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  SE EU N POSTASSE ESSA BUDEGA LOGO ACHO Q VCS IRIAM ME MATAR

Maldade q eu fiz em parar o capítulo naquela parte lakakakaka

Como diz o Vegeta: meu coração é puro... É pura maldade >:)

  Aproveitem :3
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  Me levantei e comecei a andar lentamente até a porta. Não digeri ainda essa situação, mas queria algumas explicações.
  Minha gata dormia tranquilamente na cadeira da mesa de jantar e o vento da madrugada fazia algumas folhas baterem no vidro da janela. O violão preto pendurado no suporte da parede e a guitarra vermelha apoiada na parede refletiam a luz da lâmpada que acabei de acender pelo interruptor e finalmente chego à porta.
-Levi? É você mesmo?
  Pergunto em um tom meio alto para que a pessoa atrás da porta possa escutar.
-Se preferir pode me chamar de Rivaille.
  Minhas suspeitas foram confirmadas quando ouvi a voz grossa do moreno soar com um eco no hall do andar.
  Peguei a chave de cima da mesa e abri a porta rapidamente, dando de cara com um homem uns cinco centímetros mais alto que eu com um uma camiseta branca e uma bermuda larga onde suas mãos estavam escondidas nos bolsos da mesma.
-Eu exijo explicações.
  Falei com a voz firme. Ele apenas deu de ombros e me respondeu:
-Se me deixar entrar, eu posso explicar sem acordar os outros.
  Olhei desconfiada para ele enquanto o mesmo passava por mim e entrava em minha sala. Fechei a porta, tranquei-a e joguei a chave novamente em cima da mesa.
  Levi estava parado olhando para meus instrumentos quando me sentei em meu sofá e cruzei os braços e pernas.
-Você toca?
  Ele perguntou se referindo ao violão e à guitarra.
-Claro, eles não estão aí só por decoração.
  Falei em um tom ríspido enquanto revirava os olhos.
-Vai saber. Farlan tinha um violino e não sabia tocar.
  Levi saiu de perto dos instrumentos e se sentou na poltrona à minha frente.
-E que fim deu naquele instrumento?
-Peguei pra mim.
  Arqueei as sobrancelhas como surpresa. O que ele quis com um violino, afinal?
-E por acaso você toca, Ackerman?
-Toco. Há muitas coisas sobre mim que você ainda não sabe, pirralha.
  Sim, disso eu tenho certeza. Sua expressão sempre séria com certeza esconde algo a mais.
-Com certeza, mas uma coisa eu descobri: você me conhecia a muito tempo já.
  Disse com um tom irônico. Quando o encaro, vejo-o dar um leve sorriso sacana de canto que foi rapidamente desfeito.
-Não me culpe, foi apenas uma enorme coincidência e conspiração do universo.
-Mas me explica uma coisa... Por que "Rivaille"?
  Perguntei me referindo ao nome que ele usa.
-Por acaso é algum nome falso que usou para não ser descoberto por nós?
-Em partes, sim. Mas acabei escolhendo Rivaille porquê esse era meu "apelido" naquela favela, por assim dizer.
  Cerro meus olhos tentando compreender.
-Por que?
-Eles têm um sotaque diferente lá, se não sabia. Meu nome foi pronunciado errado e ficou.
-Entendo...
  Um silêncio constrangedor ficou naquela sala. Eu não sabia como continuar a conversa e provavelmente nem ele sabia, então ficamos quietos apenas ouvindo o som do vento do lado de fora. Gatola havia acordado e estava indo em direção à sua tijela de água para matar sua sede e eu a acompanhei com os olhos.
  Apenas fui perguntar algo novamente quando uma dúvida surgiu.
-Afinal, como que você descobriu que era eu?
-Foi fácil. Quando peguei seu número, já desconfiei por causa do nome que deu pra mim, até porque no momento eu só conhecia uma Lara. Depois eu desconfiei mais ainda quando, naquela festa, você recebeu uma notificação no celular exatamente no mesmo segundo em que eu tinha mandado uma mensagem para... LightningDust. Depois disso foi só juntar os pontos.
Coloquei minha mão no queixo e fitei o chão.
-Faz sentido... Bom, agora você e aquela maldita quatro-olhos sabem que eu escrevo, que maravilha.
Escondi meu rosto com minha mão.
-Porque você não gosta que os outros saibam disso?
-Eu não sei, talvez eu tenha vergonha de alguém que eu conheça ler o que escrevo.
Dei de ombros. Realmente, eu me sinto muito desconfortável em saber que eu posso ser julgada pelas coisas que eu faço naquele aplicativo.
-Vou ser direto contigo, pirralha. Não tenha vergonha do que escreve pois sua escrita é ótima. Você apenas está escrevendo o que gosta, então se alguém não gostar, manda pra puta que pariu.
-E eu mando. Acha que eu já não faço isso quando aquele pedaço de aborto do Nile fala sobre algo que eu faço? O problema é a minha vergonha mesmo.
Olho para a janela e vejo as estrelas brilhando. Como moro no último andar, o céu fica muito mais bonito quando olho daqui de cima, então sempre tenho essa visão privilegiada.
-Escuta, pirralha. Vergonha eu sei que você não tem. Eu descobri isso hoje no bebedouro.
Viro meu rosto para o outro lado para esconder o rubor repentino que surgiu em minha face.
-Você tinha me provocado.
-Eu te provoquei? Já viu a camisola que está usando?
Arregalo levemente os olhos e puxo a barra da camisola para baixo, tentando esconder (sem sucesso) o máximo que posso de minhas coxas.
-Idiota.
Ouço um riso nasalado da parte dele.
-Que clichê.
Reviro os olhos e me levanto. Olho para o relógio perto da cozinha e percebo que já são duas e quarenta da madrugada.
-Olha, o papo está bom mas já está bem tarde. Tudo bem que hoje é sexta feira mas pretendo dormir até meio-dia amanhã.
Tento ir em direção à mesa da cozinha para pegar a chave, mas um braço me impediu de continuar e, quando vejo, estou prensada contra a parede. Levi tinha seus dois braços apoiados na parede fazendo aquela famosa "prensada na parede" que sempre lia nos livros de romance colegial.
-Você disse que é perita em clichês, não é? Não achei nada mais clichê do que isso.
Sua voz saía rouca de sua garganta. Eu podia sentir seu hálito com um leve cheiro de camomila, o que acabei por deduzir que ele tomara um chá de camomila recentemente. Seu olhar sobre mim era feroz, eu conseguia sentir.
-L-Levi, o que você está fazendo?
-Eu estou te provocando, não percebe?
-...
-Vamos, onde foi parar aquela Lara provocadora de mais cedo?
  Seu rosto se aproximou de minha orelha para falar isso. Bom, se é assim que ele queria jogar...
-Infelizmente ficou no trabalho. Ela era a sua c-capitã.
Gaguejo quando sinto uma mordida de leve em meu lóbulo da orelha novamente. Fecho meus olhos para aproveitar aquele momento melhor.
-Que pena... Adoro uma superior ousada.
-Ah, é mesmo?
Coloco minhas mãos em seus ombros e sinto sua mão esquerda passar em minha cintura. Sua boca passou a deixar beijos em meu pescoço e eu mordia meu lábio inferior contendo suspiros.
-Me diz o que eu tenho que fazer para tê-la fora do trabalho?
-Terá que se dirigir a mim com mais formalidade.
Falo em seu ouvido para logo em seguida morder seu lóbulo da orelha. Uma parte de mim queria se afastar, mas meu corpo e minha mente já estavam perdidas naqueles olhos azuis quase cinzas; aqueles olhos que mais pareciam um dia nublado. Poderia chover a qualquer momento.
Seguro sua nuca e o trago para um pouco mais perto de mim. Tão perto que pude sentir perfeitamente sua respiração acelerada. E sabe qual é a melhor parte? Ninguém pode nos interromper.
-Mostre para mim o que sabe, capitã.
  Ele disse depois que afastou seu rosto um pouco e me encarou olhos nos olhos. Seu sorriso sedutor só foi mais um gatilho para eu começar a tomar as decisões mais ousadas, por assim dizer. Suas duas mãos já se encontravam em minha cintura e me colavam ainda mais contra seu corpo. Eu tinha certeza do que estava fazendo? Com certeza não, mas quem disse que eu me importava? Quem disse que eu me importava se era virgem ou não? Só sabia que eu não o tirava da cabeça e que agora estou curiosa em saber as sensações que ele me faria sentir. Dei um sorriso provocador para Levi e mordi levemente meu lábio.
-Com certeza, soldado.
  Não esperei muito para puxar sua nuca e colar rapidamente nossos lábios. Minhas suspeitas sobre o chá de camomila foram confirmadas quando senti o sabor da bebida em sua boca.
  Suas mãos me apertavam mais ainda contra ele e eu passava as minhas mãos em sua nuca, vez ou outra brincando com um fio de seu cabelo que pendia para trás.
Abri meus lábios levemente e senti sua língua invadir minha boca e tocar a minha, provocando sensações incríveis. O sincronismo era tão perfeito que até parecia ensaiado, e de repente muitos pensamentos invadiram minha mente. Sabia muito bem no que isso poderia levar e também sabia muito bem com quem eu estaria fazendo isso. Sabia que, uma fez feito, não há mais volta. Mas como eu disse: estou pouco me lixando para isso. Seria cômico se não fosse tão bom: estou quase indo para a cama com o cara que jurei destruir.
  Senti uma de suas mãos erguer minha perna direita, a qual entrelacei em sua cintura. Até poderia estar ventando lá fora, mas aqui dentro a temperatura alcançava facilmente uns quarenta graus. Nos separamos rapidamente para recuperar o fôlego.
-Onde fica o quarto?
  Ele falava com uma voz rouca e ofegante. Respondi-o com a mesma falta de fôlego.
-Última porta à direita.
Após eu falar isso, ele me pegou facilmente no colo (onde acabei entrelaçando minha perna esquerda em sua cintura também para não cair) e me levou até meu quarto. Antes de sair da sala, olhei rapidamente no relógio novamente e percebi que eram três da manhã em ponto. Ou seja, eu e Levi ficamos nessa por vinte minutos, mas eu sabia que demoraríamos ainda mais naquele quarto. E eu não me arrependeria nem um pouco.

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oii, o que acharam do capítulo? Vote e comente, isso me motiva muito a continuar ;*

O capítulo ficou MUITO grande MESMO, então eu dividi em 2 :)

Assassino PerigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora