Capítulo 1 - O pesadelo começa

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Nunca deixe ninguém te dizer que não pode fazer alguma coisa

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Nunca deixe ninguém te dizer que não pode fazer alguma coisa.
Se você tem um sonho tem que correr atrás dele.
As pessoas não conseguem vencer e dizem que você também não vai vencer.
Se você quer uma coisa, corre atrás.
(À procura da felicidade)

Me largue!—Imploro chorando, minhas pernas tremem e sinto que a qualquer momento posso desmaiar.

Fique quieta senão será pior—Ela sussurra em meu ouvido, eu tenho nojo dessa mulher.

Ela me empurra e eu caio de joelhos no chão imundo do porão, aqui a luz do dia não entra tudo é escuro e respiro pó, minhas mãos já estão raladas por culpa da queda mas eu sei que esse será o menor dos meus machucados hoje. Sendo o meu aniversário tenho absoluta certeza de que ela não vai parar por aí.

Logo ela agarra meu cabelo, e nossa como isso dói, me coloca sentada em um banco de madeira velho que faz ruídos a qualquer toque e segura meus pulsos, e então pega a famosa corda, a corda estranha que os guardas usam para punir bandidos e rebeldes, aquilo atinge minhas pequenas mãos sem piedade fazendo ficarem vermelhas e inchadas e não para por aí, continua até que eu esteja no chão caída de tanta dor.

Minha visão está fraca e borrada, não tenho mais voz para gritar por socorro apesar que neste lugar ninguém poderá me escutar, mas mesmo assim consigo ver quando ela pega o ferro quente e então...

Finalmente acordo assustada e ofegante, olho para minhas mãos e então vejo as pequenas cicatrizes que o tempo não foi capaz de tirar, ainda sinto a dor nelas, meu quarto está escuro então ainda é muito cedo, me levanto e caminho em direção ao banheiro com pressa tanto que não me importo de estar descalça, acendo a pequena vela fazendo meus olhos arderem com a claridade inesperada e me encaro no espelho, um grande espelho em que sua borda é um dourado forte e perfeitamente desenhado com rosas vermelhas.

Tudo nesse lugar é como esse espelho, lindo, perfeito, luxuoso, mas é óbvio que em tudo possuí um defeito e aqui sou eu. Meu cabelo está completamente bagunçado parecendo mais um ninho de rato do que um cabelo de uma princesa e sem contar na cor que não é nada favorável sério isso? Cinza? Meu rosto ainda está molhado pelas lágrimas e meus olhos azuis não estão nada animadores, estou em uma situação lastimável.

Molho meu rosto com a água bem gelada na intenção de me acordar mas sei que as lembranças a água não levará, sempre tenho esses malditos sonhos! Eu sei o que eu passei, mas eu preciso reviver tudo àquilo? Já não basta ter que encarar todos os dias Sophia? Almoçando e vivendo bem ao meu lado como se fôssemos a família do ano, a família real perfeita.

Nada na monarquia é perfeito, muito pelo contrário, além dos meus próprios problemas que não são poucos, ainda tenho que aturar monarcas machistas e fofoqueiros, guerras a todo instante e rebeldes que querem sei lá o que de nós.

As princesas do Reino Cristalya~Vol.1~Onde histórias criam vida. Descubra agora