Assassino Perigoso

30

Acordo com o som totalmente irritante de meu despertador. Me forço a abrir os olhos e a me esticar até conseguir alcançar meu celular que está no criado-mudo logo ao lado da minha cama e desligo o alarme que tocava às 6:00.

Olho para trás e vejo Levi dormindo tranquilamente com um de seus braços em volta da minha cintura. Não queria ter que sair daqui, mas tenho uma causa para ganhar em um tribunal hoje.

Decido não acordar o moreno (aproveito e tiro uma foto dele dormindo também... São casos onde não podemos desperdiçar a chance, não é? Ele dorme de uma maneira tão fofa...) e levanto calmamente da cama para não fazer barulho, vou ao banheiro para fazer minha higiene matinal e depois me dirijo à cozinha para fazer o café.

Não paro de pensar na noite de ontem. Foi muito estranho a maneira de como me senti em relação a Levi, não vou mentir que há um sentimento a mais surgindo aqui, porém estou com medo de que isso se torne algo sério demais. Certo, ele me surpreendeu sendo um fofo comigo de madrugada, já que normalmente o moreno não é assim, mas mesmo assim eu não estou muito afim de correr riscos novamente. Bato em meu rosto levemente para tirar esses pensamentos de minha cabeça logo.
Coloco o café para coar e vou preparar um pão com manteiga para mim. Estou totalmente dolorida, tanto por causa da luta quanto por causa de ontem à noite... Não vou negar que foi mais que perfeito, não é?

Ligo o noticiário depois de pegar meu pão e café e me sento no sofá, ao lado de minha gata para fazer carinho nela. Gatola amava quando eu fazia um cafuné em sua cabeça, principalmente de manhãzinha assim. Pelo menos eu posso me arrumar tranquilamente já que acordo bem cedo.

Estava prestando atenção em uma notícia que falava das enchentes ao redor de Nova York (agradeço por não morar lá) quando Levi aparece na sala usando apenas uma bermuda. Nossa, acho que eu nunca vou me acostumar a vê-lo assim, é quase um sonho... Balanço a cabeça rapidamente para afugentar esses pensamentos. Para de babar, Lara!

-Bom dia.

Eu disse para o moreno que se espreguiçava.

-Bom dia. Por que não me acordou?

-Você estava dormindo tão bem que decidi deixá-lo dormir mais. Ah, e eu fiz o café.

Enquanto Levi andava até a cozinha, ele fala:

-Não tem chá? Não posso tomar café, tenho pressão alta.

-Tem uma caixinha de chá de hortelã no último armário à direita. Se quiser, tem suco de maçã na geladeira também.

Falo sem desviar minha atenção da televisão onde agora mostrava um caso de uns traficantes de drogas que a Polícia Militar prendeu. Quase todo o dia passava notícias desse tipo, e eu me remoía por dentro por saber que Nile liderava quase todas essas investigações. Como pessoa esse cara é um imbecil ao cubo, mas eu tenho que admitir... Ele é um ótimo profissional.

-Não achei.

A voz de Levi soa novamente, só que agora, na cozinha. Reviro os olhos por saber que não vai adiantar eu explicar mais a localização das coisas e resolvo ir pegar eu mesma. Quando chego lá, noto que o moreno estava olhando no armário errado.

-Tsk, claro que você não vai achar, idiota. Você tá olhando no primeiro armário.

Pego a caixinha de chá e praticamente jogo para ele enquanto pegava a xícara.

-Nossa, quanto mau humor... Achei que depois de ontem eu merecia pelo menos um beijo de bom dia.

-Não estou de mau humor, apenas estou um pouco tensa para hoje. Na verdade, você deveria estar tenso.