• capítulo vinte e sete •

3.6K 411 57
                                    

O dia estava ensolarado e radiante. Aves cantarolavam nas copas das árvores e os cães brincavam correndo pelo gramado.

Enquanto colocavam as malas nos carros, Arthur, Guilherme e José repassavam os cuidados de Bob, o bezerro.

- Não se preocupe, Arthur. Seu José tem a experiência de um veterinário formado. - Seu Salomão disse, dando dois tapinhas leves nas costas do homem.

- Aprendi com o melhor. - o peão respondeu, arrancando risos do patrão.

Arthur sorriu, vendo a amizade entre seu pai e seu melhor funcionário.

- Caso aconteça alguma coisa, por favor me ligue. - Arthur disse, e Seu José assentiu.

Enquanto todos se despediam, Lilian e Denise já estavam no carro.

Após se despedir dos funcionários da propriedade, Maite se aproximou para despedir-se de Salomão.

- Foi um prazer conhecer o senhor e poder trabalhar na sua propriedade, senhor Weiller. - ela disse, lhe dando um formal aperto de mão.

- Pode me chamar de Salomão, menina. - o senhor disse, com um sorriso gentil. - Eu sei que em breve nos veremos novamente, e você será muito bem vinda... Na fazenda e na família. - o homem deu uma piscadela, olhando para Arthur, logo atrás de Maite.

- Pai. - Arthur disse, com os olhos arregalados. - O senhor não toma jeito mesmo, não é?

Enquanto Maite discretamente afastou-se, ela viu Arthur dar um abraço apertado em seu pai.

Mas logo ele se aproximou do veículo, pois era hora de partir.

- Vocês vem comigo. - ele sussurrou para Maite e Rodrigo.

No primeiro veículo, Guilherme dirigia, com Denise ao seu lado e Lilian atrás.

No outro veículo, indo logo atrás, Arthur dirigia, com Maite sentada ao seu lado e Rodrigo atrás.

A viagem era longa, e isso daria muitas horas para Arthur e Maite conversarem. Rodrigo, no banco de trás, dormiu logo nos primeiros quarenta minutos na estrada.

Enquanto Maite contava algo sobre algum animal da fazenda, Arthur estava com a mente presa, ainda na noite anterior. Ele ouvia a voz da garota, concentrada falando sobre um animal, mas tudo o que ele podia pensar era em como a noite anterior havia sido especial.

A primeira noite que passou com Maite foi ardente. Foi sexo, cheio de desejo e paixão. Eram dois corpos cheios de desejo, se consumindo, como fogo e gasolina.

Mas a segunda noite foi completamente diferente.

Maite estava fragilizada, magoada, ofendida. Ela precisava se sentir protegida, amparada, segura. Foi amor, cheio de carinho e devoção. Eram duas pessoas quebradas, se dedicando uma à outra, se completando, como peças de um quebra-cabeça.

E Arthur não conseguia parar de pensar em como estava viciado em Maite. Em como tê-la em seus braços lhe fez bem. Em como ele queria protegê-la, dar a ela a melhor versão de si...

Dar a ela amor.

- Arthur? - Maite chamou, quase gritando

- Desculpe. - ele disse, sacudindo a cabeça sem tirar os olhos da estrada. - Estava pensando em nós. - um sorriso brotou em seu rosto

- Nós? - ela perguntou, enfatizando.

O loiro olhou para os bancos de trás pelo retrovisor, se assegurando que Rodrigo estava dormindo.

- Eu não vejo porquê não podemos assumir que estamos juntos. - ele disse, olhando novamente para a estrada.

- Bom, porque eu não quero que surjam comentários sugerindo que eu estou sendo favorecida.

O Lado Bom Do Adeus [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora