Amor Venenoso- Severus Snape

Ofensiva

Severo P.O.V

  Estava preocupado com Pietra.
Ela estava mal, péssima.
E eu não sei como ajudar,o que me deixava mais tenso.

  Entrei na Ala Hospitalar e vi ela.
Estava dormindo, calmamente, na maca.
No seu colo tinha um caderno cheio de cálculos.
  Ela não descansa mesmo quando está doente.
Fechei o caderno e coloquei na cômoda ao lado e sentei a esquerda de Pietra e segurei sua mão.
- Bom dia, Severo - cumprimentou ela - Dormiu bem?
- Sim e você?
- Tive uns minutos de sono. - fez bico - Não que normalmente seja diferente. - riu ela.
- Você está doente,deve dormir. - lamentei - não trabalhar.
- Estou bem - suas pálpebras estavam pesadas - E eu não estou trabalhando. Nesses dias não sei nem qual é o meu nome - ela soltou uma gargalhada e tombou a cabeça para o lado.
  Ajeitei e ela voltou a cochilar
Depositei um beijo em sua testa.
- Fica bem - pedi,em voz baixa,saindo dali.
   Ela é tão linda. E incrível.
Uma pena que ela não consegue perceber isso.

Pietra P.O.V

- Por favor,Sr. Malfoy - pediu Dumbledore - nos conte sobre o plano.
  Draco olhou para mim e eu concordei,sendo assim ele falou:
- Hoje a noite devo abrir o Armário Sumidouro que consertei e os Comensais vão entrar na escola.
- Quem vai entrar? - perguntei.
- Muita gente: Belatriz,Fenrir Greyback,Amico,Aleto...
   Draco contou tudo o que estava fazendo,desde o primeiro dia até agora.
Um plano bem feito,em minha opinião. Dumbledore disse que ninguém abriria o armário e que o esconderijo para os Malfoy já estava sendo escolhido.
- Muito obrigado,Sr. Malfoy,saiba que está escolhendo o caminho certo - sorriu Dumbledore.
  Então ele saiu.

Alvo não faria nada?
O grupo de elite do inimigo vai se reunir e ele vai ignorar?
Precisamos de uma ofensiva,um ataque para desabilitar o Lorde das Trevas.

- Preciso que abra aquele armário. - ordenei.
- O que?!
-  Você vai abrir o armário e vou entrar.
- Com todo o respeito, professora, você está doente!
- Por isso que tenho que fazer isso, talvez não esteja aqui amanhã.
   Peguei meu caderno e abri ele escrevi algumas coisas, fechei e coloquei no lugar de volta.
- Só isso que lhe peço,Draco.
- Deveríamos falar com alguém... ver com Dumbledore... chamar alguém para te acompanhar.
- Não, só eu vou. No horário que os Comensais tiverem esperando por você,ok?
   Ele concordou.

  A noite,me levantei da maca e abri meu caderno,terminei as anotações e fechei. Andei discretamente até sair da Ala Hospitalar. Estava bem escuro e frio,ou talvez seja a febre.
  Desci até meu quarto,onde peguei uma capa com capuz,simples e preto,um facão e minha varinha. Fraquejei um pouco,mas logo me mantive de pé.
  Voltei aos corredores e subi alguns andares,com certa dificuldade já que o enjôo retornou.
- Também estava indo ver Pietra, Severo - escutei McGonagall falar - Não vi ela nesses últimos 2 dias e estou preocupada.
  Não tenho mais tempo. Cheguei em uma grande porta e abri.

- Professora,tem certeza? - perguntou Draco.
- Tenho. - por um momento hesitei - Vem cá,Draco.
   Ele se aproximou e coloquei minha mão em seu ombro. Então lhe sussurei algumas palavras.
- Professora...
- Se cuida.
  Vesti o capuz e entrei pelo armário.

- Eu escutei algo - um dos Comensais afirmou - deve ser o garoto.
- Deficere. - murmurei o feitiço,criado por mim, e todos desacordaram.
   Ajoelhei ao lado de um dos encapuzados e puxei a manga esquerda, revelando aquela marca. Peguei o facão e decepei o antebraço esquerdo,guardei o facão e aparatei.

   Nunca imaginei que veria aquele lugar novamente.
Um sentimento de nostalgia expandiu em mim ao analisar a casa destruída e abandonada.
Engoli seco e limpei o suor frio na minha testa.
Pressionei o dedo gentilmente contra o membro recém cortado e depois o joguei para longe. Não demorou muito tempo até escutar alguém aparatar atrás de mim.
- Um filho é algo muito além de um descendente - gritei - Ele tem tanto a chance de ser a imagem espelhada de seu criador quanto de ser o antagônico de seu criador. - me virei e tirei o capuz - Não é verdade,papai?