• 27 •

34.3K 2.2K 473
                                    

Aranha

Olhei pro lado e a Maira estava de papo com um vapor, eu não iria falar nem porra, vou deixar ela se quebrar sozinha.

Eu curto pra caralho essa bandida, mas ela já é marcada demais por ser a única família do Barão.

Minha cabeça é procurada e desejava por muitos, iria fuder tudo se os inimigos soubessem que eu tenho alguma família.

Prefiro levar essa vida sem ninguém e pegando todas, melhor vigiar ela viva do que velar o corpo da pretinha no caixão.

MT: Coé mané, vai ficar secando a mina até quando? - sentou do meu lado e eu olhei pra ele.

Aranha: Até perder o interesse. - dei de ombros e ele riu.

Tava na cara que o interesse não iria acabar nunca, mas o baile que segue firme.

MT: Já avisando que vamos embora, o morro não pode ficar sem comando por muitas horas. - falou e eu balancei a cabeça.

Aranha: Tá beleza, quando a Jade sair daquele quarto e eu aviso pra ela. - fiz o toque e ele saiu fora.

Ascendi o verdinho e fiquei só olhando o povo curtindo a festa. Nunca fui muito de me jogar nessas, pessoas demais me incomodam.

Tabatá: Vem dançar comigo, Aranha. - brotou na minha frente.

A Tabatá é moradora daqui e até onde eu sei, a mina é colega de festa da Jade. A Maira já me falou que não gosta dela.

Mas levo pelo fato da Tabatá ser atirada demais e isso é o que a Maira não curte muito.

Aranha: Tô sem cabeça pra isso, mina. - falei e senti a mão dela na minha perna.

Tabatá: Então vamos sair daqui, que tal continuar o nosso lance? - perguntou com um sorrisinho malicioso.

Eu até quis rir, já tinha dado uns pega nela em um beco em noite de baile, mas não tinha passado disso.

Iria até responder a mina, mas a Maira apareceu na nossa frente e me deu uma olhada safada e eu não tem como eu olhar pra outra com ela na minha frente.

Maira: Dança comigo? - pediu toda manhosa e eu já sabia o que ela queria.

Mulher é um bicho complicado demais e puta que pariu, não nego fogo pra Maira não, sou bandido, mas quem disse que bandido não ama?

Levantei da cadeira e ela deu um sorrisinho.

Tabatá: E eu aqui? - perguntou e a Maira riu.

Maira: Você pode ficar me admirando. - falou debochada e eu fiquei na minha.

A Maira me puxou, parou no meio da pista e me olhou seria.

Aranha: Qual foi, maluca? - perguntei segurando na cintura dela. - Nem fiz nada.

Joguei logo a verdade, não estava nem doida pra aguentar a Maira de fogo no cu pro meu lado, mina doida demais.

Maira: Nada. - fez biquinho e eu dei um tapa na bunda dela. - Se eu bater com força nesse teu pau, não reclama.

Aranha: Pode até chupar se quiser. - ela me beliscou e virou de costas.

Começou a tocar um funk do Kevin o Cris e a diaba já rebolou em mim, passando no meu pau.

Essa porra é foda, o pior é que eu gosto.

▪ ▪ ▪
+100

Crime Perfeito Onde histórias criam vida. Descubra agora