《 30 》

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- Como assim "o que vocês vão fazer"? Vocês quem? - pergunto confusa.

- Vocês. - aponta para mim e Carol. Olho para ela e a mesma está batendo a cabeça na mochila repetidas vezes. - Você e a Carolzinha. - sorri.

- Você vai quebrar o pescoço assim. - falo segurando sua cabeça para que ela pare de bate-la. Sua mochila estava em seu colo, então para ela bater a cabeça na mesma precisa fazer um certo esforço, colocando a cabeça para baixo.

- Bem melhor do que fazer o que o Bruno vai mandar na frente de todo mundo. - pega a mochila nas mãos e aperta a mesma contra seu rosto.

- Para de besteira Caroline, não vai ser nenhum esforço fazer isso. Ainda mais sendo com a Day. - Bruno fala enquanto levanta e tira a mochila do rosto da ruiva.

- Mas vai ser na frente de toda a escola. - ela sussurra. - Da escola toda. - repetiu.

- Gente? Posso saber do que vocês estão falando? - pergunto. - Porque, pelo o que eu entendi, eu meio que estou envolvida nisso ai também.

- Então, minha querida Dayane. - afasta Carol de mim, se sentando no nosso meio. - Lembra aquele dia na casa da Carol? Quando eu fui embora e a Carol me levou na porta?

- Lembro, o que é que tem?

- A gente, eu e a Carol, conversou lá fora, sabe. Sobre uma coisa que eu considero muito importante para o bem da humanidade. Isso tem que acontecer de alguma forma, para quê a humanidade possa viver em paz novamente. - respira fundo. - Então, eu conversei com Carol e a avisei que, se naquele mesmo dia, vocês não se beijassem, eu mesmo teria o prazer de fazer vocês fazerem isso, mesmo que na frente de toda a escola. E adivinha? - faz uma pausa dramática. - Vocês não se pegaram naquele dia. - coloca as mãos sobre nossos ombros. - Então, minhas queridas amigas, vocês vão fazer isso agora! E nem adianta alguma de vocês falar que não quer, porque eu sinto e sei que vocês querem. Acho que até um cego saberia.

Okay, Bruno só pode ter ficado louco. Eu nunca que iria beijar a Carol na frente de toda a escola. E não é porque eu não quero que me vejam com ela, pois isso eu faço questão de mostrar todos os dias enquanto caminhamos pela escola juntas. Afinal, quem não gostaria de ser vista acompanhada de uma pessoa como Caroline Biazin?

Mas eu não quero que pensem que ela é como as outras que eu pego por ai na frente de todo mundo e logo depois descarto. Ela não é! Ela é muito mais que isso! E eu não posso fazer com que todos pensem ao contrario disso.

- Olha Bruno, acho que aqui, agora, não vai rolar. - ele me olha indignado.

- Da Carol eu já esperava isso, mas de você não, Dayane. - ele encara nós duas e revira os olhos. - Suas chatas. - se levanta e sai, deixando a gente sozinha. Mas, antes de ele se virar completamente, eu consegui enxergar um sorriso em seu rosto.

- E então... - olho para a ruiva ao meu lado. - está tudo bem? - ela para de mexer na barra da blusa e olha para mim.

- Está sim! E com você?

- Também...

Ficamos caladas por um tempo, apenas olhando o pessoal que ainda se encontrava ali e a chuva. O clima entre a gente ficou estranho.

Durante esse meio tempo que ficamos ali sem falar nada, eu começo a pensar em tudo que vem acontecendo desde que eu conheci e me aproximei da Carol. Não tenho saído com ninguém já faz algumas boas semanas, o que pode ser considerado um verdadeiro milagre, já que eu nunca passava mais que duas semanas sem me relacionar casualmente com alguém. Não sei o que foi que aconteceu, eu só não sinto mais aquela vontade de sair com qualquer uma. Prefiro ficar em casa ou com a Carol assistindo algum filme ou conversando sobre coisas banais.

Acho que essa ruiva fez algum tipo de feitiçaria em mim, porque não é possível alguém prender outra pessoa assim - no sentindo bom - sem ter acontecido nada entre elas.

Ainda...

Anonymous (1° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora