《 52 》

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Ao chegarmos no local, Dayane para em uma vaga em frente ao bistrô e desliga o carro. Novamente, ela não havia falado nada durante todo o caminho, nada mesmo. Durante o percurso, a única coisa que se podia ouvir era o barulho do carro andando pelas ruas e o som das nossas respirações.

Reviro os olhos e tento abrir a porta do carro, mas ela ainda estava travada. Sinto uma mão segurar meu braço e olho para Dayane confusa.

- Eu também gosto de você, ruiva! - arregalo os olhos e sorrio. Ela me puxa para ela e aproxima seu rosto do meu, me dando um selinho. - Muito. - completa.

- Ah, eu...

- Pensou que eu iria te dar um fora e falar que "tudo isso" foi só coisa do momento? - me interrompe, completando minha fala. - É, eu sei.

- Você lê mentes e eu não sabia? - pergunto sorrindo.

- Isso é um dos meus segredos, não pode contar para ninguém. - pisca um olho para mim.

- Então você tem mais segredos? - estreito meus olhos, brincando.

- Talvez. - pega um cacho do meu cabelo e o coloca atrás da minha orelha. - Vamos entrar? - olha para a entrada do bistrô.

- Vamos!

Ao entrarmos, um sorriso aparece em meu rosto no automático. Eu amo esse lugar! A decoração do bistrô é rústica, com fibras naturais incorporadas - como por exemplo, o sisal - e nas paredes tijolos expostos em uma decoração sofisticada cria um efeito incrível. As mesas e cadeiras de madeira escura eram espalhadas de forma organizada pelo local. Não tinha muita gente ali, dias de terça-feira aqui não fica tão lotado como em dias de sexta e fins de semana. O ambiente é aconchegante e, ao mesmo tempo, elegante.

Arrumo a alça da bolsa do meu violão em meu ombro, enquanto caminho ao lado de Dayane. Ela está vidrada olhando toda a decoração do lugar.

- Uau... - exclama. - Aqui é lindo!

- É, não é? - sorrio.

- Costuma vir muito aqui? - pergunta.

- Apenas três vezes por semana. - dou de ombros. Ela me olha com a sobrancelha arqueada. - Daqui a pouco você vai descobrir o que eu faço por aqui.

- Okay... - estreita os olhos. - Ainda não entendi o porquê de você ter trago seu violão também.

- Você vai descobrir tudo daqui alguns minutos! - repito.

Aceno sorrindo quando vejo Norah caminhar até mim. Norah é a filha dos donos do bistrô, é pouca coisa mais baixa que eu, tem cabelos loiros lisos que vão até a metade de suas costas, olhos azuis e tem 15 anos, ela é apenas dois anos mais nova que eu. Uma perfeita barbie!

- Carol. - cumprimenta me abraçando apertado. - Quanto tempo.

- Pois é, seu pai me obrigou a pegar férias.

- É, ele me disse. - faz bico. - Senti sua falta, aqui fica tão chato sem você!

- Eu também senti a sua!

Minha relação com Norah é ótima, desde que a gente se conheceu, nos tratamos como irmãs. Seus pais, Antonella e George Preston, sempre me trataram como uma filha também, desde que eu comecei a "trabalhar" com e para eles. Na verdade, toda a família Preston é como se fosse minha segunda família, e o A&G Bistrô é minha segunda casa. Eu havia passado um tempo afastada daqui, duas semanas para ser mais exata, George me obrigou a pegar pelo menos duas semanas de férias, já que na época certo eu não aceito-as. Esse trabalho não é nada cansativo para que eu possa tirar férias, e eu só venho aqui 3 vezes por semana, para quê folga?

- Hm. - ouço Dayane coçar a garganta ao meu lado.

Anonymous (1° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora