《 53 》

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Norah parece que percebe pela primeira vez que tem alguém me acompanhando. Ela olha para Dayane confusa, a observa da cabeça aos pés e, logo em seguida, sorri.

- Oi, eu sou Norah. - a cumprimenta.

- Norah, essa é Dayane, uma... an... amiga minha? - falo confusa.

Não sei muito bem o que Dayane é minha, mas acho que ainda estávamos no relacionamento apenas de "amigas". Não conversamos sobre isso ainda, mas sei que não temos nada concreto, pois demos apenas um único beijo á alguns dias atrás e um selinho dentro do carro agora a pouco. E ainda teve a "declaração" que fizemos uma para a outra antes de entrarmos no bistrô, ainda dentro do carro. Mas isso não quer dizer que a gente está namorando, eu sei disso! Posso ser iludida e trouxa por ela, mas não a esse ponto!

- Prazer. - Day sorri estendendo a mão para cumprimentar a loira.

- O prazer é todo meu, Dayane que não é só amiga da Caroline! - ignora a mão estendida e a puxa para um abraço.

Norah nunca gostou de cumprimentos formais, como apertos de mão. Ela sempre preferiu os abraços, na maioria das vezes, calorosos e apertados.

- Onde seus pais estão? - pergunto ignorando o comentário dela.

- Na cozinha, quer que eu os chame? Eles vão gostar de te ver de volta! - fala. - Vou lá chamar eles. - sai em direção a cozinha sem me deixar falar.

- Ela é bem agitada. - Dayane comenta.

- Você não viu nada. - respondo. - Vamos. - pego em sua mão meio que sem perceber e a puxo em direção a uma mesa que ficava ao lado de uma janela, próxima a um pequeno palco que tinha ali.

- Conhece ela á muito tempo? - pergunta.

- A quase dois anos. - coloco meu violão em uma cadeira e me sento em outra, Dayane se senta de frente para mim. - Quer pedir agora?

- Não sei, você quer?

- Não sei, se você quiser. - dou de ombros.

- Mas eu também não sei, você decide se vai agora ou depois.

- Se já estamos assim para decidir se vamos ou não pedir agora, imagina na hora de escolher o que vamos pedir. - rio.

- Acontece.

- Carol, querida. - George fala enquanto se aproxima, ao seu lado estava Antonella.

- George. - levanto e o abraço.

George Preston é um homem alto, tem a pele parda, mais puxada para o moreno, cabelos negros, olhos azuis, o que criava um destaque por conta da pele morena. Ele é musculoso, mas não chega a ser bombadão. Quem o vê na rua, com a cara toda séria, acha que ele é um cara arrogante, mas é totalmente ao contrario, nunca vi um homem de 56 anos tão brincalhão. As vezes penso que ele tem 10 anos, não 56. Mas, mesmo assim, ele sabe ser um homem sério e, acima de tudo, leva o trabalho bastante a sério.

- Já estava começando a me arrepender de ter te obrigado a pegar férias. - fala. - Como eu pude ficar tanto tempo sem ouvir sua voz, Biazin?

- Eu também não sei, Preston, minha voz é incrível mesmo! - me gabo, jogando meus cabelos para o lado.

- Olhe só querida, a autoestima dela aumentou. - olho para Antonella sorrindo, a vendo negar com a cabeça, enquanto sorri também.

- Sempre foi assim, não há nenhuma novidade. - concorda com o marido. - Como está, Carol? - me abraça.

Antonella Preston não é tão alta como George, chega até a altura do ombro dele. É pálida, tem cabelos loiros cortados na altura do ombro e olhos castanhos claros. Ele é mais séria que George, mas ainda assim é bem simpática e engraçada. Ela e Preston formam um casal lindo! Opostos, mas lindos juntos, um completa o outro.

- Bem, e você? - retribuo.

- Bem! No estresse do dia a dia, mas ainda assim, bem. - responde. - E quem é essa garota linda? - olha para Dayane.

- Antonella, George, essa é Dayane, uma amiga minha. - falo, dessa vez sem demonstrar dúvida alguma. - Trouxe ela para me assistir. - aviso animada. Dayane me olha confusa, pois ainda não sabia o que eu iria fazer ali.

- É um prazer conhece-la, Dayane! - Antonella fala. - Pode ter certeza que não vai se arrepender de ter vindo assistir a Carol. Essa menina é maravilhosa!

Anonymous (1° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora