Sob Tua Pele conta a história de Anael um garoto que perdeu sua mãe assim que nasceu e foi criado por seu pai. Jeremias cria o filho com amor e carinho, mas por ser pastor e deveras preconceituoso faz Anael viver como um robozinho cheio de regras e...
Perto do final da tarde Alice vai embora se arrumar para mais uma noite de trabalho, enquanto Anael permanece deitado sem ânimo algum rezando para que Heitor o esquecesse pelo menos essa noite. Entretanto, sua felicidade acaba quando cerca de 19h o dono da boate entra no quarto.
— Levanta! Vamos trabalhar, você tem que me pagar o prejuízo de ontem! — Afirma Heitor.
— Você me deixou cheio de marcas como vou atender os clientes assim? — Questiona Anael ainda deitado.
— Maquiagem é para isso! Fique pronto, como eu te disse hoje você será punido por ter descido bêbado, vai ficar na rua! — Afirma Heitor assustando Anael.
— Heitor... Nunca fiquei na rua, me deixe ficar aqui! — Implora Anael.
— Já disse que não fique pronto e ai de você se fizer besteira! — Fala Heitor saindo do quarto.
Tudo que Anael não queria era atender na rua, lá era bem pior, os clientes que o levam para qualquer lugar e onde eles quiserem transar você é obrigado a fazer. Fora que o valor do programa é bem menor, o loiro estava assustado com essa possibilidade. Contudo, levanta contra a vontade e se prepara, ao fim do banho, Anael veste uma saia de prega rosa e uma blusa jeans com um nó na cintura, meias calças, colar de pérolas e um enfeite para o cabelo.
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Heitor entra no quarto e fita o corpo de Anael naquela roupa e o leva para fora da boate em uma rua um pouco afastada para não chamar atenção para seu estabelecimento. Ao chegarem lá o mais velho fala o preço do programa para o homem que fica responsável por receber os pagamentos e deixa o mais novo lá.
— Você é gostosinho viu! Fez merda? Heitor não costuma colocar corne boa como você na rua. — Fala o homem.
— Droga! — Onde eu fico aqui?— Pergunta Anael.
— Pode circular por essa rua toda, não é bom ficar todos no mesmo local para não chamar atenção. — Respondi o homem.
O loiro apenas assente seguindo pela rua. O tempo foi passando e Anael estava feliz que ninguém havia o escolhido para um programa, mas isso dura pouco, pois o homem vem com um senhor de cerca de 50-60 anos. Então, o garoto vai com aquele homem que o leva até o carro e vão para um motel qualquer. Como sempre, o loiro não falou nada além de responder poucas perguntas feitas pelo mais velho. Após pouco mais de uma hora de nojo e sofrimento Anael é deixado em uma rua próxima de onde estava, ele caminha um pouco e senta no chão dolorido, pois seu corpo mal havia se recuperado da noite anterior quando uma voz masculina chama sua atenção.
— Boa Noite irmão! — Diz um homem com vestes escuros.
— Boa Noite! Se quiser um programa tem que pagar antes com homem no início da rua! — Respondi Anael de forma fria.
