-Comandante, os prisioneiros foram encaminhados para a cela temporária onde estudarão por um tempo para poderem entrar na polícia.
Avisei a Erwin sobre as condições do trio. Já fazem meia-hora que os capturamos então nos dirigimos até o lado de fora do prédio, onde um grupo de repórteres se juntaram para nos fazer algumas perguntas do tipo: "os criminosos serão presos?" ou "o que tem a dizer sobre o caso?"... É uma coisa muito chata ter que responder à isso. Saiki, por outro lado, teve uma redução de uma semana em sua pena por ter nos ajudado muito bem (se bem que uma semana não é nada perto de quatorze anos...).
Depois das perguntas, dirigi-me até meu carro e entrei no mesmo para descansar um pouco e continuar escrevendo. Meu trabalho pode ser prioridade, mas eu sei como é ruim esperar por continuações de seus livros preferidos, então acho que essa é minha motivação para escrever.
Uns cinco minutos depois, ouço alguém bater no vidro do carro e eu levanto o olhar do celular. Era ninguém mais que...
-EREN.
Saio do veículo e dou um abraço nele. O homem era editor do NewYork Times e sempre que acontecia algo de grande rebuliço, ele estava presente... Como agora.
-Parabéns por mais um caso, capitã. Hoje rola aquela festa especial?
O moreno fala com graça.
-Claro que sim, não poderia faltar, hahaha.
-Vai ser onde dessa vez, toquinho?
-Haha, muito engraçado, torre de vigia...
Reviro os olhos.
-Provavelmente vai ser no lugar de sempre. Você sabe, né... O dono de lá vive cedendo seu salão pra gente.
Hanes é o dono do salão de festas em que fazíamos as nossas comemorações. Ele foi um membro da polícia militar um tempo atrás, mas acabou saindo por causa de uma decepção pois não aguentou a culpa. Por causa disso, quando ele soube que eu era uma policial, resolveu deixar o local livre para nós, já que, pelo que eu entendi, ele me conhece desde criança pelos meus pais.
-Estou convidado pra ir?
-Claro, quanto mais gente, melhor. Depois a gente pode tocar um violão, sabe?
Eu e ele tocávamos música juntos desde sempre, era nosso hobbie preferido juntos.
-Perfeito. Então te vejo mais tarde, Lara.
-Digo o mesmo.
Vejo o garoto se afastar de mim e eu balanço a cabeça enquanto rio. Entro no carro novamente e dessa vez dou partida, indo para casa.[...]
Giro a chave e a jogo em cima da mesa quando tranco a porta e me dirijo para a cozinha para beber água. Meu celular toca e eu atendo sem nem mesmo olhar quem é e coloco no viva-voz.
-Alô?
-Lara? Oiiiiiii.
Era Hanji.
-Ah, oi, quatro-olhos. O que foi?
-Te liguei para avisar sobre o julgamento dos três carinhas que capturamos hoje.
-Ah, sim. O que é que tem?
-Então... Decidimos antecipadamente que precisamos colocar os três em uma equipe de investigação.
-Certo, e...?
-Achamos melhor coloca-los no seu esquadrão.
Engasgo com a água que bebia e bato em meu peito para parar de tossir. Quando me recomponho, respondo à tenente.
-Como assim?!
-Acredito que você seja a única capaz de conseguir... "controlá-los" caso algo aconteça.
-E vocês decidiram isso sem mim?
-Bem... Sim. Temos que fazer isso o mais rápido possível, já que os três só terão que estudar algumas coisas importantes da polícia e fazer alguns treinamentos físicos, coisa que eu acho desnecessária para eles, já que são bem aptos.
Respiro fundo e conto até dez para não explodir e gritar no telefone.
-Tsk, tudo bem. Só... Me dê um tempo pra absorver tudo.
-Beleza. Ah, a comemoração vai ser amanhã, ok?
-Certo... Ei, você está bem? Eu vi que você meio que foi... Nocauteada lá.
Começo a rir quando ouço a mulher resmungar do outro lado da linha.
-Estou melhor impossível, ok?
-Ok, ok, hahaha.
De fundo consigo ouvir uma voz bem conhecida falando.
-Ei, Hanji, onde você está?
-N-Na casa de Erwin.
-Em que local, especificamente?
Dou um sorriso malicioso para mim mesma já que a morena não pode me ver.
-Em seu quarto.
-Há, e você me liga NESSA situação?
-Me deixa. Conversamos sobre os três quase agora, tudo bem?
-Aham, sei...
-Se não quer acreditar, não acredite.
-Não, eu acredito. Só estou curiosa para saber se essa conversa foi antes ou depois da "conversa corporal".
Rio alto quando ouço-a falar um "ei" em alto e bom tom.
-Que foi? Só disse verdades.
-Só você mesma, Lara. Bom, era só isso mesmo.
-Certo. Tchau.
Desligo a chamada e me dirijo para meu quarto para descansar um pouco.[...]
-Bom dia.
Amanheceu com uma temperatura mais fria hoje, por isso, coloquei uma blusa de manga curta por baixo do uniforme. Quando me deitei em minha cama ontem, apaguei do jeito em que estava e só acordei com o despertador avisando que já era hora do trabalho novamente. Tomei um banho rápido e me arrumei rapidamente, mas como não ia dar tempo de tomar café, acabei apenas por levar um pedaço de bolinho para comer no caminho.
-Bom dia, oficial.
O cara que eu nunca me lembrava o nome que ficava na recepção falou.
Fui direto para minha sala, e me surpreendi quando vi uma certa tenente com... Bom, Farlan e Isabel. Os três estavam conversando tão tranquilamente que nem pareciam que aqueles dois eram criminosos recentes.
-Mas que merda é essa, Hanji?
Ela se vira quando ouve minha voz.
-Larinhaaa, você chegooou.
-É, eu cheguei.
Me aproximo dos dois. Eles já estavam começando a ficar com um certo receio de mim, e isso é ótimo.
-Ei, vocês. Onde está o outro?
Me referi a Levi.
-Ele está treinando em sua cela ainda.
O loiro respondeu. Havíamos colocado os três em celas separadas para o treinamento deles funcionar. Eles vão ficar nela até o julgamento, onde iremos ver a evolução deles e julgar se estão aptos para se tornarem policiais.
-Certo. Irei averiguar o desenvolvimento de vocês quando voltar.
Saio de lá e vou até a cela onde o moreno se encontra e o vejo sentado em sua cama olhando para o chão.
-Ei, Ackerman.
Ele me olha com as sobrancelhas franzidas e volta a encarar o chão.
-O que ainda está fazendo aqui? Sabe que já é hora do desjejum.
-Não estou afim.
Ele me responde sem ao menos me olhar. Reviro os olhos.
-Tanto faz, mas o treinamento de vocês vai ser supervisionado por mim, então é melhor estar preparado para qualquer coisa.
O rapaz continua em silêncio, mas eu sei que ele absorve cada palavra dita por mim.
-Escute, se quiser ter uma chance maior para se salvar da prisão, é melhor mover esse traseiro daí e começar a fazer por merecer. Seus crimes foram maiores que os seus dois amigos, mas posso puni-los igualmente por estarem envolvidos com você. Seria uma pena ter que abrir mão de três pessoas fortes o suficiente para conseguirem entrar na polícia com uma patente alta para a cadeia, então... É. Até o treino.
Dou meia-volta para ir embora e tratar de alguns assuntos com Erwin, mas Levi me impede falando.
-Irei provar que sou melhor que você, pirralha.
O olho com uma expressão surpresa no rosto e dou um sorriso cínico.
-Vai ter que treinar muito, Ackerman... E corta essa de "pirralha", se não, faço você fazer trezentas flexões.
-É o melhor que pode fazer?
Ele me encara como se estivesse me desafiando.
-Parece que minha vida aqui vai se tornar mais interessante daqui pra frente. Te vejo no treino.
Me viro e saio andando com os braços para trás. Eu assumo que os três têm potencial, mas a coragem daquele cara era fenomenal.
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oii, o que acharam do capítulo? Vote e comente, isso me motiva muito a continuar ;*
GENTEE, peço mil desculpas pelo atraso, mas é que... Né, escola voltou com tudo ;-; essa semana já tenho provas e tenho que estudar pra caramba, ou seja... SE HOUVER ALGUM ATRASO, ME PERDOEM ;-;
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Assassino Perigoso
Hayran Kurgu//+16 ~~~~ contém linguagem imprópria\\ A vida no FBI se resume, muitas vezes, em caçar assassinos e investigar assassinatos; e isso não mudou para Leonor, capitã de uma equipe especializada em capturar os piores dos psicopatas de Los Angeles e re...