Capítulo 1

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Seu corpo implorava para que parasse de praticar, mas Jimin insistia em repassar os passos de sua nova coreografia. Ser famoso não era nada fácil, ainda mais quando se era conhecido mundialmente.

Não podia decepcionar seus milhões de fãs.

Mas Park Jimin, enfim, cedeu ao cansaço e resolveu ir para casa após um longo dia de treino.

Sentou em sua BMW vermelha, desejando um banho bem quente e um bom Cheeseburger.
Se surpreendeu ao tentar virar a chave e o carro não ligar.

ㅡ Como assim? Vamos Penélope, funcione. - ele passa a mão no painel do carro.
Ele tenta ligar Penélope mais algumas vezes, mas a BMW não conseguiria andar sem combustível.

ㅡ Ai, Kim Taehyung! Aquele imprestável! Não acredito que ele esqueceu de abastecer o carro! - ele bate a cabeça de leve contra o volante.

Ele então, desesperado, pensa no que fazer, afinal, seu dinheiro e celular haviam ficado em casa.

ㅡ Ferrou, como vou chegar em casa?

Ele passa a mão pelo bolso e acha 2000 wons.

ㅡ Ótimo, isso mal dá para pagar uma passagem de metrô.

Ele revira os olhos e respira fundo. Pega o sobretudo preto no porta mala no carro, junto a sua máscara, também preta e seu boné.

ㅡ Vai ter que servir.

Lembrou da última vez que foi reconhecido em público e soltou um suspiro. Não sabia o que havia na mente das pessoas que o viam e já se jogavam em cima dele, isso quando não pediam seu número ou milhares de autógrafos e fotos com ele.

Se escondeu o máximo possível com o boné e a máscara e caminhou até o metrô de cabeça baixa.

Quantos anos havia que não pegava o metrô? 6,7? Ainda estava em seus tempos de trainee.
Ele deixou seus pés o guiarem até o metrô que costumava pegar sem nem prestar atenção. Estava tão distraído, só pensando no melhor jeito de fazer seu mordomo/primo/faz-tudo pagar por não ter abastecido seu carro.

O caminho não durou mais que dez minutos e só se deu conta de onde estava de frente para sua antiga casa.

ㅡ Merda, o que eu estou fazendo aqui? - voltou para estação e olhou para seu bolso vazio. ㅡ Como vou voltar pra casa agora?

O único jeito de voltar para casa agora era andando, por sorte não era mais que 3 quilômetros até sua casa. Seria uma longa caminhada, mas chegaria.

Jimin suspirou pelo que parecia a décima vez aquele dia e se pôs a andar. Depois de andar por quase meia hora já estava morto. Como se já não bastasse passar o dia ensaiando ainda tinha que caminhar até em casa?

Tudo culpa de Kim Taehyung.

Ainda coloco aquele abusado na rua um dia. Pensou com raiva.

Sentou-se em um banquinho da praça pouco movimentada. O que chamou a atenção dele foi que estavam cantando sua música. Não tão bem quanto ele mesmo, mas até que o garoto não ficava tão para trás. Sua voz era bonita, assim como sua aparência, contudo lhe faltava técnica.

Ele apreciou enquanto o garoto cantava e até arriscava umas notas altas.

Jimin, que era o único ali, aproximou-se, de cabeça abaixada, e fez seu comentário construtivo, tentando ao máximo disfarçar sua voz para uma mais grossa.

ㅡVocê desafinaria menos se soubesse como controlar sua respiração.

ㅡ Como é que é? - ele pergunta ofendido.

Como assim desafinado?

Todos sempre lhe haviam elogiado e comentado que ele cantava como um anjo. O que esse idiota queria dizer com isso?

Jungkook, que era um pouco mais alto que o garoto rude, tentou se aproximar e ver seu rosto, porém com o boné e a máscara, nenhuma parte de seu rosto era visível.

ㅡ Olha, só estou tentando ajudá-lo. Quando você respira errado e tenta fazer a nota, seu fôlego não é suficiente e a nota sai levemente desafinada. Mas não se preocupe, um leigo não perceberia.

ㅡ Ah, por que você é profissional? - ele pergunta desconfiado.

ㅡ Bom, mais ou menos...

ㅡ Então me deixa te pegar um café, enquanto você me explica como respirar certo então.

ㅡ É que..eu.. preciso ir. Não tenho muito tempo. - ele aponta para o relógio e Jungkook vê um pouco de seus pequenos olhos, que não lhe eram estranhos.

ㅡ Ah, por que não? Só 10 minutinhos, eu prometo.

Jungkook estava animado, tinha certeza que aquele garoto era na verdade um produtor, ou melhor ainda, um empresário. Tinha que convencê-lo de que era bom. Não, bom não, ótimo.

Foram até a cafeteria da esquina e Jungkook começou a mostrar seus sinais de nervosismo, pois quando estava nervoso não calava a boca.

ㅡ Bom, aquela respiração que você falou é do diafragma? Porque eu juro que já tentei, mas não consigo, é como se meus pulmões falassem: "Querido, não, esse trabalho é com a gente, pare de tentar nos substituir". Uma vez meu professor tentou me ensinar e... - Jungkook disse sem pausas.

ㅡ E você não deixou, por que não parava de falar? - Jimin completa, rindo.

Produtor ou empresário, Jungkook não sabia mas certamente, o cara era grosso. Se sentia um pouco ofendido novamente, ou talvez só fosse sensível a críticas.

Ele respirou fundo e tentou novamente.

ㅡ Eu não posso te ensinar técnicas aqui e agora. Elas demandam tempo e prática. Tenta entrar em uma aula de canto ou algo assim. - Jimin sugere, bebericando o café que há pouco lhe foi entregue.

ㅡ Bem que eu queria, mas eu não tenho dinheiro. Inclusive, eu trabalho aqui, por isso disse que pagaria.

O garoto mais novo lembrava Jimin de si mesmo antes da fama. Cantando nas ruas, sem dinheiro para aulas, trabalhando meio período. Jimin não sabia o que fazer para ajudá-lo. Achou melhor ir embora.

ㅡ Desculpe, mas eu não posso te ajudar. - ele levanta rapidamente e segue até a porta.

ㅡ Espere!

Entretanto, não esperava que o garoto o parasse e tirasse seu boné.

Jungkook arregala os olhos e começa a gaguejar:

ㅡ Pa...Pa...Park...

Jimin tapa sua boca, põe seu boné novamente e o leva para fora do local.

ㅡ Merda. - ele exclama.

ㅡ Jimin, eu sou seu fã, eu amo sua música, eu amo suas danças. Meu Deus, como eu te amo. Eu me inspiro muito em você e...- Jungkook diz desesperado, tentando chamar a atenção de seu ídolo.

E Jimin só queria entender como tinha se metido naquela cilada e em como sairia dela.

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Oie, espero que tenham gostado da nova fic. Por favor, se puderem deixem um votinho e o seu comentário. Um beijo e até semana que vem.

Como conquistar seu ídolo Onde histórias criam vida. Descubra agora