ATENÇÃO: Próximo capítulo com 20 votos... Então dá uma ajudinha aí ;).
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Saio do quarto e desço as escadas para procurar meu irmão. A casa de Eren não era tão grande, mas também não era tão pequena. Dava para perder uma criança elétrica de três anos no andar de cima.
Depois de uns minutos procurando, finalmente encontro Richard e Eren sentados na mesa da cozinha conversando sobre animais de estimação. Eren não tinha nenhum, mas queria ter uma cobra. Desde criança ele teve esse sonho, não me pergunte o porquê.
-Finalmente achei você.
Falei enquanto me sentava ao lado do policial.
-Oi, mana. Senta aí, a gente está conversando sobre bichinhos.
-Eu sei, ouvi uma parte da conversa.
Me ajeito na cadeira e fico séria.
-Rich, eu vim aqui para falar com você à sós.
Olhei para o Eren depois de falar isso e o moreno entendeu o recado, falando que ia para seu quarto revisar suas matérias que tinha escrito. Logo após que ele saiu, suspirei.
-Algum problema, Leonor?
Fiquei em alerta quando o ouvi me chamar pelo meu nome real. Olhei ao redor para me certificar de que ninguém tinha ouvido.
-Primeiro, não me chame assim. Aqui eu sou Lara Mello.
-Ah, claro. Você mudou seu nome porque odeia o papai.
Ele disse enquanto revirava o olho.
-Mudei, e não vem falar como se você não o odiasse porque eu sei que odeia.
-Eu não o odeio, odeio apenas o que ele decidiu ser. Eu sou tipo Jesus, sabia? Jesus condena o pecado, mas ama o pecador.
-Tá bom! Discutir não é a razão pela qual vim aqui. Eu quero saber o motivo pelo qual você veio, Rich.
Ele desviou seu olhar de mim e olhou para a janela. Poucas nuvens estavam no céu e o Sol ainda não estava em seu pico máximo. Eram nove e meia da manhã ainda. Eu estaria dormindo em minha cama a essa mesma hora semana passada.
-Bom, eu vim por que soube da notícia dos "titãs".
Franzi as sobrancelhas e me afastei um pouco.
-Veio por causa daqueles malucos? Porque esse caso te interessou tanto?
-É que eu fiquei intrigado.
-Por...?
O encorajei a continuar.
-Uns meses atrás tivemos um caso muito parecido lá no Japão. Uma dupla de canibais malucos invadiram um festival e mataram a maioria das pessoas que estavam lá. A polícia abafou o caso dizendo que eram apenas mais alguns daqueles criminosos que não tem rumo e a história acabou por aí. Eu também deixei de lado, mas quando vi o noticiário sobre aquele ataque, percebi as mesmas características.
Cerrei os olhos e o encarei enquanto digeria suas palavras. Em minha cabeça já fiz várias teorias, mas nenhuma era totalmente coerente.
-Então veio para cá pra descobrir mais sobre eles.
-Exatamente. O que vocês sabem sobre o caso, Leo... Lara?
Coloquei a mão no queixo e fitei o chão.
-Hum, eu não sei muito. Hanji que sabe pois ela é quem é a cientista responsável por eles, mas sei que existe um soro que os transformam em monstros.
Quando terminei de falar, vejo uma tenente sorridente e saltitante entrar na cozinha.
-Eu ouvi meu nome?
Quando ela percebe nossas expressões sérias, seu sorriso exagerado desaparece, dando lugar àquela policial perita que se torna quando ela investiga. Hanji até podia ser maluca da cabeça, mas sabia ser uma ótima profissional quando queria. Foi esse profissionalismo que a deu o título de tenente da Tropa de Exploração.
-O que aconteceu?
-Hanji, o que você sabe sobre o soro T845?
Ela arqueia as sobrancelhas e se aproxima de nós, arrumando seus óculos.
-Bom, eu descobri bastante coisa.
Ela se senta na nossa frente.
-Descobri que os principais agentes ativos no soro são pequenos vírus modificados. Eles entram na corrente sanguínea e, como são mais pequenos que o normal, conseguem passar pelos vasos sanguíneos e entrar nos nervos. Com uma análise disso tudo, eu criei uma teoria. Provavelmente esses vírus "viajam" pelos neurônios até chegar à coluna vertebral, onde sobem por ela até chegar no cérebro e procuram pela parte motora dele. Quando encontram o que querem, eles se alojam ali mesmo e liberam uma substância tóxica que os fazem surtar, então a substância liberada pelo vírus o faz pensar que as pessoas são algum tipo de "cura", então daí surge o canibalismo e a força sobrenatural. O motivo pelo qual eles morrem apenas acertando suas nucas ainda não ficou muito claro, mas provavelmente os vírus mexem com a multiplicação das células. Ah, e como é um vírus que viaja muito rápido pela coluna vertebral, não existe uma possibilidade fácil de cura.
Meu irmão parecia boquiaberto com todas essas informações. Hanji tinha dedicado sua própria vida a estes experimentos com o sangue do infectado.
-E se eu estiver correta, ainda há gente sob o efeito desse soro no mundo.
Ela finalizou com um tom de voz preocupado.
-Se realmente tiver, o Japão foi o primeiro país a sofrer com isso. Não é mesmo, Rich?
Olhei para ele.
-Isso mesmo. E tem mais... Se aparecer mais alguém nos próximos dias, quer dizer que o cara que criou esse soro estava no Japão testando sua mais nova criação.
Richard faz um movimento que conheço bem. Ele apoia a cabeça em suas mãos entrelaçadas, isso significa que ele está começando uma linha de raciocínio que ninguém era capaz de acompanhar ao menos quem o conhecia muito bem. Eu poderia muito bem chamá-lo de gênio, prodígio ou seja lá o que for, mas esse cara é muito esperto.
-O que quer dizer?
Hanji arrumou seus óculos e franziu as sobrancelhas. Ela não tinha pegado a linha de raciocínio, mas eu sim.
-Quer dizer que esse soro é, muito provavelmente, criado artificialmente por causa de sua alta complexidade e que o responsável por ele fez o teste de sua criação lá no Japão. Quando ele viu que deu certo ele veio para os EUA e injetou nas três primeiras vítimas que ele encontrou.
Finalizei enquanto o encarava com um sorriso. Meu irmão sabia que estávamos pensando igual e deu aquele seu sorriso com o olhar que fazia qualquer um acreditar nele em qualquer situação. Ele poderia falar que viu o céu mudar de cor que todos acreditariam nele.
-Exatamente. Então vamos saber a localização do responsável por isso quando os infectados aparecerem de novo!
Fizemos um high-five para comemorar nossa linha de raciocínio. Tudo bem que seria um perigo se os "titãs" aparecerem de novo, mas só assim poderemos econtrar o criador do soro.
Hanji nos olhava com espanto como se ainda estivesse processando o que falamos. As deduções do meu irmão são uma coisa que acontece rapidamente, então normalmente as pessoas ficavam assim quando ouviam suas hipóteses.
-Uau... Parece que essa sua inteligência é de família, Larinha.
Sorrio convencida e dei pequenos tapas nas costas de Richard.
-Aprendi com o melhor. Bom, agora que você veio pra cá, Rich... Aonde você vai ficar?
Ao falar isso, ele engoliu em seco e começou a gaguejar. Arqueei uma sobrancelha esperando sua resposta.
-E-Então... Eu n-não vim aqui com um planejamento certo, então eu ia ver com você se eu poderia ficar na sua casa...
O olhei com surpresa. Eu falaria que não tem problema, mas eu estaria mentindo pois tem um pequeno probleminha sim, e todos sabem qual é. Tenho um certo medo de que ele arranje encrenca com meus vizinhos.
-B-Bom, por mim tudo bem. Tenho um quarto extra lá em casa, então você pode ficar.
Falei.
-Ah, obrigado, mana.
Ele se levanta e me abraça como forma de agradecimento. Ele não era tão alto quanto Eren, tinha uns um e sessenta e oito de altura, mas para quem tinha um e cinquenta e cinco já era muito.
Me separo de Richard quando ouço passos entrando na cozinha. Levi entrou acompanhado de Eren, cujo mesmo estava tagarelando para o mais baixo. Eu conheço aquele olhar de Levi. Ele está prestes a dar um soco muito bem dado na cara do Yeager.
Tive vontade de rir da situação, mas eu sabia que seria trágico o estrago que a cara do jornalista teria. Decidi que já era hora de ir.
-Bom, o papo está bom, mas eu quero voltar para a minha casa. Eren, muito obrigada por alojar esse cara por um tempo.
Falei para o moreno de olhos verdes enquanto me referia ao meu irmão. Tenho certeza de que Levi estava muito aliviado agora.
-Oh, mas já vai, toquinho?
-Sim. Richard vai ficar em minha casa durante seu tempo aqui nos EUA.
Dei um abraço nele e me despedi de Hanji. A tenente praticamente me implorou para eu considerar almoçar a lasanha de berinjela que ela fizera, mas eu recusei "gentilmente" à ela. Chamei Levi e ajudei ao meu irmão com suas malas, colocando-as em meu carro e entrando nele.
Richard sentou-se no banco do passageiro e Ackerman foi atrás. Ele mesmo decidiu isso, mas eu não sei o motivo.
-E então, mana, Alguma novidade?
Meu irmão pergunta.
-Nenhuma. Você sabe, pego casos, resolvo casos, arquivo casos...
-Isso é um caso grave, em.
Rich falou e deu risada. Ele tenta ser que nem eu em relação às piadas, mas nunca tem um sucesso muito bom com elas. Dei uma risada pequena por causa de sua cara.
-Ha ha, que legal.
-Eu tentei, oras.
-Exatamente, tentou e fracassou.
Ele me dá um pequeno tapa no braço enquanto me chama de sem graça. O trânsito estava um pouco parado. Isso é surpreendente contando o fato de que é um sábado de manhã.
-Mas, eai... Você já tem um...
O olho com o canto do olho e vejo seu rosto meio sem jeito. Já até sabia o que ele ia falar, mas o deixei continuar.
-Um...?
-Você já arranjou alguém?
Dei um suspiro e, de repente, me peguei olhando Levi pelo espelho do carro. Ele estava olhando para fora com aquela constante cara de sério e enigmático. Aquela expressão me deixava intrigada e, ao mesmo tempo, maravilhada. O sol da manhã batia em seus cabelos pretos e reluzia. Não sei o que ele usa naquele cabelo que o faz ficar tão brilhante e macio, sinceramente.
-Você sabe que não, Rich. Não sei porquê insiste.
-Pô, meu. Mamãe vivia te dizendo para arranjar alguém logo e agora faltam cinco anos pra você chegar aos trinta. Se até lá você continuar nessa de ser "solteirona", você ainda vai se arrepender depois.
Dou um longo suspiro.
-Olha, eu sei cuidar da minha vida, ok? Posso não ter alguém hoje, mas vai que amanhã eu conheço um cara legal? E outra, eu não dependo de homem pra viver.
-Mas você não quer filhos? Ah, eu adoraria ter um sobrinho.
Ele fez uma manha.
-Não me é uma ideia muito atrativa agora. Meu trabalho é arriscado demais, não quero deixar meu pivete órfão.
-Qual é, mana. Toda a mulher nasce com um instinto materno.
Ao ouvir isso, dou uma risada alta que ecoa pelo carro. Levi olhou para mim assustado e eu tive que diminuir a velocidade do carro para não correr riscos de bater.
-Quer dizer que eu também conto!? Richard, eu brincava de LUTA com as minhas bonecas e, depois que eu ganhava, eu torturava as coitadas puxando os cabelos delas.
Disse enquanto ria ainda um pouco.
-Certo, você pode ser um caso à parte...
Balancei a cabeça em negação enquanto virava em uma rua. O apartamento estava perto e eu me sentia feliz por estar chegando em casa. Estava louquinha para deitar em minha cama e dormir.===
oii, o que acharam do capítulo? Vote e comente, isso me motiva muito a continuar ;*Próximo cap com: 20 votos
Vamos ver se a gente consegue lakakakakakka sou má >:3

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Assassino Perigoso
Fanfiction//+16 ~~~~ contém linguagem imprópria\\ A vida no FBI se resume, muitas vezes, em caçar assassinos e investigar assassinatos; e isso não mudou para Leonor, capitã de uma equipe especializada em capturar os piores dos psicopatas de Los Angeles e re...