《 22 》

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- Dayane está vindo para cá. - aviso para Bruno enquanto estico minhas pernas no sofá, já esperando seu drama.

- Ah nãããooo. - revira os olhos. - Fazer o quê aqui?

- Me ver talvez? - falo. - O quê que você tem contra ela mesmo? Que eu me lembre não era assim.

- E não era mesmo, antes eu gostava dela. - responde. - Mas agora eu não gosto mais, ela te roubou de mim!

- Não roubou não!

- Roubou sim. - me olha com a cara feia. - Você só liga para ela agora.

- Oh, meu Deus. - me levanto e vou até ele. Bruno estava deitado no sofá da sala aqui de casa, todo esparramado, eu não estava muito diferente dele. Todas as vezes que ele vem para minha casa (quase todos os dias, se não forem todos) ele fica assim, se não é no sofá é na minha cama. - Está com ciúmes é, meu bolinho de arroz? - deito em cima dele.

- Bolinho de arroz? Essa é nova. - riu. - Estou sim! Algum problema? Você é minha melhor amiga, te conheci primeiro que ela, ela não tem esse direito de já chegar e tomar meu lugar. E saia de cima de mim, você é pesada. - tenta me empurrar, mas eu me seguro no sofá.

- Não precisa ter ciúmes, Bruninho. Eu nem quero ela como melhor amiga. - aperto suas bochechas.

- Mas quer como namorada, e ter ela como namorada inclui ter ela como melhor amiga.

- Quem quer quem como namorada? - minha mãe aparece na sala perguntando. Curiosa.

- Sua filha, tia Rose, ela tá querendo me trocar por uma garota. - Bruno acusa.

- Ih Bruno, nem fica preocupado, essa ai te ama demais para te trocar. - mamãe se aproxima de nós, batendo em minha bunda. - Sai de cima dele menina, você é pesada.

- Até você mãe? - bufo. - Já não respeitam mais ninguém nessa casa, mano.

Será que eu estou gorda? Acho que vou começar a fazer acadêmia...

Minha mãe apenas ri e volta para cozinha, acho que para olhar o bolo que ela está fazendo, e eu continuei ali em cima do Bruno. Ele reclama no começo, mas depois nem liga, porque sabe que eu não vou sair sem um motivo plausível.

Logo ele começa a fazer cafuné na minha cabeça com uma mão, com a outra ele está mexendo no celular. Estava quase dormindo quando ouço o barulho da campainha soar pela casa, o quê me faz levantar de cima do Bruno para abrir a porta. Esse era um motivo plausível.

Eu já sabia quem era.

- Chegou, aêê. - Bruno fala, forçando empolgação. - Pelo menos serviu para te fazer sair de cima de mim.

- Para de ser chato, Nicole. - dou um tapa em sua cocha.

- CAROL, VAI ATENDER A PORTA. - mamãe grita da cozinha.

- JÁ ESTOU INDO. - grito de volta.

Vou até a porta e a abro, dando de cara com Dayane parada com as mãos no bolso. Ela estava vestida com um moletom cinza, uma calça preta, nos pés estava com tênis branco com preto e na cabeça uma touca amarela.

- Graças a Deus, já estava começando a pensar que você tinha me passado o endereço errado. - ela fala sorrindo assim que me vê. - Olá!

Chega a manteiga derrete.

- Eu nunca faria isso com você. - sorri. - Oi! Vem, entra.

- Com licença. - pede enquanto passa por mim.

Fecho a porta e vou com ela até a sala.

- Oi, Bruno. - comprimenta assim que o vê.

- Oi, Dayane. - sorri também, largando o celular ao seu lado.

Ele pode não gostar dela, mas se tem uma coisa que eu sei que ele não vai ser é mal aducado. Minha tia educou bem ele.

Anonymous (1° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora