Carol se afasta da gaveta que estava mexendo e vai até o guarda-roupa, abrindo as portas do meio. Ela mexe em algumas coisas e, no final, retira de lá uma caixinha preta.
- Achei minhas paletas. - levanta a caixa. - Você pode pegar meu violão? Ele está aí atrás.
Me viro para trás e vejo ele suspenso na parede. Nem havia o percebido ali. Pego ele e sigo Carol, voltando para a sala. Chegando lá, ela se senta no sofá e eu entrego o violão em suas mãos.
- Vai cantar para mim? - pergunto para ela sorrindo, tentando quebrar o clima estranho que havia se formado ali. - Vou finalmente ouvir a maravilhosa voz de Caroline dos Reis Biazin?
Eu já sabia que ela cantava e tocava bem, a mesma já havia me falado, mas nunca presenciei isso.
Bom, pelo menos não até agora.
- Uhum. - concorda sorrindo. - Que música você quer ouvir?
- Não sei quais são as músicas que você sabe tocar. - mordo meu lábio inferior. - Escolhe uma ai você.
- Certo... - começa a dedilhar as cordas do violão. - Já ouviu best part, da H.E.R?
- Já, eu amo essa música! - sorri. - Vai cantar ela? - concorda com a cabeça.
Ela continua a dedilhar as cordas do violão, agora reconheço os acordes da música. Carol logo começa a cantar e eu fico impressionada com sua voz. Que voz incrível é essa, meu Deus? Porra, essa garota é perfeita: é ruiva, linda, legal, toca sabe-se lá quantos instrumentos musicais, e ainda por cima, canta para um caralho.
Deveria ser pecado existir alguém assim. Deus quando fez ela estava bastante inspirado.
Merda de menina perfeita!
- Puta que pariu. - exclamo assim que ela acaba de cantar. Logo depois de sair do transe, eu começo a bater palmas.
- Para, Dayane. - pede com a cabeça abaixada, corada. Coisa mais perfeita.
- Você é perfeita, cara! - aponto para ela. - Como é que você consegue?
- Eu não sou perfeita. Na verdade, ando muito longe de alcançar a perfeição.
- Você já se olhou no espelho?
- Já sim! - respondeu confusa.
- E não percebeu o quanto você é perfeita?
- E você já se olhou no espelho? Porque você sim é perfeita! - fala. Desta vez é eu que coro.
- Não sou não.
- É sim. - tira o violão do seu colo, colocando ao seu lado no sofá. - E pare com isso!
Ela se aproxima de mim, o que não teve muita dificuldade, já que eu estava sentada ao seu lado no sofá.
- Não sou, Carol! - falo com meu coração acelerado, devido a aproximação dela.
Ela não fala mais nada, só se aproxima ainda mais de mim, encostando sua perna na minha. Pega em meu rosto e o vira, aproximando o seu do meu. Ela olha em meus olhos, depois olha para minha boca, e fica nisso por alguns segundos. Nossas bocas estavam á poucos centímetros de distância, acho que dizer centímetros é muita coisa ainda, vamos mudar para milímetros. Dava para sentir o hálito quente dela bater contra meu rosto. Quando ela resolveu juntar nossas bocas, ouvimos um barulho de chaves soar do outro lado da porta.
Roseli, sua mãe, havia acabado de chegar.
- Ai meu Deus. - nos afastamos.
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Anonymous (1° Temporada)
FanfictionAnonymous retrata a história de Caroline Biazin, uma jovem comum, inteligente e bastante introvertida. Tendo como único e melhor amigo Bruno Sfair e mantendo uma paixão secreta por Dayane Lima, a popular da escola, típica "pegadora" que não liga par...