Capítulo VI: "Why can't we be friends?"

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Harry's POV

Louis aceitou o convite de Gemma para entrar em nossa casa e eu não entendi o objetivo de minha irmã por tê-lo convidado. Eu decidi não contestar, pois ela estava grávida e eu e Louis estávamos muito bem nesse dia.

O garoto mais baixo desceu de seu carro (que era o melhor carro que eu já entrei em minha vida, só pra constar) e Gemma grudou em seu braço. Ambos passaram por mim e me puxaram para dentro de casa. Pude reparar que assim que Louis pisou dentro de meu lar, seus olhos vagaram por todos os cantos do pequeno cômodo de entrada. Ele ficou parado observando as fotos penduradas na parede e Gemma correu pela escada gritando por minha mãe.

Coloquei-me atrás de Louis e ele demorou alguns minutos para perceber minha presença.

- Esse homem que você está no colo é seu pai? - Louis disse apontando para uma grande foto no centro da parede onde minha família toda estava reunida.

- Sim! Eu tinha sete anos nessa foto e meus pais ainda estavam juntos... - Aproximei-me do baixo corpo de Louis, ficando ao seu lado e ele virou-se para mim.

- Ele morreu também? - O garoto me encarou com uma expressão triste e meu coração se apertou. Louis estava a ponto de chorar e eu não sabia o que fazer!

- Não... ele nos abandonou para morar com uma garota em Nova York. No começo foi tudo muito difícil, minha mãe sofreu horrores, Gemma e eu tivemos que cuidar dela e foi um choque, sabe? Mas agora parece que as coisas estão se acertando.

- Você conversa muito com ele? - Louis levantou seu rosto e me encarou. Seu olhar continuava o mesmo e sua postura era de alguém extremamente vulnerável.

- Não muito, só quando ele vem pra cá e isso é raro de acontecer. Algumas vezes ele liga pra saber de mim e de Gemma, mas são conversas simples e rápidas. Eu gostaria de ter meu pai por perto novamente. - Eu disse cuidando minimamente de cada palavra que saía de minha boca. Eu não queria machucar Louis, então deveria ser muito cauteloso.

- Posso te dar um conselho? - Louis levantou direcionou seus olhos para o meu e eu assenti rapidamente. - Ligue pra ele, volte a falar com seu pai. Talvez ele tenha cometido erros, Harry, e talvez você tenha se magoado com isso, mas você ainda o tem com você... - Ele disse e uma pequena lágrima rolou por seu belo rosto. Rapidamente, Louis levou suas pequenas e delicadas mãos ao rosto e as fechou. Sem pensar muito, encaixei minhas mãos na cintura de Louis e o puxei para perto de mim, dando-lhe um forte abraço.

Inicialmente, ele pareceu não saber como reagir mas, passado alguns segundos, o garoto se grudou ao meu corpo e encostou a cabeça em meus ombros, que era onde ele conseguia alcançar.

- Não, Louis, não chore! Por favor! - Puxei seu rosto de meu ombro e o segurei em minhas enormes mãos. Louis não chorava alto e nem escandalosamente, mas seus olhos demonstravam tristeza profunda.

- É tão difícil, Harry, tão difícil... - Agora foi a vez de Louis se jogar em mim e me agarrar. Eu o abracei novamente e fiquei repetindo em seu ouvido que ele era forte e isso iria passar.

Depois de alguns minutos, Louis parou de chorar e eu o levei para a cozinha, oferecendo-o um copo d'água. Ele aceitou e nós nos sentamos à mesa. Nesse pouco tempo, ficamos nos encarando e eu tentava sorrir o mais verdadeiramente possível, pois queria que isso fizesse o garoto a minha frente sorrir também. Acredito que isso tenha funcionado um pouco, pois, enquanto Louis bebericava sua água, ele olhava para mim e sorria minimamente.

- O que você está fazendo? - O garoto dos olhos azuis me perguntou colocando seu copo sob a mesa. Eu ainda o encarava e sorria, isso havia se tornado automático em apenas alguns minutos.

Hidden Love (Larry Stylinson AU High School)Onde histórias criam vida. Descubra agora