《 55 》

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- An... eu... é... - coço a garganta internamente, olho para o lado e sorrio quando vejo um dos garçons do lugar, Mark, se aproximar da nossa mesa com nossos pedidos. - Olhe só, nossa comida chegou. - olho para Dayane, ainda sorrindo, e vejo ela negar com a cabeça, me olhando com os olhos semicerrados.

Salva pelo bongo!

Mark chega até nossa mesa, nos cumprimenta com um "boa noite" e um sorriso, deixa nossa comida e logo sai, desejando uma boa refeição para nós duas.

A comida que eu havia pedido, o especial da casa, era um macarrão à carbonara. Pode parecer coisa simples, mas o daqui é a coisa mais deliciosa, e ainda é cheio de especiarias. Eu havia pedido suco de abacaxi e ela de morango, para acompanhar a refeição. Pelo menos uma das coisas tinham que ser saudáveis, para manter o equilíbrio.

- Eu nem vou falar o clichê do "espero que goste" porque eu sei que você vai gostar. - falo quando vejo ela me olhar.

- Como tem certeza disso? - pergunta enquanto pega o garfo e enrola o espaguete no mesmo.

- Você disse, naquele dia que a gente saiu pela primeira vez para fazer o trabalho, que gosta bastante de massa e de gordura. - dou de ombros. - Ai está. - aponto para a carbonara.

- Ainda se lembra disso? - pergunta sorrindo.

- Sou boa de memória. - falo simples, concordando com a cabeça.

Ela leva o garfo cheio de macarrão até a boca e fecha os olhos enquanto mastiga. Logo depois de engolir, ela começa a concordar loucamente com a cabeça, chego a achar até que ela está tendo uma convulsão, mas tiro essa ideia louca da cabeça quando ela fala.

- Isso aqui - aponta para seu prato. - é a coisa mais gostosa que eu comi na minha vida inteira.

Isso porque não experimentou comer outra coisa ali, tenho certeza que repensaria seus conceitos de "coisa mais gostosa". Penso, e graças a Deus eu tenho certeza que não falei isso em voz alta.

E vocês não pensem besteira, seus impuros safados!

- Viu, eu disse que você iria gostar. - falo.

Começo a comer também e ficamos um pouco em silêncio, apenas aproveitando a comida. Havia uma música calma tocando no local e as luzes estavam fracas, isso tudo deixava o clima leve e, propositalmente, romântico. Eu começaria a tocar e cantar as oito e trinta, e ainda era oito horas, então ainda tinha um tempinho com Dayane ali.

- Você tocou no assunto do trabalho. - Day quebra o silêncio, levanto meu olhar e a observo beber um pouco do seu suco, esperando ela continuar a falar. - Quando vamos terminar ele?

Ainda faltam duas semanas para as férias do professor acabar, e, consequentemente, duas semanas para o prazo da entrega do trabalho acabar. Eu e Dayane já havíamos tirado todas as fotos que vamos precisar, agora só falta fazer os acabamentos finais.

- Não sei, quando você achar melhor. - bebo um pouco do meu suco também. - Para falar a verdade, nem lembrava mais desse trabalho, só lembrei porque eu me recordei da nossa ida para a lanchonete do John. - confesso.

- Bem interessada você. - ri. - Depois combinamos outra saida para a gente terminar o trabalho. - fala. - Ai aproveitamos e saímos juntas novamente. - pisca o olho.

Concordo com ela sorrindo bobamente e continuamos a comer enquanto conversávamos. Quando deu oito e meia, eu levantei da mesa com ela me olhando, peguei meu violão e olhei sorrindo para ela, piscando um olho e soltando um "se prepare". No quesito canto, eu me acho demais, sou demais! Vou até o pequeno palco e me sento em um banco que fica ali de frente a um microfone, arrumando meu violão em minhas pernas e cumprimetando as demais pessoas que estavam ali. Logo começo a cantar.

Anonymous (1° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora