Aquela que não sabe de nada

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Owen está falando ao telefone; Eu estou assimilando tudo o que aconteceu comigo nas últimas três horas. Jhonny está morto e a máfia italiana pode estar atrás de mim. Minha mente martela, o que ele foi fazer no bar?Me salvou, não sei o que seria de mim se ele não tivesse aparecido.

Acho que preenchi a minha cota de azar. Nossa senhora dos tacos mexicanos, não pode haver pessoa mais azarada neste planeta.

— Ok. — Owen finalizou a ligação. Presto atenção em cada movimento dele. Ele deixa o celular sobre o móvel da sala e retira o seu casaco de frio. — Quer alguma coisa para comer?

— Eu estou bem. — apenas modo de falar. — Você mora aqui?

— Sim. — ele foi até o móvel bar da sala e abriu uma garrafa de Whisky.

Noto que há fotos espalhadas pela sala, ele sempre acompanhado de alguém, rm algumas até sorridente. Não parece o mesmo homem. O que está na minha frente parece frio.

— E agora, o que vai acontecer comigo? — questiono. Eu estou perdida, não consigo pensar em nada.

— O seu chefe não vai te perturbar mais.

— Jura? — debocho. Passo a mão no rosto um pouco desesperada. — Você também estará ferrado, matou o Jhonny.

— É. — respondeu e bebeu um gole, não parecia preocupado.

— O que foi fazer no clube? — é a pergunta que não sai da minha cabeça.

Ele pausa.

— Queria saber se você sabia alguma coisa que pudesse me ajudar sobre o El Salvador, se a sua amiga falou algo.

— Não sei de Nada.

— Não minta.

— Eu juro, eu não sei. Eu sò era a amiga da Isabelle, nada mais. — falo e me sento no sofá de cor bege. — Você deve saber mais dele do que eu.

Owen deu de ombros. Fito na foto dele com um homem alto, são parecidos. Deve ser irmão.

— Ele vive em Miami.

— Saiu do calor do deserto para o litoral, gente ruim sempre se dá bem. — comento indignada.

— Não se chama mais El Salvador e sim Fernando Monteiro.

Demonstro uma leve surpresa.

— Você parece conhecer a vida dele.

Owen deu um gole na bebida.

— Por que você está atrás dele? além dele ser um traficante. Você é do FBI, pode prende-lo a hora que quiser. — falo. O sofá dele é tão confortável, relaxo completamente.

— Ele agora é um rico empresário e influente na comunidade latina da Flórida. Tem várias redes de farmácias.

— Das drogas ilícitas para as lícitas. Se deu bem.

— Tudo uma farsa. Sua maior renda ainda é o narcotráfico.

— Por que você não o prende?

Ele coçou o cenho.

— Ele apagou de alguma forma os registros. Para a sociedade e o FBI ele é apenas um empresário que gera impostos. A única prova era o pen drive.

— Ouch. Desculpa.

— Tudo bem. Não foi sua culpa por completo.

— È. — fico sem graça. — Se o FBI não tem provas, por que você está atrás dele?

Sr & Sra Adams (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora