Recaída

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Engulo em seco enquanto o elevador vai em direção a cobertura, o que está acontecendo comigo ?
Quando o elevador abre dou de frente com a porta entre aberta, paro uns segundos pensando se devo entrar ou não quando escuto ele falar.
- Está com medo ? Não vou te morder só quero conversar.
Sorrio com a parte do não vou te morder lembrando como ele me mordia de cima abaixo.
Entro dentro do quarto sorrindo.
- Não estou com medo, só não quero ver você se arrastando atrás de mim.
- Eu me arrastar ? Solta uma gargalhada.
- Não entendo a graça, combinamos de não manter contato e você me chama pro seu quarto?
- Você acha mesmo que eu penso em você, só te chamei pra entregar o seu brinco que esqueceu.
Me lembro agora de estar de brincos ontem e de chegar sem eles em casa.
- Era só isso ?
- Não. Se levanta e vem até mim. - Era isso também.
Me beija me carregando no colo e me colocando em cima de uma bancada. Nosso beijo é intenso e ele parece querer me devorar, estremeço quando ele me puxa pra si como se quisesse que nossos corpos fossem um só. Mas em um instante ele para, me olha e vira as costas depois.
-  O que estou fazendo ? Não era pra isso ter acontecido. Vira de frente pra mim. - Isso foi um erro e não vai se repetir.
Fico sem saber o que falar, será que é louco ou o quê ? Ele me provoca, me chama pro seu quarto, me beija como nunca ninguém beijou e fala que foi tudo um erro. Me recomponho e desço da bancada pegando meus brincos que estão em cima da mesinha e vou em direção a saída.
- Não vai dizer nada ? Me pergunta como se eu fosse culpada.
- Isso foi um erro e não irá se repetir, até Segunda chefe. Fecho a porta do apartamento.
Aperto o botão do elevador quase querendo quebra-lo por demorar, Gustavo não saí pra dizer Adeus e também não faço questão.
Hoje é sexta-feira e nosso último dia aqui no hotel, vai haver uma festa de despedida então tenho que dar um tapa no meu visual pois a noite vai render, talvez nem tanto já que nosso vôo sai as 02:00 da manhã, mas nesse tempo dá pra aproveitar um pouquinho.
Chego no quarto e Ana está com o peguete no pequeno sofá do canto quase pelados.
- Ah nossa, não queria atrapalhar. Digo morta de vergonha pela interrupção.
- Sem problema Clara, o Vini já tava de saída.
Ele se levanta colocando a camisa e admito que a cachorra tem bom gosto.
- Desculpa, ela disse que podia ficar tranquilo que você não ia aparecer. Ele diz passando por mim na porta.
- Sem problema. Digo tentando acalmar o constrangimento.
Fuzilo Ana com o olhar por não me avisar, podia ter dado uma volta.
- Desculpa esqueci de avisar.
- Devia te matar.
Passamos a tarde conversando e acabei falando pra Ana sobre Gustavo.
- Ana você vai trabalhar na empresa do gostoso, e já deu pra ele.
- Não me importo, já acabou, foi só um sexo casual, lá seremos profissionais.
- Acho difícil manter o profissionalismo com aquele tesão.
- Para com isso, já ta quase na hora da festa, vou tomar um banho de banheira pra relaxar.
- Vê se não demora muito.
Entro No banheiro e boto uns sais de banho na banheira que já está cheia, preciso tirar o cheiro de Gustavo que está impregnado em mim, preciso pensar em meu trabalho agora.
Demoro alguns bons minutos e saio procurando na mala algo pra vestir, que indecisão.
- Veste o de paetê azul. Ana grita entrando no banheiro, ela já me conhece muito bem e sabe que estou indecisa.
Ele é realmente muito lindo é a noite hoje é pra se divertir então vou ousar.

Como o vestido já esta chamando muita atenção boto uma maquiagem leve e faço ondas no cabelo

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Como o vestido já esta chamando muita atenção boto uma maquiagem leve e faço ondas no cabelo. Ana dessa vez se arrumou cedo.
Chegamos no térreo e está bem cheio, todos se divertem e eu já pego minha taça de champanhe, não avisto Gustavo mas também não dou muita importância.
Vinicius se aproxima de Ana, ela está muito gata também, ele olha pra mim e dá um sorriso como comprimento.
Deixo os dois que ficam se paquerando e vou até uma mesa, até que começa a ficar com uma luz mais baixa e luzes de balada, começa a tocar algumas músicas e eu bebo mais algumas taças, penso se Gustavo não vai vim pra festa. Droga. Para de pensar nele, foi só uma trepada nada mas, começa a tocar minha música favorita e não me controlo e vou até a pista de dança improvisada, começo a cantar e me rebolar no ritmo da música até sentir um par de olhos em mim. Gustavo está em um canto sentado em uma mesa com seu copo de whisky na mão me observando, não sei o que acontece comigo só sei que começo a dançar olhando diretamente pra ele, ali olhos nos olhos danço usando todo meu poder de sedução cantando a parte da música que diz

Sei que não estou certa em seduzir
Mas eu só quero ver o que você vai fazer
Se eu lhe der um gostinho do que faço
Apenas lembre-se que eu não pertenço a você

Mas em instante me dou conta da loira que chega perto dele me fazendo olhar estagnada, ela envolve os braços ao redor do pescoço dele e eu viro para o outro lado ignorando completamente. Que idiota estou sendo.

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