Início da jornada

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Pietra P.O.V


  Já faz um dia e 7 horas desde que sai de Hogwarts. Estava com um certo medo tenho que admitir.
  Reservei um quarto no cadeirão furado e acordei com Tom batendo na porta.


—Bom dia, senhorita. O café da manhã está pronto.


— Ótimo. Já estarei a caminho.


   Fiz minha higiene e troquei de roupa, descendo para comer. O bar estava vazio, o único som que havia era da conversa entre mim e o dono.


— Engraçado, você me lembra alguém — ele comentou inocentemente.


— Deve ser minha mãe, falam que somos idênticas.


— E quem é sua mãe?


— Diane, Diane Linns.


— Oh, eu me lembro dela! Não tem como não esquecer! Como ela está?


— Em um lugar melhor.


— Meus pêsames. — sua voz soou profunda.


   Após a refeição, eu paguei pela minha hospedagem e sai do Caldeirão Furado, andando pelas ruas do Beco Diagonal. Diante de toda a tristeza que o lugar carregava apenas as Gemialidades Weasley se destacava. Entrei no lugar e observei os produtos com cuidado.


— Admirável. — sussurei segurando um kit mata-aula.


— Só por causa disso pode levar — um garoto ruivo de vestes magenta apareceu ao meu lado.


— Obrigada, mas vocês precisam do dinheiro mais do que eu — abri a carteira e dei 5 galeões  e 10 sicles — vou querer a forca reciclável e as marcas negras comestíveis.


  Depois disso fui até a Madame Malkin.


— Pietra, o que faz por aqui? E sozinha minha nossa, é muito perigoso! — ela exclamou.


— Eu tenho algumas medidas, queria que fizesse uniforme de Hogwarts. — dei um pedaço de papel.


— Para quem?


— Meu filho! Ele vai ser transferido para lá. — estava prestes a sair da loja — Eu busco na segunda!


   Após caminhar um pouco encontrei uma mulher pálida de cabelos loiros e sorri indo em sua direção.


— Narcisa, quanto tempo! — a abracei — você está casada e tem um filho!


— E você é professora! — Narcisa sorriu — E ainda continua com a mesma cara.


— Muito obrigada por me ajudar. E sabe que não é obrigada a ir comigo.


— Eu quero te ajudar, Pietra. Eu te conheço, sei sua história e quando recebi a carta eu soube o que tinha que fazer.


— Então podemos ir?


   Assim aparatamos em uma floresta da Grã Bretanha. As árvores, em geral, são altas e bem próximas uma da outra impedindo entrada de muita luz solar. 


— Aqui é o lugar mais perto onde conseguimos aparatar — disse pegando minha bússola —Vamos para… Oeste.

   Caminhamos por horas até perceber que Narcisa estava quase caindo e decidimos descansar.

   Perto de nós tinha um rio e bom acesso de sol. Peguei um grosso graveto e coloquei no chão, a sombra serviu com um relógio.

— São 16:00. Iremos acampar aqui e amanhã devemos estar lá. 

    O sol estava se pondo quando tudo estava pronto. Enquanto Ciça esquentava a fogueira eu procurei por comida. No final pesquei três carpas e colhi algumas laranjas.



— Vou filtrar a água do rio, para economizarmos a água da garrafa que carrego na mochila.


— Não vai comer? — Neguei — Isso é estranho.


— Estou tensa.

    As chamas dançavam como se hoje fosse o último dia do mundo,o piado das corujas e as cigarras formavam uma grande orquestra,a lua estava escondida nas nuvens deixando o lugar aconchegante.

— Só estou preocupada. — continuei — E se Endrew ficar bravo comigo ou…

— Ou o que?

— Talvez eu tenha errado. Quando Dumbledore me contou que os Comensais estão circulando na régua e deixou eu sair do castelo deveria ter ficado. Podemos estar dando a localização para Vol…

— Não termine! — ela pediu e fiquei quieta —Pare de ter esses pensamentos, que tipo de mãe você vai ser para Endrew?

   Que tipo de mãe….
Não sei como ser uma boa mãe. Eu nem sou uma boa madrinha, nem uma boa professora, nem uma boa namorada…
   Eu só queria que eu conseguisse fazer algo que presta. Ao invés disso eu deixo uma vaga no cargo dos sonhos, deixo as pessoas que amo preocupadas e eu coloco a vida de meu filho em risco.

— Pietra.

— Que?

— Eu faria o mesmo. 

— Como?

— Se eu soubesse que meu filho estava em perigo,largaria tudo.

    Suspirei, um pouco mais calma. Eu não sou uma pessoa de certezas, mas sei que posso confiar em mim mesma agora.





✨Curiosidade:✨


∆ A família Linns é bem conhecida por vender matéria prima para criação de produtos no mundo bruxo. Em geral, madeira para fazer vassouras e varinhas e papel para livros e cartas.









Amor Venenoso- Severus Snape Onde histórias criam vida. Descubra agora