Aquela com a despedida.

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Aquela em que a Madlyn chega aos 9.6k ❤️

Um silêncio foi instaurado entre nós dois. Owen está incrédulo e eu atrasada. Por mais que ele diga que não é a minha culpa, sim, é a minha maldita culpa. Como sempre eu tenho que ferrar com tudo.

- Temos que conseguir um plano. Soraya pode ter entregado para o Fernando, aqui não é seguro. - Owen fala nas possibilidades, está preocupado e eu no lugar dele estaria da mesma maneira.

- Eu não sei o que te dizer, me desculpa.

- Não é culpa sua Madlyn. A única coisa que me preocupa é a sua segurança.

- Não me importo, a sua também estaria ameaçada.

- Eu nao sei bem no que pensar no momento. - ele responde, Owen parece visivelmente abalado. - Iremos encontrar algum jeito. Sempre encontramos, não é?

Saímos do quarto; lá fora ainda está chovendo forte , o céu ainda está desabando sobre a nossa cabeça. Atravessamos o corpo do Enrico, é horrível a cena do cadáver já sem sangue. Viro o meu rosto imediatamente, rezo para tentar esquecer aquela imagem e logo na minha mente vem a face da minha irmã. Sò pode ter sido Thalia quem pegou o notebook, porém não faz sentido estar com Soraya, já que ambas se detestam.

- Preciso entrar em contato com o Salomão. - Owen diz.

- O seu celular estava no seu carro, estava destruído. - comento.

- Essa foi minha culpa. Ele caiu no chão e quebrou.

Ele fala e eu caminho à sua frente.

- Eu deixei a BMW ali. - aponto. O vento está forte, meus cabelos voam.

- Não, vamos no meu. Será melhor deixar a BMW aqui, ela foi comprada ilegalmente, talvez quem a achar encontre algo. Eu prometo que te darei um outro.

- Eu não me importo. - falei. - Eu juro que nao me importo com isso. Eu só quero pensar em alguma coisa para nós tirar disso.

- Eu sei. - ele pausa. A chuva nos incomoda um pouco. - Eu estou preocupado com o que pode vir acontecer. Eu não irei me perdoar se o Fernando te machucar.

- Ele não irá. - eu seguro sua mão entre as minhas e falo com uma confiança qual não existe. Owen segura o meu rosto e me beija, eu mal tenho reação diante do seu beijo. Estava completamente desprevenida. Os seus lábios grudaram em meus lábios, eu senti o calor emanando dos seus lábios macios. Ele apena os tocas, nenhum movimento, è apenas o tocar das bocas e isso me arrepia, pois è forte e carrega uma mensagem.

- Temos que ir.

Provavelmente Owen pagará uma gorda multa ou pela lógica, a carteira de habilitação será apreendida. Ele ultrapassou todos os sinais vermelhos e limites de velocidade possíveis. Me sinto como na franquia dos filmes velozes e furiosos, e assim como os protagonistas do filme, estamos ferrados.

Miami está devastada, nem parece aquela bela cidade ensolarada e cheia de vida que conheci dois meses atrás, parece um cenário de filme apocalíptico. Nos aproximamos do nosso bairro, aqui não è diferente dos outros lugares, está alagado, há árvores caídas no chão, a fiação elétrica exposta. A nossa casa tem uma árvore cai bem na entrada. Owen desliga o carro, não tem como passar adiante. Quando menos espero vejo a minha irmã correndo disparada pela propriedade dos Monteiros. Ela sem dúvidas è a última pessoa que quero ver no momento, mas parece que terei que encara-la, ja que ela parou em frente ao carro.

- Eu falarei com ela. - digo a Owen. - Vá resolver as outras coisas, eu cuidarei dela.

- Tem certeza?

Sr & Sra Adams (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora