Dedicado a Paty Maionese pelo o seu aniversário mês passado. Sabe que eu te amo muito sua linda e te desejo tudo de bom sempre.
Por Owen;
— Não posso fazer nada Owen. — Nicole me responde e ela não está animada. É raro vê-la entusiasmada com algo. Noto um tom de raiva em sua voz. — Ela está no hospital, a médica disse que é grave.
—A Anna sabe?
— Só que a vó está no hospital.
— Entendo. É um pouco complicado. — respondo.
— Soube que você se casou. Por essa eu não esperava. — bem sutil a forma que ela muda de assunto.
— Hm.
— Para quem não estava interessado em ninguém, parece que você estava mentindo. Casamento?Quem diria.
— Nicole não vamos começar com isso.
— Estou desapontada com você. Você sabe o quanto eu sofri por você, foi difícil ter que enterrar meus sentimentos enquanto você apenas me ignorava e dizia que não amaria ninguém novamente.
Passo a mão no meu cenho e agora sou eu que tento ignorar tudo.
— Homens.
— Nicole, eu não menti.
— Te odeio Owen.
— Te peço apenas que cuide da Anna.
— Estou fazendo isso, porém mantenha o Salomão longe disso. Não estou com paciência para ele, aliás, para vocês dois.
Ela desliga o telefone. Minha cabeça ferve ao pensar sobre a última fala dela. Salomão era a minha carta coringa para intervir no caso da Anna.
Péssima hora para Nicole jogar sobre mim o seu ódio. Largo o telefone e abro o notebook, preciso me distrair com alguma coisa. Não tem nenhuma ligação na casa dos Monteiros. Ontem a Soraya passou um bom tempo no telefone falando com as amigas, um tormento para se ouvir.
Minhas ações ainda são pequenas para conseguir algo deles, contudo não tenho ideia do que fazer para uma aproximação. Maddah tem as rédeas do plano, nesse caso eu sou apenas um coadjuvante.
É melhor eu relaxar um pouco.Entro no banheiro, fiz alguns exercícios e suei bastante e por fim, acabei esquecendo de tomar banho. Fazer exercícios é um ótimo meio de descarregar a tensão e o tesão causado por Madlyn. Eu sabia que não iria ser fácil, contudo não imaginei que Madlyn fosse tão persuasiva.
Apenas me surpreendi comigo mesmo, não sabia que eu poderia resistir tanto.
Olho no espelho e vejo um pequeno sticker rosa colado." Bem que eu poderia ser o seu sabonete."
Meu riso escapa é involuntário.
Madlyn é um furacão devastador classe 5. Um irresistível furacão.
Nas últimas horas andei me Indagando se foi certo certo ceder aos seus desejos. Moramos juntos, temos essa convivência, não é apenas sexo ocasional. Tenho a convicção de quando isso acontecer, não vai dar certo, mas, não nasci com a vocação para ser padre e estou pior que um lobo faminto, prestes a atacar a presa.
Melhor ir ao banho.∆
— São duas da tarde. — escuto a voz de Carmen. — Não lembrava que você era tão ocioso. Salomão é preguiçoso por vida, não recordava de você.
— Independente do transcorrer dos anos, o seu sarcasmo continua presente.
— Não chame sinceridade de sarcasmo.
— Ok. — bocejo um pouco.
— Cadê a Madlyn?Ela está fora o dia inteiro. — ela traz o aspirador de pó ao quarto e liga sem dó.
— A aula de direção é o dia todo hoje. Ela está empenhada nisso. Espero que seja boa motorista.
— Ah. Não recordava. — coloco a mão na boca escondendo o bocejo.
— Está sentindo falta da esposa?
— Não sei se devo responder.
— Por mim, você se ajeitava com a Madlyn, ela é uma pessoa boa. Daí, iam para bem longe daqui, vivia uma vida tranquila em alguma daquelas ilhas no meio do oceano, mas te conhecendo, numa cabana no monte Everest.
— Não é tão fácil. Preciso mostrar que sou inocente. Eu não matei o meu irmão e nem a Stella. Eu preciso comprovar para a justiça. Eu não sou o assassino deles, e é aquele cara ali, é o único responsável. — aponto para janela, Fernando está na varanda.
— O Salomão disse que tinha arquivado o caso. Sei que quando você foi preso, ele moveu o mundo inteiro para te livrar de lá. Eu sabia que você era inocente de o início.
Tenho um profundo carinho pela Carmen, era a melhor amiga da minha mãe e quando ela se foi, Carmen ficou ao meu lado. Ajudou a me colocar nos trilhos.
— Infelizmente com o currículo do meu pai, poucos acreditam. Você e o Salomão foram os únicos.
— A Nicole não acreditou? Não lembro bem o que aquela girafa loira disse. — ela sentou-se do meu lado e desligou o bendito do aspirador. Agradeço mentalmente.
— Por que acha que eu não tenho a guarda da Anna?
— Vaca. Nunca gostei dela. A Madlyn sabe dessas coisas?
Nego com a cabeça.
— Não sei se ela acreditaria em mim. Ela mal me conhece.
— O quanto ela sabe de você?
— Que sou um azarado.
Carmen concorda.
— Que sou do FBI.
Ela sorri.
— Ela é mesmo inocente, um pouco lerda também. Mas de todas as mulheres que você me apresentou, essa até agora não tenho nada contra.
— Isso é um milagre.
— Olha quem detém o sarcasmo.
Ela nunca perguntou sobre o dinheiro?
— Digo que é do Salomão. Uso os cartões dele. Penso que ela não está tão interessada nisso no momento, está deslumbrada com tudo ao seu redor.
— Imagina quando essa garota descobrir que o seu nome está na Forbes no topo dos bilionários.
— Prefiro que ela não saiba. Isso não me importa muito no momento. Não acho que o dinheiro atraía mulheres. Stella não teria me largado.
— Por favor, quando ela soube da verdade da parceria com o Salomão, ela veio correndo atrás de você. — ela fala com o seu tom de maldade.
— Para de tratá-la assim.
— Você sabe que é a verdade. Eu só te quero te ver bem, quero voltar a ver o seu sorriso. O menino brincalhão de sempre e é por isso que penso que essa mulher, bom, a Madlyn pode ser a sua cura. Ela é vívida, divertida, sem noção. Parece alguém perfeita para você.
— Eu só penso em limpar o meu nome. Quero mostrar para todos que sou inocente de verdade e não porque o dinheiro comprou a minha liberdade.
— Isso é tão arriscado. Eu temo por você.
— Vai ficar tudo bem. Vou conseguir provar a minha inocência.
— Ótimo. Agora Levante da cama e faça algo. Preciso limpar isso é você está me atrapalhando.
Sorri involuntariamente, Carmen não muda e isso é o bom dela.
— Vou até a Madlyn.
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Sr & Sra Adams (Concluída)
HumorPara Madlyn Hernadez sair de Santiago Papasquiaro, não foi mera utopia de um sonho americano, mas uma tábua de salvação. Morando em uma cidade pequena localizada no México, onde as expectativas de melhores condições de vida são quase nulas não viu...