Bônus Jikook Parte II

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Há um mês, Jimin tinha recebido uma ligação de Namjoon, que não tinha lhe agradado muito.

— É aí, Nam? Qual a boa?

— Oi, Jimin. Bem... tem um cara pedindo o seu número...

— Que? Namjoon você enlouqueceu? Você sabe muito bem que eu sou casado.

— Não é isso, ele está falando que é seu pai.
Jimin que estava se arrumando na frente do espelho, parou e se encarou no espelho perplexo.

— Jimin? - Namjoon perguntou estranhando o silêncio.

— Manda ele ir a merda. Não dê meu número a ele.

Namjoon respeitou sua decisão e desligou seu telefone. Com tudo, Jimin não conseguiu esquecer mais disso, o que ele queria depois de todos esses anos?

Depois de um certo tempo, Jimin pediu o número do homem e ligou para ele.

— Oi, filho.

— Não ouse me chamar assim, eu nem te conheço.

— Me desculpe, Jimin, eu não..

— O que você quer comigo? - disse com ódio escorrendo na voz.

— Eu estou morrendo, tenho só mais alguns dias. Eu só... não sei... queria ver você antes de partir.

Jimin ficou sem palavras, seu coração doeu com aquilo, mas por que? Ele sequer conhecia o homem.

— Ah, agora você que me ver? Onde você estava quando eu precisei de você? Onde você estava quando minha mãe morreu?

— Eu sinto...

Jimin desligou a ligação. Era tarde demais para isso, ele não precisava mais de um pai, não agora. No mesmo dia, mais tarde um pouco teve uma discussão com Jungkook e foi horrível. Jimin não queria se afastar de Jungkook, mas também não queria falar sobre seu pai, então começou o evitá-lo.

Mais alguns dias se passaram e Jimin ainda se sentia péssimo, viu o seu pai ligar para ele, mas o ignorava geralmente. Um dia quando estava meio bêbado num bar tarde da noite, resolveu atender.

— Alô? - disse uma voz meiga do outro lado.

— Alô? Quem é? Jimin perguntou estranho a voz de uma garotinha.

— Eu me chamo Jasmin, é você, maninho?

— Como?

— O papai sempre fala de você, ele diz que queria que você estivesse aqui com a gente.

Seu pai tinha tido mais filhos? Aquela garota não parecia ter mais de 10 anos. Ele havia mesmo formado outra família depois de simplesmente ter abandonado eu e minha mãe?

— Cadê ele? - Jimin tentou parecer calmo, apesar da raiva.

— Ele está numa cirurgia, não voltou ainda...

— Jasmin, me dá esse telefone, foi só tirar o olho de você um minuto... pra quem você está ligando? - a voz de uma garota mais velha soou do outro lado da linha. — Você ligou para aquele idiota? Ele está muito ocupado em sua pilha de dinheiro para nos ajudar...

— Eu, eu não...

— Desculpe o incômodo, já pode voltar a fingir que a gente não existe, okay? - ela disse e desligou a chamada.

Jimin olhou confuso para o telefone e passou a noite andando pela cidade pensando. Sua cabeça estava uma mistura louca de sentimentos. Mas depois de muito pensar, na manhã seguinte, esperou Jungkook sair para o trabalho e fez suas malas para ir para a Coreia, tinha que tirar essa história a limpo.

Quando chegou lá, ligou para as meninas de novo e por sorte a mais nova atendeu e lhe deu o nome do hospital e o quarto. Quando entrou, viu que não veria mais seu pai, o médico conversava com as garotas e ambas choravam desesperadas, o pai deles estava morto.

Ele as abraçou, dizendo que tudo ficaria bem. A mais velha Su Yeong lhe entregou uma carta de seu pai.

" Oi, filho. Eu sei que você não queria que eu te chamasse assim e eu não tiro sua razão, afinal, eu nunca fui um pai pra você. Bom, eu queria que você soubesse que eu abandonei sim você e sua mãe, não há desculpas para isso, mas eu tive sim meus motivos. Eu não me orgulhoso disso, mas na época eu estava envolvido com drogas. Eu usava todo o dinheiro que eu tinha nelas, drogas que me faziam perder completamente a noção e a consciência, eu ainda misturava com álcool então toda noite eu acabava por aí, jogado em alguma rua, completamente chapado.
Eu comecei com as drogas depois que um amigo meu as apresentou para mim, você tinha só 2 anos, era tão pequeno, tão quietinho, essas são as últimas memórias que eu tenho de você. Você pequeninho sorrindo para mim com aqueles olhinhos brilhantes. Depois que eu comecei a recair nas drogas, eu raramente voltava para casa e quando voltava, pegava o dinheiro de sua mãe e gastava tudo nisso. Depois de um ano, ela pediu que eu fosse embora e eu fui.
Eu gastei anos na minha vida nisso, passei a morar num trailer e trabalhar numa lanchonete e ficava nesse ciclo eterno. Até que conheci a Lee Hi, ela trabalhava comigo e ela me ajudou a ficar sóbrio. Ela era o amor da minha vida.
Alguns anos depois, nos casamos e tivemos Su Yeong, mas a segunda gravidez dela, já foi mais complicada, a gravidez era de risco e no parto de Jasmin, Lee Hi não resistiu. Uma parte de mim morreu aquele dia, mas mesmo assim, eu tentei ao máximo criar minhas duas belas filhas o melhor que pude.
Contudo alguns meses atrás, descobri que estava com câncer no fígado e no rim, provavelmente decorrido de todas as merdas que pus no meu corpo tantos anos atrás.
Sei que eu não tenho o menor direito de te pedir isso, mas eu te imploro, se você estiver lendo isso, e eu estiver morto, por favor cuide delas. Elas não tem mais ninguém. Eu sinto muito por não ter sido um pai adequado para você, eu me arrependo profundamente disso, mas não deixe com que elas paguem pelos meus erros. Cuide bem delas. Eu sempre me orgulhoso muito de você, Jimin, você se tornou uma pessoa inacreditável, eu te amo e sempre amarei mesmo que eu não esteja mais aqui, ou que você me odeie, eu ainda continuarei te amando, meu filho."

Jimin desabou a chorar, sempre havia condenado tanto seu pai, mas até que ele não era tão ruim assim, e agora nunca teria chance de falar com ele, de abraçá-lo, pois ele já havia partido. Agora era tarde demais.

Nunca achou que fosse ficar tão mal por causa de um homem que mal conhecia, mas aquela carta havia acabado com ele.

🎀🎀🎀

Muito bom dia, galera!! Hehehe, vi algumas pessoas acertando que elas eram irmãs do Jimin, vocês estavam certos kkkk. Mesmo pra quem não acertou, amei as teorias de vocês. Bom, espero que tenham gostado do capítulo e vou voltar com a terceira e última parte desse bônus na sexta-feira, okay? Um beijo no queixo e até sexta?
Obs: não esqueçam de comentar e deixar seu votinho!

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