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Barão

Passei pela outra entrada do morro, e estava foda demais, a invasão ainda era na entrada do morro e subindo mais um pouco.

Faltando pouco pra chegar na casa da Suelen, eu não estava me importando com ela, o meu papo é só o Thiago.

Dei a volta pela casa e tive que mais uns três que apareceram. Eu sou dono desses morros da Maré, sei bem quem é cada soldado.

Não era Bope, já tava na cara que era invasão do PK. Esse cara tá procurando bala pra testa desse filho da puta.

Barão: Abre aqui Suelen, sou eu. - bati no quarto blindado.

Eu mesmo tinha dado a casa pra ela, tanto que o quarto blindado foi feito na casa mesmo, passando pela parede falsa do quarto do Thiago.

Suelen: Graças a Deus, você chegou. - se jogou em cima de mim.

Barão: Cadê o meu filho? - sai de perto dela.

Dei uma olhada pelo quarto e o Thiago estava no fundo, abraçado com o ursinho dele de porquinho que eu dei pra ele.

Ele levantou as pressas assim que me viu. Peguei ele no colo e dei um beijo na bochecha dele.

Thiago: Papai. - abraçou o meu pescoço e segurou o ursinho junto.

Barão: Papai chegou, garotão. - falei e ele balançou a cabeça. - O Lobo sumiu onde?

A Suelen ficou com cara de choro e eu balancei a cabeça. Até não gostava dela, mas bateu uma pena da mina.

Suelen: Nós estávamos na pracinha quando a invasão começou, o Lobo estava lá pra barreira. Só ligou mandando eu ir pra casa e ficar aqui com o Thiago, mas depois que liguei e ele não atendia, liguei pro Barbosa e ele disse que o Lobo havia sumido logo após enfrentar o PK.

Balancei a cabeça e respirei fundo, sabia que o PK queria mandar aviso e eu já estava ligado no que ele queria.

Barão: Fica aqui com o Thiago e não abre essa porta pra ninguém, entendeu? - ela só balançou a cabeça.

Suelen: Pra onde tu vai? - perguntou pegando no meu ombro.

Barão: Faz tua parte e eu faço a minha. - deixei o Thiago no colo dela. - Não sai daqui, tô falando sério.

Ela só balancei a cabeça e o Thiago já fez carinha de choro pro meu lado. Sai da casa e ajeitei a arma na mão.

Fui descendo a rua até ver o Barbosa subindo em uma laje.

Barão: Coé caralho, desce daí. - ele me encarou na hora e desceu.

Barbosa: Tá aqui mané, tem peito de colete não. - bateu no meu ombro.

Barão: Cadê o Lobo? - perguntei e ele atirou em um cara atrás de mim.

Barbosa: Ele tava na barreira, o cachorrão viu ele e depois sumiu também. - saímos correndo de lá.

Os tiros estavam começando a ficar mais perto e isso não iria acabar bem, pra ninguém.

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