-Jubis qual o nome da fic? –Nayme insistia. E eu me mandava tomar no cu mentalmente, por que diabos eu fui falar?
-É mesmo, tu ainda não disse, eu quero saber agora Jubiscreusa Potássio. –Gritou Havana Leandra colocando a mão na cintura, como aquelas menininhas de 9 anos mimadas. Aff
Ela pode ser a pessoa mais carinhosa do mundo, mas as vezes é muito agressiva e dá coice do nada.
-Quase lá. –Digo por fim.
-Diz logo –Nayme disse
-Eu tenho cara de quem adivinha as coisas, Jubiscreusa? Diz logo –Leandra continuava.
-Eu já disse, quase lá. –Repito
-Peraí, o nome da fic é quase lá? –Nayme perguntou e eu confirmei rindo.
-Depois tu fala de novo, eu tenho Alzheimer –Ela disse.
-Nayme, cê tem 13 anos, não dá pra ter Alzheimer nessa idade, tia.
Depois da educação física ficamos na frente da quadra falando coisas aleatórias, até nossos responsáveis chegarem, foda ser dependente.
-É seguir em frente, né? –A retardada perguntou subido na moto, eu confirmei rindo embora não fosse esse o nome.-Já falei que tu é trouxa? –Josiscleiton disse me dando um abraço e é maravilhoso ser recebida com todo esse carinho.
-Todo dia, mas é ótimo lembrar disso.Pela primeira vez senti a mesma raiva que Bianca Pipper sentia quando Wesley Rush a chamar de ‘’DUFF’’. Eu meio que sou uma DUFF, talvez não por completo, mas sim, um pouco de cada. No caso aqui sou trouxa.
-Quem é o último tempo? –Alguém perguntou e eu me esforcei para lembrar que dia era hoje. Mas alguém respondeu ‘’Marcolina’’, e Leandra fez careta, ela é nossa amada professora de E. Religioso
O sino tocou e ela entrou.
-Vamos gente, irei ditar.... –Ela anunciou antes de qualquer coisa.
Antes de começar o texto, Arthur já estava fazendo piadinhas.
-Vamos lá, escrevam, o sonho da igualdade só cresce no terreno do respeito, ponto parágrafo, coloquem parênteses, dentro dele escrevam Augustus Cury.Augustus Cury, grande escritor de autoajuda, houve uma época que decidi ler seus livros, pena que desisti antes de começar, mas o.k., falam que ele é bom. Nayme ia contar uma história que a mãe dela gostava muito de seus livros e....
-Repetindo, preconceito é falta de conhecimento, temos que desvendar e respeitar os outros com suas diferenças, novamente em parênteses, coloquem Viridiano Barrios.Arthur fez alguma piadinha sobre desvendar a Nayme, porém não deu para ninguém entender.
-Atitudes simples podem melhorar sua vida, vírgula, não julgue para não ser julgado –A Professora falava e Nayme e Luíza cravaram o olhar em Arthur.
-Um covarde é incapaz de demonstra amor. –Com essa frase, Josiscleiton teve três pares de olhos olhando para ele, Luíza, Nayme e eu.
-Isso é privilégio dos corajosos.
-Isso é privilégio dos trouxas –Retruca Luíza quase sussurrando.
-Privilegio meu então. –Rebatou sussurrando também.
-Parênteses, Mahatma Gandhi.Sim, meus amigos fizeram piadas com o nome da mulher.
Uma pergunta:
A água esquenta o gelo, ou o gelo esfria a água?