《 23 》

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- Sério que ela fez isso? - Dayane fala enquanto gargalha, seu rosto já estava vermelho de tanto rir, parecendo um tomate.

Fico impressionada em como mesmo assim ela fica bonita.

- Sim. - concordou Bruno enquanto ria também.

Sabe, eu estou muito confusa. Não era ele que tinha falado que não gostava mais da Dayane? E agora está aí, rindo com ela e me fazendo passar vergonha no crédito, coisa que ele sempre faz.

- Vocês estão falando como se eu não estivesse aqui! - acuso. - Cadê o respeito pela dona da casa?

- Está aqui ainda, mas como ela não está aqui no momento, não tem com quem usar né. - fala Bruno. Olho para ele perplexa.

- Ô Bruno, e aquele negócio que você me disse antes da Day chegar? - sorrio maléfica, colocando meu queixo sobre minha mãos.

- Que negócio? - se faz de desentendido.

- Aquele lá sobre não gos... - minha fala é interrompida por um pedaço de bolo que é colocado em minha boca sem meu consentimento. - Eii. - protesto com a boca cheia.

- Você fica ainda mais linda calada, Caroline. - sorri nervoso. Falso!

Agora nós estamos na cozinha, sentados na mesa comendo o bolo que minha mãe havia preparado. Ela tinha saído um pouco depois da Dayane chegar, alguém do trabalho dela havia ligado pedindo que a mesma fosse até lá.

Dayane estava sentada ao meu lado da mesa, enquanto Bruno estava na nossa frente.

- Ah não, agora fiquei curiosa. O quê foi que ele falou? - Day perguntou.

- Nada não, já é passado, faz muito tempo.

- Mas foi há uma horas atrás...

- Eu vou te bater, garota. - Bruno aponta para mim.

- Aham, vai sim. - me levanto da mesa. - Quer mais bolo, Day? - pergunto quando percebo que ela já acabou de comer.

- Ah, vou querer sim. - aceita. - Está muito gostoso. - acrescenta olhando para mim.

Sinto minhas bochechas arderem, com toda certeza eu estou corada. E nem tem motivo, ela só falou que o bolo estava gostoso, né.

- Min... minha mãe é ótima na cozinha.

- Uhum. - contínua me olhando sorrindo.

Já se passaram alguns dias do nosso primeiro "encontro". Encontro entre aspas porque não foi bem um, foi mais para fazer o trabalho. Se bem que a gente foi para a lanchonete no John, comemos e nos conhecemos um pouco... Ah, eu já não sei mais de nada.

Na verdade, sei sim. Sei que depois daquele dia ela nunca mais me largou. Ok, vou parar de hipocrisia, eu também não a larguei. Mas ninguém pode me culpar, tenho um crush secreto nela desde ano passado, e agora que ela finalmente me notou, eu não posso deixar de perder a oportunidade de me aproximar ainda mais dela.

- Aham. - Bruno coça a garganta. - Meninas, eu vou ter que ir embora.

- Mas já? Por que?

- Minha mãe está me mandando mensagem mandando eu ir. - se levanta. - Falando ela que está precisando da minha ajuda lá.

- Ah, poxa.

- Pois é...

- Então vem, vou te levar até a porta. - falo. Eu, mas maioria das vezes, não levaria ele até lá, já que o mesmo é mais de casa do que eu própria, mas o mesmo está querendo falar algo comigo, pois movimentou as sobrancelhas.

É coisa nossa, gente!

Vou com ele até a parte de fora, Dayane nos segue também, mas ficou na sala. Bruno se despediu dela antes de nós dois irmos para fora.

- O quê? - pergunto parando e cruzando meus braços depois de fechar a porta.

- Nossa amizade é muito forte mesmo, né? Eu só levantei as sobrancelhas e você já sabia que eu queria falar algo. - faz graça.

- Fala logo, tenho visita lá dentro.

- É sobre ela que eu quero falar mesmo. - coloca as mãos em meu ombro. - Uma única frase: Ela está tão na sua.

- O quê?

- Ela está te querendo! Te querendo muito. Não percebeu? Ela fica toda hora te encarando sorrindo, e, pelo o que eu me lembre, ela não é muito de andar sorrindo não. Eu só te aviso uma coisa, se hoje vocês não se beijarem, eu mesmo vou obrigar vocês a se beijarem amanhã, nem que seja na frente da escola toda.

- Ih, está cheio das ameaças agora? - arqueio uma sobrancelha. - E é por isso que você está indo embora? Para deixar a gente a sós?

- Também. - ri. - Mas é verdade, minha mãe me mandou mensagem mesmo. - coloca as mãos no bolso da calça.

Não demorei muito ali com ele, logo o mesmo foi embora - reforçando o assunto do beijo - e eu entrei. Ao entrar, vi Dayane sentada no sofá mexendo no celular. Ela quando percebeu minha presença, virou para mim e sorriu, coisa que ela fez muito hoje.

- Acho que agora estamos sozinhas. - sorri. - Ainda quer o bolo? Acho que tem suco na geladeira também...


Anonymous (1° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora