Saímos do apartamento logo depois de prontos e fomos buscar Isabel e Farlan logo ao lado. Depois, descemos ao estacionamento, entramos no carro e fomos para a delegacia. Mal entrei na porta do lugar que já notei vários olhares sendo direcionados para mim e para Levi, ou seja, a foto que eu havia postado ontem estava se viralizando. Certamente isso vai chegar aos três ramos da polícia, e provavelmente vou ficar conhecida por eles como "a policial que se relacionou com um ladrão". Mas assim... Quem se importa? Eu to feliz, não to? F O D A - S E
-Não ligue, um dia isso acaba.
Sussurrei para o Ackerman. Ele assentiu com a cabeça e falou algo como "eu não ligo" em meu ouvido, o que me fez dar um leve sorriso.
Encaminhei os três para a sala de Erwin para eles poderem receber aqueles rastreadores de tornozelo e seus uniformes, para mais tarde serem apresentados.
Bati na porta três vezes.
-Nome e negócios.
Ouço a voz abafada de Erwin dentro da sala.
-Capitã Mello, vim deixar os três novatos aqui.
Falo friamente e recebo um "entre" logo em seguida. Adentro a sala com a maior cara de indiferença que pude fazer, dando de cara com o loiro e sua namorada maluca, Hanji.
-Bom dia, Lara. Bom dia, trio.
-Bom diaaaaa, meus lindossssss.
É, acho que dá para saber qual dos dois falou o quê. Hanji vem para me dar um abraço e eu me esquivo, dando apenas um tapinha nas costas dela e recebendo um murmúrio de desaprovação.
-Bom dia, comandante. Vim aqui pegar as coisas dos três. Poderia me entregar, por favor? Eu mesma as entrego para eles.
Falo friamente para com o loiro encostado em sua mesa. Ele já entendeu que eu estava puta da vida, e ele sabe que é loucura me desafiar assim pessoalmente, então ele só afirma e vai para um canto da sala buscar as cosias que pedi. Hanji se mantinha imparcial à situação, apenas mexendo em seu celular com uma expressão tranquila e neutra. Ela provavelmente sabe da treta que deu entre eu e Erwin, mas não quer falar nada a respeito... Não por agora, ao menos.
O loiro se aproxima de mim com seis uniformes masculinos e três femininos, acompanhados com três tornozeleiras eletrônicas. Pego os itens da mão dele e agradeço baixinho, chamando Levi e os outros dois para fora da sala dele. Os acompanho até um banco, onde mando os três se sentarem para eu colocar aqueles rastreadores.
-Isso aqui vai ficar em vocês até segunda ordem, não podendo ser retirada para absolutamente nada, e não se preocupem, é à prova d'água.
Terminando de colocar, eu pego os uniformes e dou a eles três para cada um. Logo em seguida, fico parada em frente a eles com os braços cruzados.
-Podem ir para o banheiro colocarem o uniforme de vocês. Daqui pouco mais de meia hora vocês serão apresentados para o resto dos soldados.
Isabel ergue uma mão como se quisesse fazer uma pergunta. Sinto vontade de rir da ingenuidade dela.
-Onde vamos ficar aqui?
Arqueio as sobrancelhas para a pergunta dela. Era uma boa chance para eu explicar isso para eles.
-De início, vocês farão parte do 114º esquadrão de recrutas que chegara aqui recentemente, seguindo os treinos e estando à disposição para qualquer coisa que os demais capitães ou tenentes precisarem; não é por tempo indeterminado. Depois, gostaria que entrassem para o meu esquadrão, o Esquadrão de Forças Especiais, compostos pelos melhores agentes dessa delegacia, todos escolhidos à dedo por mim.
-E no esquadrão dos recrutas, temos um grupo para ficar?
Farlan questiona. Eu assenti com a cabeça.
-Cada esquadrão de recrutas tem seus sub-esquadrões. Provavelmente ficarão no último criado. Isso quem vê é o comandante, e determinado por ele na apresentação. Sem mais perguntas, podem ir se trocar e esperar pelo tenente Zacharias na última porta à esquerda, ou seja, esperar por um cara gigantesco que tem mania de cheirar as pessoas que ele conhece.
Reviro os olhos ao lembrar daquele cachorro. Não chamo-o assim por xingamento, e, sim, por um apelido diferencial. Reconheço-o como o segundo agente mais forte na Exploração, porque além de grandes habilidades físicas, seu faro é extremamente apurado. Ele é um cara legal, quando se conhece.
Bati palmas para mandar os três se levantarem, e assim foi, mas Levi parou em pé enquanto seus amigos iam para os banheiros colocar seus uniformes. Dou um mínimo sorriso e ergo uma das sobrancelhas.
-Não vai se arrumar, Ackerman?
De repente, ele me puxa pela cintura bruscamente, colando meu corpo no do dele e me beijando de uma maneira muito intensa. Uau... Ele não brinca em serviço. Enrosco minhas mãos atrás de sua nuca enquanto sinto sua língua explorar cada canto de minha boca.
Ele termina o beijo com um selinho e mordendo meu lábio inferior, com um leve sorriso.
-Você fica muito sexy quando é autoritária assim. A gente poderia incrementar essa autoritariedade entre quatro paredes, não é, capitã?
Regalo meus olhos levemente enquanto abro a boca num leve sorriso cheio de malícia.
-Seria Levi Ackerman um submisso praticante de BDSM? Quer que eu te chame de Anastásio a partir de agora?
Sinto uma risada nasal vinda do moreno, vendo-o revirar os olhos e dar um sorriso divertido.
-Podemos pensar nisso, mas me considere um "flexível" no quesito de submissão e dominação, Christiana.
Rio de leve e toco a ponta de seu nariz com meu dedo, negando com a cabeça.
-Podemos analisar isso melhor a noite, soldado, agora vá se trocar, temos muito trabalho a fazer.
Dou mais um selinho em Levi antes de sair dos braços dele com maestria e me dirigir para minha sala. Antes de entrar, respiro fundo para a vermelhidão em meu rosto e o calor em meu ventre que se formara a segundos atrás irem embora de uma vez para que eu possa trabalhar em paz, então retiro o sorriso bobo da minha cara e entro na sala do Esquadrão de Forças Especiais, mas a cena que eu me deparo me faz perder toda a esperança que eu tinha do meu grupo novamente.
-ERD, PEGA UMA TOALHA DE ROSTO, UM GUARDANAPO, UM PANO, EU SEI LÁ, MAS O OLUO TA SANGRANDO DE NOVO!
Petra estava tentando ajudar a língua de Oluo a parar de escorrer sangue enquanto Erd e Gunter riam sem parar. Assim que me notam na sala, todos congelam, até mesmo o sangue da língua de Oluo.
-Bom dia.
Digo friamente e passo por eles sem encara-los, indo direto para a minha mesa para analisar uns papéis que deixei para mais tarde. Todos os outros voltaram ao normal e às atividades do dia a dia, fazendo com que essa sala se tornasse pacífica novamente.
Ser policial era um negócio muito chato quando não se está em uma missão... É muita papelada para ler, informações para absorver, fichas criminais a serem organizadas por ordem alfabética... É um sonho, não é?
E assim eu fiquei até a voz do nosso comandante soar nos alto-falantes anunciando a apresentação de três novatos para a Exploração.
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Dá uma estrelinha pra tia aqui, isso ajuda mt na motivação pra continuar :ɔChegueeei

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Assassino Perigoso
Fanfiction//+16 ~~~~ contém linguagem imprópria\\ A vida no FBI se resume, muitas vezes, em caçar assassinos e investigar assassinatos; e isso não mudou para Leonor, capitã de uma equipe especializada em capturar os piores dos psicopatas de Los Angeles e re...