Como conquistar seu ídolo

Capítulo 18

Hoseok deve ter levado várias multas no caminho até a casa de Jimmy. O tom frágil de Jimmy ainda estava gravado no cérebro de Hoseok. Todas as possibilidades estavam passando pela sua cabeça e todas eram negativas. Ele sentia que algo estava muito errado.

Ele estacionou o carro todo torto na frente da casa e saiu correndo até o andar de cima.

Seu coração estremeceu ao ver Jimmy.
Ele estava de olhos fechados, completamente suado e vermelho.

Ai meu Deus, o que está acontecendo aqui?

Pegou na testa de Jimmy e logo percebeu que ele estava com febre. Ele estava queimando.

Jesus Cristo, o que eu faço? Eu não sou médico, porra.

Calma, Hoseok, pensa. O que você fazia quando o Jungkook ficava doente?

Toalhas. Toalhas frias e ventilador sempre ajudavam.

Então ele buscou toalhas frias, pôs em cima de sua cabeça e de seu peito. Ligou o ventilador que tinha no quarto e sentou.

Esperou alguns minutos, mas Jimmy parecia estar tão quente quanto antes. Já havia ligado para John diversas vezes, porém nenhuma vez ele atendeu.

O que eu faço?

E como um flash se lembrou da pasta que recebera de John no primeiro dia, lá havia várias indicações sobre esse tipo de situação.

Foi até a cozinha pegar a pasta e a folheou.

Lá estava o contato do médico deles: Dr. Kim Jongin. Se apressou em ligar para ele, que chegou poucos minutos depois.

Um médico bem bonito, por sinal. Pensou Hoseok.

Ele entrou no quarto e ficou alguns minutos lá dentro, enquanto Hoseok esperava ansioso do lado de fora.
Quando ele finalmente saiu, Hoseok quase pulou em cima dele.

ㅡE aí? Como ele está?

ㅡ Fique tranquilo, ele está bem. Eu lhe dei alguns remédios e em dois ou três dias ele deve estar melhor.

ㅡ Mas o que ele tem?

ㅡ Ah, é só uma virose, como ele não deve estar se alimentando bem, o sistema imunológico deve estar muito fraco, para ele conseguir pegar uma virose sem sair de casa. Tome cuidado, talvez você tenha passado para ele e nem saiba. - ele diz erguendo as sobrancelhas.

ㅡ Pode deixar, doutor, vou tomar mais cuidado e vou fazer ele comer melhor.

ㅡ Ótimo, vou ficar aqui no canto até a febre dele diminuir um pouco. Se incomoda? - diz sorrindo galante.

ㅡ Não, claro que não. - ele voltou à sua cadeira ao lado da cama e quase morreu de felicidade quando duas horas depois, ele finalmente abriu os olhos.

》》》

Eu odiava ir dormir chorando. Meus olhos ardiam, meu nariz ficava super entupido e minha cabeça ficava encostada em uma poça de lágrimas no travesseiro.

Dizem que dá para se acostumar a tudo nessa vida, à felicidade, à tristeza, à dor. Mas pelas minhas experiências de vida, eu achava que não.

Já chorei tantas vezes sobre aquele travesseiro velho, sentindo o cheiro de meia suja que tinha aquele sótão, que a essa altura já deveria ter me acostumado.

Mas ali estava eu, mais uma vez, implorando para que alguém me tirasse dali. Qualquer pessoa. Me levasse pra qualquer lugar. Eu só queria poder abrir aquela porta maldita e correr para o mais longe possível.