Capítulo 27

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Cami POV (dia seguinte)

O meu telemóvel começa a tocar no meu bolso, quebrando o silêncio á minha volta.

“Olá?” Digo baixinho, para não perturbar a paz. Estou no cemitério a visitar o meu pai.

“O Marcel está contigo?” A mãe do Marcel pergunta.

“Não, lamento Anne. Porquê?”

“Ele ainda não veio a casa desde ontem á tarde. São quase 5 horas. Já não o vejo á um tempo.” Ela diz nervosamente.

“Qual foi o último lugar onde ele esteve?”

“No trabalho.”

Ah, pois. Esqueci-me que ele tinha de preparar a loja.

“Ele não atende o telemóvel?” Pergunto.

“Não. Telefonei-lhe cinco vezes e mandei mensagens. Ainda não respondeu a nada.”

Mordo o lábio. “Ele não pode ter ido longe. É o Marcel. Ele não faria nada disto.”

“Sim, eu sei. Mas às vezes preocupo-me com ele, é o meu bebé. E tu sabes como ele sofre de bullying. E ele está a mudar tão depressa… “ A sua voz falha e oiço-a soluçar.

“Tenho a certeza que ele esta bem, Anne. Ele deve estar a chegar a casa. Vou ver á loja. Se calhar ele adormeceu ou assim.”

“Obrigada… Ligo-te se souber de alguma coisa.”

Desligo e olho para a lápide do meu pai.

“Tenho de ir pai. Vou estar de volta em breve, prometo. Amo-te.” Sussurro. Limpo uma lagrima do meu olho.

Começo a conduzir em direção ao campo. É uma longa viagem, o cemitério fica mais perto do lugar onde eu vivia.

Chego quase uma hora depois. Abro a porta da loja lentamente. Todas as luzes estão desligadas e não ouço nada. Ligo as luzes que iluminam a loja lentamente.

Nenhum Marcel.

Nada.

Onde é que ele poderá estar?

Caminho de volta para o carro perguntando-me onde ele possivelmente poderá estar. Porque é que ele não foi a casa? Talvez ele está numa biblioteca ou livraria. Talvez ele perdeu-se num livro e adormeceu. Isso já aconteceu antes, mas não assim tanto tempo.

Verifico a biblioteca.

Nada de Marcel

Marcel (tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora