《 31 》

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- Day. - ouço alguém gritar meu nome pela segunda vez no dia. Logo percebo Pietra se aproximando de onde eu estou sentada com um sorriso no rosto. Ah não!

- Oi, Pietra, o que você quer? - passo a mão no rosto.

- Só queria fazer companhia para você, babe, vi que estava sozinha aqui. - se senta onde o Bruno estava antes de sair, colocando uma de suas mãos em meu braço, alisando-o.

Será que ela não percebeu que eu estou com a Carol?

Olho para a ruiva e quase riu da cara de nojo com uma pitada de descrença e

Pietra estuda no terceiro C, então provavelmente nunca tinha ouvido falar da Carol. Se nem eu que estudava com ela sabia da sua existência, quem dirá a abusada da Pietra. Ela é uma menina completamente mesquinha e enjoada, não larga do meu pé desde o dia que nós ficamos. Tenho certeza que ela acha que o que aconteceu aquele dia tenha significado que eu tenho algum tipo de compromisso com ela.

- Eu não sei se você percebeu - retiro sua mão. - mas eu estava muito bem acompanhada, então não preciso da sua companhia. - falo, tentando ao máximo não ser rude.

- Por quem? Ela? - aponta para Carol, fazendo cara de nojo. - Afinal, quem é você? - Carol abre a boca para responder, mas eu sou mais rápida.

- Não te interessa, Pietra. - me levanto pegando minha mochila. - Vem Carol. - a puxo para sairmos de perto daquele ser. - Garota chata. - murmuro quando nos afastamos.

- Ela só gosta de você - Carol fala. - quando gostamos de alguém, fazemos coisas insanas.

- Insanas de que tipo? - pergunto olhando para frente, ainda andando pelo corredor da escola.

- Do tipo de mandar mensagem com outro número para conversar com a pessoa em anônimo. - fala rápido, me fazendo parar.

Isso com toda certeza me lembra alguém.

Bia.

- Já fez isso com alguém? - pergunto enquanto paro encostada na parede do corredor, que estava praticamente vazio, haviam só dois alunos conversando mais ao fundo, o resto estava na parte de fora da escola.

- An? Eu? Eu não! - limpa a garganta. - Por que eu iria fazer isso?

- Como você mesmo disse, quando gostamos muito de alguém, fazemos coisas insanas. Já fez algo parecido para alguém que gosta? - cruzo os braços.

- Talvez... - olha para o lado timidamente. Percebi que suas bochechas estavam com um tom mais avermelhados que o normal.

Apenas sorrio e concordo com a cabeça, não tínhamos muito sobre o que conversar.

Bruno havia sumido, o que me faz acreditar que ele quis deixar nós duas à sós. O que também me faz pensar novamente sobre o que ele disse lá fora. E cara, eu e Carol estamos praticamente sozinhas aqui dentro...

Olho para a ruiva pensando na possibilidade. Ela estava mexendo em seu cabelo, enrolando um cacho com o dedo, completamente dispersa ao que acontecia ao seu redor. Respiro fundo, umedecendo meus lábios e decido fazer o que eu mais queria fazer desde que eu a conheci. Descruzo meus braços e a puxo para mim.

- O que... - exclama assustada.

- Acho que vou fazer uma coisa insana agora. - falo acariciando sua bochecha com o polegar.

O toque da minha boca na dela foi suave. Fisguei no impulso seu lábio inferior, colocando uma de minhas mãos por debaixo do seu cabelo, puxando seus cachos com delicadeza, dando mais profundidade ao beijo. Ela colocou sua mão livre em minha nuca, me puxando mais para ela. Nossos lábios se moviam com calma e suavidade, não tínhamos pressa.

Era como se a gente tivesse esquecido que estávamos no meio do corredor da escola, em um lugar que todos que quiserem poderiam ver. Mas a gente não ligava, não mais. A única coisa que importava era o beijo naquele momento.

- HA, eu sabia que vocês não me decepcionariam.

Anonymous (1° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora