O Lorde das Trevas e seus filhos

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Flashback -- 1980
Pietra P.O.V

- Senhorita Linns? - Chamou o Ministro.

- Sim, senhor?

- Recebemos uma mensagem e sinto muito em dizer, mas sua mãe morreu.

   Aquele dia iria chegar, sabia muito bem que a quantidade de álcool que ela ingeria não era surpreendente.

- E sei que você tem irmãos. - continuou dizendo - Devo lhe dar alguns dias de folga para poder lidar com a perda e cuidar deles, está bem?

- Está senhor. - falei - Uma semana está ótimo para colocar as coisas em ordem.

- Tudo bem. Sete dias.

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- Irmã! - Gritou John que estava no jardim e correu em minha direção.

- Como você cresceu! - Eu o abracei.

- Vou chamar os outros.

  Ele correu animado e voltou com Adam e Rose. Ambos ficaram surpresos e me abraçaram chorando muito.

- Vai ficar aqui por um semana, então? - Perguntou Adam cabisbaixo.

- Não fale assim - Rose deu um tapa em seu ombro - sabemos que Pietra se esforça para nos cuidar e ela não tem tempo. É uma auror.

- Eu sei, só que eu acho muito pouco tempo.

- Não precisa ficar assim,Adam. - coloquei minha mão em seu ombro - Vamos aproveitar agora, que estamos todos reunidos... Soube que agora você trabalha, Adam.

- Nos fins de semana trabalho no Caldeirão Furado. É o que eu posso fazer.

- Não estou te desvalorizando. Sua ajuda é de grande significado.

   Sustentar uma casa no meio do nada com 7 irmãos não é fácil. Dumbledore nos ajuda muito, ele permitiu que todos estudassem em Hogwarts, mesmo com o preço dos materiais serem altos. Por isso que me sinto em dívida em relação a ele.

  No jantar todos se reuniram: Eu, Adam, Rose, Stella, Isaac, Ellen, Charles e John. Todos felizes rindo e conversando, como uma família deveria ser.

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  Isaac não para de olhar para a janela, aterrorizado e tremendo como se tivesse visto uma assombração.

- Pietra - ele gritou desesperado - É o pai.

- O pai? - indagou Stella - deixa eu ver isso.

   Ela olhou e deixou um grito escapar.

- É ele mesmo!

- Vou falar com ele. - ajeitei meu cabelo.

- Está louca - Adam gritou.

- Ele não me assusta.

- Mas irmã! - Rose ficou de frente para a porta - ele é o...

- Eu sei quem ele é,e portanto falarei para ele ficar longe daqui.

- Não! - John me abraçou- ele vai te matar!

- John, o conheço ele, é um covarde. Pessoas como ele fingem ser fortes pois sabem que são fracas.

- Toma cuidado — John choramingou.

  Rose me deu licença e abri a porta saiu de casa. Um vento gelado bateu na minha cara e observei a vegetação abandonada e seca da região.
A uma distância eu vi ele, como mudou. Seus olhos se tornaram vermelhos, seu nariz se tornou fendas, sua pele se tornou pálida e não havia mais nenhum fio de cabelo.

- Pietra.- ele se aproximou ,mas dei um tapa nele, fazendo ele se desequilibrar.

- POR QUE VOCÊ VOLTOU? - Perguntei.

Ele não respondeu, apenas ajeitou sua postura.

- ME DIZ,POR QUE VOCÊ VOLTOU?

- Por você...

- PARE DE MENTIR!

- Vamos sentar e...

- NÃO VAI PISAR EM MINHA CASA! NEM VER MEUS IRMÃOS!

Ele não dizia nada, nem se mexia. Não havia remorso nem em sua fala.

- Foi um erro te abandonar. Deveria ter te levado junto. Mas agora você pode vir comigo, juntos nós podemos fazer grandes coisas.

- Prefiro morrer a me juntar com você.

- Você está vendo o lado errado da história.

- Acho que estou vendo a realidade. Você nos abandonou para poder fazer sua artimanhas a vontade. Isso fez a mãe virar alcoólatra, nos deixou tão pobres que precisávamos roubar. Seu egoísmo só prejudicou a nós. Então pedirei apenas uma vez, volte para o lugar de onde veio!

- Deixa eu explicar...

  Dei um soco em sua cara. Ele caiu no chão, espantado por minha ação.

- Fique longe daqui. Será seu último aviso.

   Senti o cheiro de queimado e me virei. Vi a casa em chamas. Em pânico corri para salvar meus irmãos. Tentava apagar o fogo, porém de nada adiantava.

- Irmã... - Chamou alguém.

- John!

  Ele saiu pela janela. Estava cheio de queimaduras e tossia devido a fumaça, seu pulso estava abaixando.

- Fale comigo, John... — seus olhos fecharam e ele se foi.

  Comecei a tentar entrar, mas o fogo não deixava. De longe vi um corpo no chão. Passei pelo fogo, me queimando, vi meus irmãos serem queimados até morrerem, fui puxada para fora da casa e me debati.

- Me solta! Eles vão morrer!

Sempre fui o escudo deles, sempre me feri para protege-los e no momento que mais precisavam de mim, eu-eu não pude salva-los.

- Une-se a mim. - Disse Voldemort.

- Você me dá nojo. - peguei minha varinha - e dizer que um dia eu tinha afeição por você. Se eu fazer isso - coloquei a ponta na minha testa - vou poder ter dias felizes. Nunca saberei que sou filha de um...um monstro.

- Pietra, não!

- Oblivio.

Amor Venenoso- Severus Snape Onde histórias criam vida. Descubra agora