E foi assim que acabamos na minha cama, depois de um momento quente.

— Tudo bem, Pietra? — ele acariciou minha bochecha.

— Nós estamos em uma relação séria, não é?

— Sim, estamos. Por quê?

— É que as coisas estão indo rápido entre nós, não me leve a mal, adoro quando é assim. Mas quero garantir que estamos namorando mesmo.

— E nós estamos. Olha se acha que está indo muito rápido e está te incomodando, você me fala.

— Não vai ser preciso — eu o beijei.

— Pff, eu e Severo? — ri — Não temos nada.

— Duvido — Disse Lúcio — Vocês dão super certo!

— Só na sua cabeça. Não tenho tempo para essas coisas. — Apontei para o meu distintivo de monitora, o mesmo que Lúcio usava.

— Vocês tem química e você Pietra é legal, inteligente e gostosa!

— Tome cuidado com essa boca, Lúcio — dei uma cotovelada nele — Narcisa pode não gostar.

— Só estou dizendo que você não tem desculpas para não chamar Severo para sair.

— Eu tenho uma vida acadêmica…

— Mas sua vida vai ser só disso?

— Ei vocês dois! — chamou a monitora da Grifinória — Vamos patrulhar os corredores invés de conversar!

   No dia seguinte era a partida de quadribol e não sei como Severo me convenceu de ir. Estava mais perdida do que nunca, não sabia qual bola era qual e muito menos quem estava ganhando. A narração fala muitos nomes e confunde minha cabeça, agora pouco achei que Potter defendeu um gol até Minerva me contar que não era função dele e honestamente como eu vou conseguir diferenciar quem é quem se estão lá no alto?
   A única coisa que entendi foi que a Grifinória ganhou, portanto desci até o vestiário para parabeniza-los.

— Parabéns pela vitória! — parabenizei animada enquanto os alunos saiam do vestiário — Vocês arrasaram!

   O pessoal agradeceu e quando Potter saiu ele nem sequer olhou para minha cara.
   Ai!
O que eu fiz de errado?
Mais uma pessoa que não gota de mim. Que novidade.
 
— Seu pai nos abandonou por sua causa! — Gritava a minha mãe todo dia — Você poderia ser normal!

  Minha mãe era alcoólatra e nossa família era pobre por causa dela. Eu roubava para conseguir cuidar de minha mãe e dos meus sete irmãos mais novos.
Dumbledore apareceu na minha casa um dia, dando a chance de estudar lá e aceitei. Eu adorava ficar longe daquela casa, adorava poder ser criança, me sentia bem.
Mas não era como se minha mãe fosse sempre alcoólatra, ela ficou assim porque… alguma coisa relacionada com meu pai, eu não sei dizer.

— Pai já vai embora?  — Perguntei, deveria ter 5 anos.

— Vou filha — afirmou um homem de pele pálida e cabelos escuros — Não precisa se preocupar.

— Viagem de trabalho de novo? — resmunguei — Eu odeio a “Borgin & Burkes”.

  Ele riu e bagunçou meus cabelos.

— Quando voltar eu vou te dar um presente, tá?

— Uma espada! Eu quero uma espada!

— Vou achar para você uma espada de um cavaleiro bem forte.

— Nada de espadas, querido — Uma mulher de cabelos ruivos e olhos azuis, minha mãe, falou — Toma cuidado.

— Tomarei.  — Ele puxou minha mãe para um beijo terno.

— Tchau, papai!

— Adeus...

  Era isso!
Ele viajava muito e uma dia ele foi em embora para sempre. Foi aí que a desgraça começou.
Então por que minhas memórias sobre ele estão tão vagas?
Eu nem sei seu nome?
Quem é meu pai?

Amor Venenoso- Severus Snape Onde histórias criam vida. Descubra agora