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A minha vantagem é que já corri com esse carro, já que usava ele antes de ganhar o Mustang e apesar de eu ter enchido ele de apetrechos para ficar mais veloz, o meu Mustang ainda tem o motor muito mais potente e eu não preciso acelerar tanto quanto Trevor para chegar em uma boa velocidade. Eu conheço essa pista, corri aqui varias vezes e essa é a primeira vez dele, então, tenho duas vantagens.
A garota de sutiã e shorts minúsculo para em frente a nossos carros para dar a partida e sinto meu carro tremer conforme vou acelerando. No momento em que ela levanta a blusa que está usando como bandeira eu arranco com o carro, fazendo fumaça sair do asfalto e em poucos segundos estou atingindo a marca de cento e cinquenta por hora. Ao olhar pelo retrovisor vejo Trevor logo atrás de mim e só não me alcançou ainda porque o Nissan demora um pouco mais para atingir a mesma velocidade por segundo. A felicidade toma conta do meu corpo e começo a rir com a adrenalina que me invade, realmente, está sendo divertido correr contra ele. Ao virar a curva fechada vejo Trevor ao meu lado. Não vamos conseguir fazer a curva ao mesmo tempo, não tem espaço suficiente para dois carros na pista. Trevor não para de acelerar se eu não frear nós vamos bater. Nossos carros quase se chocam na lateral e saio da pista, derrapo com o carro na areia para poder terminar a curva, o que faz ele ficar alguns metros à frente. Acelero o máximo que posso e engato a quinta marcha, se eu ligar o nitro agora, sei que vou ter problema no motor, mas se eu não ligar vou ter um prejuízo de cinco mil dólares para esse bastardinho. Ativo o nitro e sinto meu Zeus deslizar sobre o asfalto e de repente já estou ao lado de Trevor novamente. Passamos a linha de chegada juntos. Eu não venci. Porra! Eu podia ter ganhado se ele não tivesse jogado sujo na curva. Pelo menos foi um empate.
Saio do carro e vejo toda a multidão gritar e vir correndo até nós. Se foi um empate, não vou precisar pagar nada para ele, mas também não ganho nada, já que só competi contra ele hoje.
-Pelo visto hoje foi seu dia de sorte.- digo para Trevor que vem rindo na minha direção.
-Isso foi demais, maninha. Bate aqui!- ele levanta a mão para eu bater e dou risada. Ele parece feliz e animado. Bato na mão dele, mas reviro os olhos só por costume.- Você até que é boa. Realmente achei que fosse ganhar uma grana a mais hoje.- Trevor coloca o braço por cima do meu ombro, enquanto vamos andando por dentro da multidão.
-Vai sonhando! Eu deixei empatar, porque sabia que você ia ter que me dar todo o dinheiro da sua outra corrida.
-Sinto em te desiludir, mas só foi um empate porque você usou seu nitro.- realmente, ele tem razão. Mas nunca vou admitir.
Mike e Jhon vem andando juntos na nossa direção para nos cumprimentar pela corrida e apesar de eu ter ficado chateada por ele ter apostado no Trevor ao invés de mim, prefiro fingir que não me importo.
-Foi uma ótima corrida! Vocês têm talento.- jhon afirma e leva seu copo de whisky até a boca.- Dessa vez eu achei que Abby fosse perder, já que estava correndo com o filho da lenda das corridas.
-Do que você está falando?- olho para Trevor e para Jhon sem entender nada. Percebo que Trevor ficou desconfortável com o assunto.
-Você não sabe quem é o pai dele?- Mike ri. Uma risada seca e escandalosa que me deixa desconfortável.- o pai dele é o cara para quem você perdeu sua primeira e única corrida. Uma lenda. É uma pena que ele tenha sido preso.
-Como você me conhece?- Trevor pergunta pela primeira vez desde que Mike soltou essa bomba.- Como sabe que ele está preso?
-Garoto, seu pai trabalha para mim. Sempre trabalhou. Conheço toda a sua família. Mas confesso que fiquei surpreso em saber que você conhece a Abby.- ele aponta para mim com o indicador.
Não acredito que o único cara para quem eu perdi na vida é justamente o pai do Trevor. Estou pronta para enche-lo de perguntas, mas Mike e John se despedem e saem andando. Trevor acende um cigarro e suspira quando termina de soltar a fumaça. Espero por alguma reação de surpresa em seu rosto, mas pelo visto ele sempre soube no que o pai é metido.
-Vem. Vamos embora.- Trevor anuncia, após alguns segundos em silêncio e sai andando. Corro para alcançar seu passo e o seguro pelo braço.
-Você já correu antes?- tento me controlar, mas a curiosidade me domina.
-Já.- ele da de ombros.- Já venci algumas corridas para meu pai, por isso minha mãe surtou e eu fui morar na sua casa tão depressa.
-Ah. Eu nem imaginava.
Quero fazer milhares de perguntas, mas ele parece distante e solta minha mão de seu braço, para entrar no carro. Entro no meu e saímos juntos da fábrica. Trevor vem seguindo meu carro, durante todo o caminho e vamos até à oficina para ele trocar de carro. Não sei se devo ir embora ou esperar ele trocar.
-Você prefere que eu te espere ou consegue ir sozinho até em casa?- estaciono meu carro no meio-fio, na frente da oficina. Trevor estaciona o nissan do lado de dentro e sai com seu carro.
-Não precisa. Não vou para casa agora.- ele parece distante e frio.
Tento esconder a decepção que toma conta do meu corpo. Devo ser muito idiota para achar que ele viria para casa comigo e nós faríamos alguma coisa juntos, como naquela vez que ficamos vendo tv. Ligo meu carro e volto para a estrada. Como se não bastasse tudo que aconteceu, nem sequer consegui ganhar dinheiro hoje. Levei o bastardinho lá, quase perdi uma corrida e o idiota ainda saiu com seis mil.
O caminho até minha casa é rápido, mas resolvo passar no mercado para comprar algumas coisas para comer. Compro alguns chocolates e uma garrafa de vinho. Ligo para Rachel varias vezes ao entrar no carro, mas ela não atende minhas ligações. Pelo visto vou passar o resto da noite em casa, sozinha, comendo porcaria e bebendo. Estaciono meu carro na garagem e entro com as minhas compras. Decido aumentar a temperatura da piscina e nadar um pouco. Penso em ligar para meus amigos, mas é duas da manhã e meu pai vai me matar se se eu começar a fazer barulho agora. Subo até meu quarto e visto o biquini branco que estava usando mais cedo. Pego meu livro e desço as escadas de novo. Vou até a piscina e ligo a hidromassagem antes de entrar. Encosto minhas costas na borda da piscina e a água que sai do jato faz massagem em meus ombros. Sirvo uma taça de vinho que peguei enquanto passava pela cozinha e abro meu livro na página que tinha parado mais cedo. Me distraio com a história do personagem e em vários momentos acabo me identificando com o drama deles. Leio pelo menos seis capítulos até ver a luz da porta dupla que da para a piscina se acender. Olho para a porta e me assusto ao ver Trevor, escorado no batente, com uma garrafa de cerveja na mão.
-Você está aí a quanto tempo?- quase molho meu livro com o susto que levei ao pega-lo me olhando.
-Cheguei agora.- ele da de ombros e se aproxima da beira da piscina. Trevor ainda está com a mesma roupa, mas tirou os sapatos. -Pensei que você estivesse dormindo.
-Estou sem sono.- agora sou eu quem dou de ombros e me viro para pegar a taça de vinho.- Achei que você não fosse voltar hoje.
-Como eu não iria voltar, se eu moro aqui?- ele me lança um sorriso charmoso, não se parece nenhum pouco o cara distante que deixei em frente à oficina. Ele bebe mais um gole de sua cerveja e a coloca no chão, ao lado da garrafa de vinho.-Acho que vou entrar também.
- O que?- de repente sinto meu coração disparar.- Quer dizer.- coço a garganta.- Você está vestido.
-Mas é só eu tirar a roupa.- ele fala de forma óbvia e tira a camiseta. Analiso seu corpo, enquanto ele está entretido abrindo o zíper da calça.
Seu corpo é perfeito e finalmente consigo ler a tatuagem em sua costela, está escrito "o inferno está nos outros" em uma letra cursiva. Trevor abaixa sua calça e por sorte ele está de samba-canção, preta. Sua barriga é definida, mas não muito musculosa e olho para a linha fina de pelos que levam até suas roupas íntimas. Desvio os olhos no momento que ele levanta a cabeça e entra na água. Ele se escora no jato de água que está saindo ao lado do meu. Deita sua cabeça na borda da piscina e solta um gemido de satisfação. Não consigo desviar o olhar. Seus olhos estão fechados e o maxilar duro e marcado lhe dá uma aparência sensual ou é só o vinho fazendo efeito.
-Vai ficar aí me olhando?- ele fala em meio ao silêncio que se encontrava e dou um pulinho de susto. Como ele sabe que estou olhando?
- Não estou te olhando!- me defendo prontamente e ele ri.
-Eu sei, só estou brincando.- Trevor vira a cabeça na minha direção, mas continua com os olhos fechados.
-Então, o que você vai fazer com seis mil dólares?- levo a taça de vinho até a boca e ele abre os olhos.
-Não faço ideia. Vou arrumar algumas coisas no meu carro e o que sobrar, vou guardar.-ele brinca com a água e olho para suas mãos que são grandes e possuem veias grossas. Tudo nele me deixa excitada.
-Para que guardar? Cindy tem bastante dinheiro para te ajudar.
-Não quero depender da minha mãe para nada. Não pretendo ficar aqui por muito tempo.- mergulho na água e nado para longe da onde estávamos. Nem me importo mais em molhar o cabelo, mesmo correndo o risco de deixar a parte descolorida verde. Quando saio para a superfície vejo Trevor me olhando, enquanto bebe minha taça de vinho. Reviro os olhos e vou nadando até onde ele está.
-Achei que você estivesse bebendo cerveja.- tiro a taça de sua mão e coloco mais vinho antes de beber.
-Só bebi uma garrafinha.- ele faz sinal com o polegar e o indicador e ao olhar para seus olhos de um tom amarelado exóticos, percebo que estão vermelhos.
-Você fumou?- ele abre um sorriso preguiçoso e arqueia as sobrancelhas.
-Talvez.- ele se aproxima de mim, mas não me encosta. Estou de pé na piscina e ele está sentado na minha frente.
-Podia ter me chamado.- coloco minha taça na beira da piscina e abro um chocolate. Trevor abre a boca em um convite para eu lhe dar um pedaço, mas enfio tudo na boca de uma vez. Trevor bufa e pega um chocolate ele mesmo.
-Ei, não é para comer meus chocolates.- tento tirar o doce de sua mão, mas ele é mais rápido e enfia tudo na boca. Bato na água para respingar em seu rosto.
-Para.- ele segura minha mão, mas está sorrindo.- Sinto a eletricidade correr por meu corpo e ele me puxa para mais perto.- Seu biquini é bem bonito.- seus olhos estão cravados em meus seios.- Foi ele que você usou para deixar essa marquinha?- ele empurra o tecido do biquini um pouco para o lado e passa o dedo por cima da pele mais clara, mas não expõe meu seio.
-Foi. Ficou bom, né?- olho para meus seios e depois para ele.
-Ficou ótimo.- ele ri e volta a me olhar nos olhos.
Trevor desce a mão pela lateral da minha cintura, lentamente e mesmo estando na água, tenho certeza que ele sente minha pele se arrepiar. Trevor se aproxima e sua cabeça está erguida para poder me olhar, mas desce novamente e olha para nossos corpos juntos, dentro da água. Passo a mão por seus cabelos molhados e os coloco para trás.
-Quero fazer uma coisa.- penso alto ele me olha sem entender. Tomo coragem para dizer o que estou pensando.- Quero beijar você.
Falo baixo e aproximo meu rosto do dele, devagar. Passo meus lábios pelos seus, mas não o beijo. Quero sentir isso sem pressa. Nem o beijei ainda e já sinto uma pressão no meio das pernas. Trevor coloca as duas mãos na minha cintura e me puxa para mais perto.
-Me beija, por favor.- sua súplica sai quase como um gemido e instintivamente esfrego meu corpo no dele, tentando encontrar algum alívio.
Grudo meus lábios nos dele e nosso beijo é lento e quente, solto um gemido em sua boca e ele segura meu quadril, me faz sentar em uma de suas pernas. Rebolo em sua perna, tentando achar algum alívio e ele desce suas mãos até minha bunda e me faz esfregar de novo. Paro do beija-lo e ele leva os lábios até meu pescoço, depois desce até meu seio. Trevor puxa a cordinha que está amarrando meu biquini, deixando meus seios expostos.
-Porra, você é linda.- ele passa a boca em meu mamilo e depois o suga, reviro os olhos com a sensação de prazer e ele sorri.- É assim que eu quero ver você revirar os olhos.
Voltamos a nos beijar e sinto sua ereção em meu quadril. Quero por a mão e sentir, mas nunca fiz isso antes. Meu Deus! Nunca fiz nada disso antes! Saio do transe que esse garoto tinha me colocado e me afasto um pouco. O fato de que estou praticamente pelada em seu colo cai como água fria.
-Trevor. Eu preciso te falar uma coisa.- apoio minhas mãos em seus ombros e saio de seu colo. Sinto falta do atrito dos nossos corpos.-É que...- respiro fundo para tomar coragem e tampo meu seios.
-Fala, Abby.- ele me olha com as sobrancelhas franzidas e parece preocupado.- Eu te machuquei?
-Não! Não é isso...é que.- respiro fundo e fecho os olhos para falar.- Eu sou virgem.- não ouço ele rir de mim, mas também não diz nada e quando tomo coragem de abrir os olhos ele está me olhando enquanto morde os lábios e percebo um brilho diferente em seus olhos.
-Porra. Sua intensão é me matar de tesão?- percebo que ele está apertando seu membro, tento sorrir, mas estou morrendo de vergonha.
-Então...Você não liga de eu não saber fazer...tipo, fazer sexo?- coloco o cabelo atrás da orelha e levanto o biquini para cobrir meu seio.
-Ei, não precisa ter vergonha de mim.- ele tira minhas mãos.- Você é linda. Não devia ter vergonha. É a garota mais gostosa que eu já vi.- ele se levanta e segura meu rosto com as mãos.- Não ligo se você é virgem. Se você quiser, eu posso te ensinar tantas coisas, é só você pedir.
-Eu não vou te pedir nada.- me afasto. Por algum motivo, a forma que ele falou comigo fez meu coração bater mais rápido. Tudo bem ter atração pelo irmão postiço, mas sentir mais que isso é pedir para ser morta.
Viro de costas para ele e amarro meu biquini no pescoço. Nado em direção as escadas da piscina para poder sair correndo como de costume, mas ele me segura pelo braço e me força a encara-lo.
-Você vai fugir de novo?- por um momento posso jurar que ele parece magoado.
-Eu não estou fugindo.- puxo meu braço de seu aperto e saio da água
Ele sai logo atrás, mas não me segura de novo. Me enrolo no roupão e estou pronta para entrar, quando ouço um estrondo e ao me virar vejo a parede de porcelana com um buraco enorme e percebo que Trevor acabou de socar a parede.
-Você está maluco?- corro até ele, o puxo para se virar para mim.
-Não, Caralho. Você quer me enlouquecer!- ele grita e seus olhos estão arregalados.
-Do que você está falando?- grito de volta. A essa altura esqueço que meus pais podem acordar a qualquer momento. Por sorte seu quarto fica do outro lado da casa.
-Você fica aí tentando me seduzir!- ele aponta com o dedo e vejo sua mão sangrando por causa do soco.- Aí depois que se esfrega em mim, vem falar que é virgem só para me fazer querer te comer com mais vontade e agora simplesmente levanta e vai embora?
-Cala a boca! Eu não estou tentando te seduzir.- seguro meus cabelos e estou explodindo de raiva.- Você não consegue falar comigo por cinco minutos sem dar em cima de mim! Eu bebi, por isso retribui.
-Ah, cala essa boca! Você tá sempre me olhando desse jeito estranho, como se fosse me engolir.- ele ri com sarcasmo e passa a mão pelos cabelos o jogando para trás.- Mas quer saber? Você tem razão! Eu tenho essa mania doente de querer ficar dando em cima de você, mas é só porque eu acho engraçado o jeito que você fica sem jeito.- estou tremendo de raiva e a forma que ele fala de mim, como se eu fosse uma criança inexperiente parece a cereja do bolo para eu explodir.
Não sei direito o que estou fazendo, mas por impulso pego a garrafa de cerveja e ataco em sua direção. Graças a Deus o infeliz tem um ótimo reflexo e desvia da garrafa, fazendo ela se espatifar contra a parede onde ele socou. Se meus pais estivessem em casa, já teriam acordado.
-Você perdeu a cabeça?- ele vem até mim e segura meus braços. Nossos rostos estão próximos de novo e tento me soltar dele.
-Me solta, Trevor!- me debato, mas ele me chacoalha.
-Cala a boca, Abby.- ele grita a pouco centímetros do meu rosto. É estranho pensar assim, mas toda essa briga está me deixando excitada e me encontro segurando a vontade de beija-lo.
-Se eu não calar você vai fazer o que?- pergunto com um tom de voz ameaçador, mas ele ri.
O desgraçado está rindo bem na minha cara, com um conjunto de dentes perfeitos e os olhos claros brilhando de algo que posso dizer ser excitação. Não consigo segurar o riso também e ele me pega no colo, fazendo eu colocar as pernas ao redor de seu corpo. Trevor choca sua boca contra a minha. Um beijo feroz e cheio de raiva. Enrosco minhas mãos em seu cabelo e puxo com força, ele geme na minha boca e nós leva para dentro de casa. Trevor me coloca encima da mesa de vidro na sala de jantar. Paramos um momento para tomar fôlego e ele arranca a parte de cima do meu biquini pela segunda vez na noite, dessa vez não peço para ele parar. Trevor me deita sobre a mesa e a essa altura estou rezando para a mesa não quebrar. Ele da beijos por todo meu corpo e passa a língua pelos meus seios, fazendo com que eu me contorça na mesa.
-Trevor, por favor...- imploro. Mesmo sem saber pelo que exatamente estou implorando.
-É isso que você quer?- ele pressiona os dedos em meu sexo, por cima do biquini e eu rebolo na tentativa de um contato maior.- Fala.
-S-sim.- solto um gemido mais alto quando ele faz movimentos circulares e beija minha barriga.
Trevor finalmente tira a parte de baixo do meu biquini e agora sinto a textura de seus dedos em mim. A sensação é deliciosa e me sento novamente, para poder beija-lo, enquanto ele me masturba.
-É tão gostoso...- falo sem pensar e ele ri no meu pescoço.
-Você é uma putinha, né Abby?- sua voz é tão gostosa em meu ouvido que reviro os olhos, jogando a cabeça para trás.- Fala para mim, gata. Diz que você é minha.
Sinto uma pressão na boca do estômago e sei que estou prestes a gozar. O melhor orgasmo de toda a minha vida - não que eu tenha tido muitos - me agarro em seus ombros e grudo a boca em seu pescoço, pronta para gozar, mas ele para de mexer no meu ponto sensível e me contorço em busca de contato.
-Continua, por favor.- imploro por seu toque e ele segura meus cabelos, me obrigando a olhar para ele.
-Fala que é minha e eu te deixo gozar.- suas pupilas estão enormes e quase não enxergo o dourado de seus olhos.
-Eu sou sua.- Trevor esfrega o dedo em meu clitóris novamente e eu reviro os olhos. Tento esconder meu rosto em seu pescoço, mas ele não deixa.
-Eu quero ver você gozando.- minha boceta está completamente encharcada e seus dedos deslizam com muita facilidade. Trevor volta a beijar meu pescoço  e eu me desfaço em sua mão.
Devo ter feito a maior barulheira, mas pelo visto estamos sozinho em casa. Quando ele tira sua mão de mim, me contraio com a falta de contato e me deito na mesa novamente para descansar. Olho para o volume em sua calça e vejo que está praticamente estourando o zíper.
-Você quer ajuda?- meu rosto cora de vergonha. De repente percebo que estou pelada na mesa de jantar dos meus pais e ele está encarando meu corpo, enquanto aperta o próprio pênis.
-Não precisa. Depois eu me viro.- ele ri e me ajuda a levantar da mesa. Fico de pé sem saber o que fazer e tampo meus peitos com um dos braços.
Será que devo simplesmente dizer obrigado e sair andando?  Trevor parece percebe que estou sem jeito e pega o roupão jogado no chão e me entrega. Vejo que sua mão machucada estão com sangue seco por toda ela.
-Vem. Vamos lavar e por um curativo na sua mão.- puxo ele até o banheiro do corredor.-Nós vamos ter que limpar essa bagunça depois. O que vamos falar para nossos pais sobre a parede?
Faço ele sentar no vaso e pego o kit de primeiros-socorros na pia de mármore. Coloco sua mão embaixo da água e ele geme de dor. Como passamos de duas pessoas gritando uma com a outra para isso? Passo uma pomada em seus dedos para não infeccionar os machucados abertos, por sorte não vai precisar de pontos.
-Não sei. É só dizer que eu soquei e pronto.- ele da de ombros e se levanta.-Ajunta seu biquini molhado e eu vou lá limpar a garrafa quebrada.
Trevor vai para fora, limpar a bagunça e vou para sala de jantar fazer o mesmo. Passo um pano na mesa que está molhada por culpa do meu cabelo. Termino de limpar e vou até o banheiro para me lavar. Me olho no espelho e estranho meu reflexo, me sinto diferente agora. Ele nem chegou a penetrar os dedos em mim, mas é bem mais do que já fiz com qualquer outro garoto e com ele foi tão rápido e fácil. Minhas bochechas estão coradas e eu estou com marcas vermelhas espalhadas por toda a clavícula. Gosto do fato de ter marcas dele em mim. Saio do banheiro e encontro ele sentado na frente da porta.
-Desculpa por ter te segurado daquele jeito.- ele se levanta do chão e vejo em seus olhos que está arrependido.
-Desculpa por ter jogado a garrafa em você. É que você me deixa tão irritada! E começou a dizer aquelas coisas...- cruzo os braços e me aproximo dele.
-Tudo bem. Tá desculpada.- ele ri e coloca meu cabelo atrás da orelha. Ficou surpresa com esse gesto de carinho.- Tenho uma queda por garotas malucas.
-Fica quieto!- dou risada e empurro sua mão, brincando.- Você vai tomar banho?
-Vou. Quer vir comigo?- ele me olha com malícia e estou tentada a aceitar, mas acabei de sair do banho. Sem falar que não tenho coragem de ficar totalmente nua em sua frente com a luz acesa.
-Não, obrigada. Vou me trocar.- ele confirma com a cabeça e entra no banheiro.
Entro em meu quarto e visto uma blusa larga, mas coloco uma lingerie preta de renda. Dou risada ao lembrar que jurei para Rachel que não tinha comprado por causa dele. Ligo a tv e penteio meus cabelos. Nós não falamos nada sobre assistir tv juntos. Então, acho que não vamos ficar juntos quando ele sair do banho. Deito na cama e ouço a porta do banheiro ser aberta. Rezo para ele bater na minha porta e pedir para entrar, mas isso não acontece. Não é como se fôssemos dormir de conchinha só porque ele me fez gozar. Bufo e me viro na cama de novo. Fico imaginando o momento em que ele vai bater na porta. Não posso nem dizer que estou me sentindo usada, já que foi ele que me fez gozar e nem pediu nada em troca. Estou pegando no sono, com a imagem de lindos olhos olhos claros e sobrancelhas grossas quando sinto um peso do meu lado na cama. Me viro de barriga para cima e abro os olhos só para ter certeza de que não estou sonhando.
-Vou ver Tv, aqui.- ele diz baixinho e eu sorrio, mesmo com os olhos fechados.
-Pode assistir.- sinto o sono me invadir, no momento que ele joga a coberta por cima do meu corpo.

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