34. Carry On

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Senti um corpo desabar atrás de mim e caí junto com o peso. Ouvi Michael gritar meu nome e correr na minha direção. Eu havia sido atingida?

Quando dei por mim, percebi que Joey tinha sido atingido na cabeça pelo lado esquerdo. O sangue dele estava respingado em meu rosto e eu me desesperei.

- Por que vocês mataram ele? - Perguntei, incrédula.

- Ele era perigoso, Olivia - Gomez falou.

- Ele era perturbado! Poderia se tratar! Ele estava sofrendo - falei, ainda sem saber como reagir.

Michael chegou até mim e se abaixou na altura dos meus olhos. Quando olhei em seus olhos profundamente verdes, senti meu mundo se encaixar. Seus braços me envolveram e eu me senti protegida. Eu poderia ficar para sempre no abraço dele.

- Olivia, não se sinta mal por ele - o rapaz loiro veio até nós. - Joey já estava sendo investigado por tráfico de drogas e já havia matado um jovem por causa de dívida. Não tenha dúvidas de que você seria morta. Ele vai poder ser feliz com seu irmão seja lá em qual plano espiritual estejam agora. Vamos dar uma olhada no prédio, mas recomendo que você passe no hospital para dar uma olhada nesses ferimentos. Meu nome é Loghan, sou o detetive encarregado do seu caso.

Assenti. Michael passou o braço esquerdo pela minha cintura e passou meu braço direito por cima dos seus ombros, segurando minha mão direita com a sua. Começamos a caminhar para fora da construção. Um policial veio até nós e abriu a porta de trás de uma viatura, para nos levar de volta. O barulho do helicóptero ficou mais alto, e ambos olhamos para cima. Parecia ser da imprensa. Abanei para ele antes de entrar no carro.

- Como isso tudo aconteceu, meu amor? - Mike perguntou, passando a mão pela minha bochecha.

- Quando eu acordei no prédio, eu estava em uma sala. Depois Joey me desacordou novamente e me levou pra uma outra sala, onde ele aparentemente vivia. Lá tinha uma televisão de tubo e eu pude ver toda a mobilização que você fez por mim. Obrigada. Nunca ninguém fez isso por mim antes. Você é incrível - falei.

- Eu fiquei com medo de perder você, Olivia. Tudo o que você me proporcionou nesses últimos dias nunca foram proporcionados por ninguém antes. Até as partes loucas.

- Será que você pode pedir pro Luke pegar umas roupas pra mim e levar no hospital? Não queria sair de lá usando pijama - falei.

Mike assentiu e pegou o telefone.

- Fala aqui com ele. Ele vai ficar feliz - disse, me alcançando o aparelho.

- Oi Luke.

- Olivia! Meu Deus! GENTE, A OLIVIA TÁ BEM! ELA TÁ COM O MIKE! - Ele disse, com a voz distante do telefone. - Olivia, vimos vocês pela imagem aérea que a imprensa tava fazendo do local que você tava presa! Meu Deus! Você tá bem?

Ouvi gritos e vozes confusas no fundo da ligação.

- Estou. Fico feliz que você esteja feliz... queria pedir pra você levar umas roupas pra mim no hospital. Pede ajuda pra Lauren, sei lá. Qualquer coisa.

- Claro. Pra qual hospital vocês vão?

- Pro Presbyterian. Obrigada. Amo vocês.

- Também amamos você. Até mais.

Desliguei o telefone e o entreguei para Mike.

- O hospital onde tudo começou, no fim das contas - Mike disse.

Fiquei abraçada a ele por todo o trajeto. Quando chegamos, o lugar não tinha muita gente. Fui recebida logo na entrada por Gabriella, a enfermeira que me atendeu esses dias. Ela me olhou assustada.

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