- Tá gata, hein. - Vitão fala assim que eu entro em seu carro.
- Não é para o seu bico. - sorriu irônica. - Oi. - dou um tapa em sua cabeça e logo em seguida aperto sua bochecha, ouvido o mesmo reclamar. - Você que tá gatão. Se arrumou todo assim para quem?
- Para ninguém! - liga o carro. - A que eu quero eu nem sei se vai.
- Thaylise? - assente prestando atenção na estrada. - Por que não convidou ela, seu bocó? - bato em sua nuca.
Seus cabelos estavam presos em um coque, o que ele não costuma fazer muito. Mas acho que ele fez o coque por conta do grande calor que está fazendo em Miami hoje.
- Ai. - reclama. - Eu não sei, tá? Nem tinha pensado nisso.
- Mas é muito idiota mesmo. Quer ficar com a mina e não tem atitude.
- Pelo menos não sou eu que fico negando sentimento. - joga a indireta.
- Quem faz isso? - coloco meus pés encima do painel do carro.
- Ah, você para Dayane. Sabe muito bem de quem é que eu estou falando. - vira a cabeça rapidamente em minha direção, logo voltando a olhar para a estrada. - Não se faça de sonsa, sua sonsa.
- Não tem como eu negar algo que eu não tenho, Victor, entenda isso. - reviro os olhos e ele apenas sorri e nega com a cabeça.
- Certo. - dá de ombros. - Se você diz, quem sou eu para discordar.
- Obrigada. - levanto minhas duas mãos para o alto.
Me viro para a janela e fico observando as ruas movimentadas de Miami. O céu estava incrivelmente lindo hoje, haviam várias estrelas neles. Observando elas me fez lembrar dos olhos da Carol, do brilho intenso que eles carregam consigo. Eles são lindos, assim como as estrelas.
- Chegamos, Day. - Vitão diz, enquanto estrala os dedos na frente do meu rosto. - Já estava dormindo? - ri. - Tá ficando velha rápido.
- Não. - nego. - Apenas pensando.
Desço do carro e sigo em direção a entrada da casa de Dreicon, com Vitão ao meu lado. Eu já sou acostumada a vim para cá, assim como Victor. Dreicon faz essas sociais sempre que seus pais viajam, o que é quase sempre, já que os pais deles vivem viajando à trabalho. Nunca vi um menino para gostar tanto de fazer festas como o loiro.
Tenho pena dos vizinhos dele, que são obrigados a ouvir sempre o barulho da música. Muitas vezes, no meio das festas, um ou até mais vizinhos aparecem para pedir para abaixar ou até mesmo desligar o som. Vocês acham que Dreicon escuta? Pois é, eu tenho certeza não.
Do lado de fora da casa já se podia ouvir o som da música alta que vinha de dentro. Entramos na casa nos desviando das pessoas que estavam dançando, já bêbadas, no meio do caminho. Haviam poucas mesas espalhadas por ali, no máximo umas sete. A maioria das pessoas estavam em pé dançando, conversando ou até mesmo beijando. Ninguém ali pensava em sentar, pelo menos não em uma cadeira.
- Olha se não é a minha dupla preferida. - Dreicon fala assim que nos ver, vindo nos cumprimentar. - Como estão?
Dreicon é popular na escola por dar as melhores festas, segundo o pessoal. Ele é alto, tem a pele pálida, olhos azuis e cabelo castanho claro, quase loiro. 30% do tempo ele é legal, divertido, nos outros 70 ele é apenas um idiota, infeliz, filhinho de papai, que não pensa em nada a não ser no próprio nariz. Seus pais são dois advogados importantes, que vivem viajando e não têm tempo para dar a devida atenção ao único filho. Por conta disso ele é tão idiota, desde sempre foi criado por babás, nunca sentiu o gosto do amor paterno e materno. E eu acho que ele agindo do jeito que age, é só uma forma de receber atenção de alguém para não se sentir sozinho.
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Anonymous (1° Temporada)
FanfictionAnonymous retrata a história de Caroline Biazin, uma jovem comum, inteligente e bastante introvertida. Tendo como único e melhor amigo Bruno Sfair e mantendo uma paixão secreta por Dayane Lima, a popular da escola, típica "pegadora" que não liga par...