Judith explica as regras do bendito concurso. Apenas temos que dançar, é a espécie de Bailando com os famosos versão "bailando com os ricos desocupados" cada um dos casais irá dançar um ritmo jà escrito em um papelzinho. Espero do fundo do coração que seja dançar no pole dance. Essa categoria, eu iria arrasar subindo e descendo. Descer no pau eu sou uma expert. Subir também. Owen deveria experimentar essa minha mobilidade, mas não é hora de pensar nisso. O primeiro casal mais do que contentes pegaram o papel e falam o ritmo. Reggaeton.
Bato palmas fingindo que estou empolgada, mas na verdade eu não estou não. Eles vão para o salão e a música inicia, os dois estão desajeitados. Julgando pelo o primeiro casal, essa BMW já é dos Adams.
Meu olhar è direcionado para os jurados, um deles é a Soraya, seu olhar é implacável e ela avalia todos os movimentos. Está se achando a jurada do The Voice. Tadinha.
— Então, quer me contar por quê nos inscreveu? — pergunto ao Owen enquanto os outros estão entretidos.
— Já viu o prêmio?
— Então você quer a BMW?
— Não. O prêmio é a BMW.
Estou confusa, muito confusa. Eu não deveria ter matado as aulas de Filosofia, sò assim eu entenderia o Owen.
— Por favor, pode me explicar, meus dois neurônios funcionantes não estão funcionam no sábado. Dia de descanso.
Ele ri.
— A BMW. Um clube como esse nunca teria condições de dar um prêmio desses. Exceto, se houver algo por trás.
— Um esquema?
— Lavagem de dinheiro. Alguém está lavando dinheiro e oferecendo o carro, é um disfarce.
— Ah. — aos poucos os neurônios vão acordando e fazendo as suas sinapses. — Aquele que não deve ser nomeado está lavando dinheiro no clube. — conclui ao melhor estilo Sherlock Holmes.
— Exatamente. Esse ambiente é um dos pontos de lavagem. O Fernando usa esse lugar para iss.
— E por que você quer o carro?Tipo, vai conseguir descobrir algo por ele e tal?
— Vai ser um caminho. Posso rastrear a compra.
— Bom meu querido, você terá que rebolar para isso.
Respondo sorridente.
— Não será problema. — ele deu de ombros, està claramente concentrado.
— Quem muito fala, pouco cumpri, Owen.
O primeiro casal termina e são aplaudidos. Olho indiferente, nem acertaram os passos. Se fosse no meu bairro em Papasquiaro, eles seriam vaiados, mas rico aplaude. Infâmia. O segundo casal entra no ritmo do rock roll dos anos cinquenta. Bem estilo Elvis Presley. Ok.
— Já dançou alguma vez na vida Owen? Vamos passar mais vergonha que esse Casal? — eles parecem estar tendo algum tipo de convulsão. — Qual é aquela doença que o povo fica tremendo?
— Parkinson?
— Eu não sei, se eu soubesse não te perguntaria.
Owen imita um relincho de cavalo e sorri em seguida.
— Eu não quis parecer uma cavala. — tento me explicar. — Eu só queria saber, pois eles parecem estar com essa doença.
— Você é maldosa.
— Você que me chamou de cavala.
O casal terminou a apresentação e parece que não empolgou muito os presentes. Senão, as senhoras de noventa com parkinson do outro lado.
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Sr & Sra Adams (Concluída)
HumorPara Madlyn Hernadez sair de Santiago Papasquiaro, não foi mera utopia de um sonho americano, mas uma tábua de salvação. Morando em uma cidade pequena localizada no México, onde as expectativas de melhores condições de vida são quase nulas não viu...