《 47 》

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Alvaro na capa

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- Carol. - ouço minha mãe me chamar e logo a vejo abrir a porta. - Ainda não está pronta?

- Falta apenas arrumar o cabelo, mãe, relaxa. - tranquilizo ela.

Ela havia convidado uma colega de trabalho, junto com sua família, para jantar aqui em casa hoje e por conta disto estava com os nervos a flor da pele. A mesma já tinha checado se a comida estava boa umas dez vezes, e já repetiu outras dez vezes que está com medo dela esfriar. Nós duas tínhamos passado toda a manhã e metade da tarde limpando a casa, cada milímetro dela, o que eu achei um exagero, levando em consideração que as visitas vão ficar apenas na sala e na sala de jantar, mas tudo bem.

- Certo. - respira fundo no exato momento que a campainha toca. - Chegaram.

- Acho melhor a senhora descer. Onde está o papai? - pergunto enquanto arrumo meu cabelo na frente do espelho.

Meus cachos estavam bem volumosos hoje, o que eu amei. Estava vestindo um vestido simples rosa clarinho, colado no corpo e de alças finas, nos pés havia calçado um tênis branco da adidas. Por mim eu ficaria descalça, mas quando falei isso para minha mãe ela não concordou, então nem insisti muito.

- Está lá embaixo. - me empurra para o lado, para se olhar no espelho. - Como eu estou?

- Está linda, mãe, como sempre! - sorrio.

- Okay, já vou descer. Não demore! - sai do quarto.

Me olho no espelho uma última vez e sorrio satisfeita com o resultado. Observo meu celular encima da cama e, meio que instantaneamente, Dayane me veio na cabeça. Ela, depois de muito tempo, descobriu sobre as mensagens anônimas que eu mandara para ela, e, graças ao meu bom Deus, não ficou brava ao descobrir, pelo menos foi o que ela falou. A reação dela foi diferente do que eu achei que ia ser, eu realmente não sei o que esperar dela. Dayane Lima é uma caixinha se surpresa, ao qual faço questão de querer descobrir o que tem dentro.

Fico feliz em saber que amanhã irei vê-la novamente. Hoje ela faltou á aula, como a mesma já havia dito. Combinamos de sair amanhã a noite, e como em todas as terças eu tenho compromisso a noite, vou leva-la para comigo. Ela só não sabe aonde é, resolvi fazer suspense.

Pego meu celular e saio do quarto, descendo as escadas e indo até a sala, dando de cara com uma mulher conversando com minha mãe e meu pai, e um rapaz sentado no sofá mexendo no celular.

- Oh, ai está ela. - mamãe fala sorrindo assim que me vê. - Carine, essa é minha filha. - nos apresenta.

- Carol. - sorriu a cumprimentando. - É um prazer conhecer a senhora.

- O prazer é meu querida. - sorri também.

Ela é uma mulher bem bonita, e aparenta ser bem nova, se não fosse por algumas rugas em seu rosto lhe daria uns 25 anos. É alta e tem a pele parda mais puxada para o moreno, seu cabelo é preto liso, e seus olhos castanhos escuro. Parece ser bem simpática.

- Garota? - escuto o rapaz falar. - Que corpo é esse menina?

Ele falou isso de um jeito tão engraçado, que eu não me aguentei e comecei a rir.

- Alvaro, se comporte. - Carine fala envergonhada. - Esse é meu filho, Alvaro. Desde já me desculpe por ele, ele é um pouco... agitado e extrovertido.

- Satisfação, porque prazer é só entre quatro paredes, bebê. - pisca para mim.

Sinto que esse jantar vai ser divertido.

Anonymous (1° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora